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ALGARVE - Quinta do Lago Norte - Apresentação

 

 

A Quinta do Lago foi o primeiro trabalho de um arquitecto de golfe americano em Portugal. O espaço que lhe foi disponibilizado não poderia ser melhor. Uma mata de pinheiro mansos, num terreno suavemente ondulado e o Parque Nacional da Ria Formosa, ao fundo, repleto de aves migratórias que ali habitualmente se abrigam, com a brisa temperada do Atlântico sempre agradavelmente presente, era o que se oferecia como tela a William Mitchell.

Mas, quase tão importante como a Natureza, um novo conceito de resort era introduzido de forma exemplar em Portugal, no qual o grande e o bom se conjugavam com grande imaginação num conceito que de certa forma ainda permanece na Quinta do Lago, e faz dela um dos lugares mais apetecidos em toda a Europa.

A Quinta do Lago, tendo como seu leitmotiv a qualidade, introduziu em Portugal um novo tipo de manutenção do golfe que não era habitual entre nós; este foi o artífice do enorme fluxo turístico que assolou a Quinta do Lago e, de certa forma, todo o Algarve. Na realidade, pela primeira vez era possível jogar-se todo o ano sem lies preferenciais, porque a bola estava sempre numa posição impecável. Foi essa qualidade de manutenção, aliada à de alguns dos seus homens, que fez sobreviver o carisma da Quinta do Lago para além de todas as vicissitudes por que passou durante o período revolucionário posterior a 1974.

A Quinta do Lago tem hoje quatro percursos de nove buracos, sendo os três primeiros da autoria de W. Mitchell e o quarto o percurso de Joe Lee e W. Roquemore que, mais tarde, viriam a assinar o projecto de San Lorenzo, também na Quinta do Lago. Todos os percursos têm excelentes buracos, mas os que poderão sobressair de entre os demais serão, porventura, os par 5 - o 3"A", o 5"B", o 8"C" e o 11 do percurso "A-D".

Desses, o mais notável é, quanto a nós, o 5"B", com um fairway serpenteando por entre o pinhal, dois bunkers que «acolhem» todos os slices e hooks, permitindo uma segunda pancada para o green por cima dos pinheiros mansos - sempre possível para os jogadores «compridos» - e dois bunkers protegendo frontal e lateralmente. à direita. o green elevado. O melhor de todo o campo.

Também o par 3 número 6 do percurso "C" é um dos buracos que ficam na memória dos jogadores ou, pelo menos, de todos aqueles que deixam no seu lago, por semana, mais de mil bolas. Do back tee são, até ao meio do green, 200 metros e mais um lago de permeio, com mais de 60 metros de largura.

[In O Golfe em Portugal - Fernando Nunes Pedro - Texto Editora-Andersen Consulting]
 

N.B. - Os percursos A/D foram recentemente reunidos tendo os 18 buracos resultantes, tomado a designação de "Quinta do lago Norte".

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Revised: 25-10-2012.