Situado num dos lugares mais
aprazíveis da costa portuguesa, entre Cascais e o Guincho, o golfe da Quinta da Marinha
em pouco tempo marcou uma posição de destaque entre os campos nacionais.
Desenhado por Robert Trent Jones em associação com
uma empresa suíça, a Quinta da Marinha destinava-se à construção de um campo de golfe
de apenas nove buracos. A necessidade de um campo com 18 buracos que pudesse responder às
exigências comerciais, proporcionando assim a disputa de competições internacionais e a
venda de green-fees
aos milhares de golfistas do Norte da Europa, veio criar
algumas dificuldades ao arquitecto, dada a exiguidade do espaço.
Foi contudo encontrada
uma solução - a possível - com a colocação de dois tees, um ao lado do outro:
o 6 e o 7. Mas como tudo na vida (e o golfe não escapa a essa regra), o que a
princípio parecia dramaticamente mau, depressa passou a revelar-se uma característica
interessante.
Como em quase todos os campos portugueses, os par 3 deste campo são
alguns dos melhores buracos. É o caso do par 3 número 13, com vários bunkers a
defender um green elevado e em dois níveis. Contudo, em nosso entender, a segunda
pancada para o green do buraco número 3, um par 4 de 334 metros, é uma das mais
espectaculares que se pode dar em Portugal, já que tem o Atlântico, majestático e
imponente, como pano de fundo para lá do green. Logo a seguir, outro par 3, sobre uma ravina, é outro obstáculo importante. Com um total
de 5870 metros e um par 71 o campo de golfe da Quinta da Marinha tem sobretudo greens
muito bons apesar de não serem muito grandes, o que exige shots ao green com
boa direcção.
[In O Golfe em Portugal - Fernando Nunes Pedro -
Texto Editora-Andersen Consulting]
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