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Tiago Cruz recebeu 2 mil
euros de prémio e somou 5 mil pontos para o ranking, ultrapassando o
anterior líder, o inglês Harry Casey, que não participou nesta prova.
Contudo, como frisou o português, também ele teve de faltar a um torneio
do APGT para competir no circuito profissional espanhol.
Neste 1º Pinheiros Altos
Classic, Tiago Cruz já liderava aos 18 buracos, com uma volta de 66
pancadas, 6 abaixo do Par, num dia bastante chuvoso de manhã. Partiu
para a última volta com uma vantagem de 3 sobre Pedro Figueiredo, João
Ramos e mais dois ingleses.
Na segunda volta, Pedro
Figueiredo, recente vencedor do Hilti/Mota Engil PGA Open (do PGA
Portugal Tour), pareceu regressar aos seus melhores tempos, fez 66 (-6)
e igualou no topo Tiago Cruz com 135 (-9).
«Foi um jogo muito disputado
ao longo da volta. O Pedro fez uma grande volta e ao fim de quatro
buracos ia com -3, o que fez com que a minha vantagem do dia anterior
fosse mínima, apenas 1 pancada. Nunca estive a perder durante a última
volta, mas cheguei a estar empatado com ele», contou Tiago Cruz ao
Gabinete de Imprensa da FPG.
O play-off apresentou frente
a frente o campeão nacional de 2013 e o campeão nacional de 2014 e 2015,
enquanto atrás, no 3º lugar empatado, tinha ficado o atual campeão
nacional, Ricardo Santos.
Para Tiago Cruz poderá ter
sido um alívio ver Ricardo Santos a 2 pancadas do play-off, porque foi
exatamente numa “morte súbita” frente a esse amigo e rival que perdeu a
hipótese de sagrar-se campeão nacional pelo terceiro ano consecutivo.
E ainda mais aliviado deverá
ter ficado o profissional do BiG quando viu “Figgy” falhar completamente
a saída no play-off, ao ponto de optar por jogar uma bola provisória.
Na conta oficial de Facebook
do APGT pode ver-se todo o play-off num vídeo da autoria da press
officer deste circuito, Sofia Câmara, e houve luta até ao fim, como nos
contou Tiago Cruz:
«Ele deu um grande "sapo" e
só deu uma provisória porque não vimos a bola cair da árvore. Eu dei o
meu shot para o meio do fairway e o Pedro estava com 2 pancadas onde
normalmente estamos com 1. Depois, eu meti a bola no green a 15 metros
do buraco e o Pedro ficou com a 3ª pancada a cinco metros do buraco. O
putt dele passou muito perto do buraco mas não entrou e eu converti o
putt de dois palmos para Par».
«Apesar de não ter
conseguido ganhar, joguei bastante bem estes dois dias e isso deixa-me
satisfeito!», resignou-se “Figgy”, profissional do Benfica, na sua conta
profissional no Facebook.
O torneio teve 48
participantes, mas só 44 jogaram as duas voltas. Todo o top-10 ficou
abaixo do Par, mostrando bem o valor do “field” e merecem ainda destaque
o 8º lugar (-2) de João Ramos e o 9º (-1) de Tiago Rodrigues. Hugo
Santos e Miguel Gaspar ficaram no top-15 com direito a prémio monetário.
Pouca sorte teve Tomás
Silva, que ainda jogou a primeira volta mas não entregou o cartão.
Foi-lhe diagnosticada uma gastroenterite e nem tentou jogar a segunda. O
profissional do Club de Golf do Estoril era o único português que tinha
conseguido prémios monetários em todos os torneios do APGT de 2016/2017,
vendo agora essa série interrompida.
Para Tiago Cruz foi
importante que o inglês Jamie Abbott tenha concluído a prova apenas em
14º (+2), empatado com os portugueses Hugo Santos e Miguel Gaspar. Dada
ausência de Casey, só Abbott poderia impedir o português de subir ao 1º
lugar do ranking do APGT, mas o britânico irá cair do 2º para o 3º
lugar.
No ano passado, o 1º
Pinheiros Altos Classic, realizado também nestes mesmos campos, foi
ganho pelo britânico Sam Robertshawe, que não veio defender o título.
Tiago Cruz tinha sido apenas o 15º (+2) e, curiosamente, Ricardo Santos
já tinha terminado em 3º (-3).
Importante foi ainda a
seguinte análise do jornalista Rodrigo Cordoeiro no site especializado
“Golftattoo”: «O APGT vai na sua terceira época de existência e Tiago
Cruz venceu em todas. Em Pinheiros Altos conquistou o seu 6º título no
circuito. Na primeira época (2014/2015) ganhou o 2º Palmares Classic e o
2º Morgado Classic; na segunda temporada (2015/2016) venceu o 1º Espiche
Classic, o 2º Palmares Classic e o 4º Palmares Classic».
Tiago Cruz foi, aliás, o nº1
do ranking do APGT em 2015/2016 e já está em boa posição de revalidar
esse estatuto, embora haja ainda muita competição pela frente. Esta
vitória é, sobretudo, a prova de que recuperou totalmente em termos
emocionais de uma época que, não tendo sido má, longe disso, ficou aquém
do que desejava, pois falhou na Escola de Qualificação, não revalidou o
título de campeão nacional e também não renovou o estatuto de nº1 da
Ordem de Mérito 1080 Produções do PGA Portugal Tour.
As classificações,
resultados e prémios monetários dos jogadores portugueses no 1º
Pinheiros Altos Classic foram as/os seguintes:
1º Tiago Cruz 135 (66+69),
-9, €2.000 *
2º Pedro Figueiredo 135 (69+66), -9, €1.300
3º (empatado) Ricardo Santos 137 (70+67), -7, €900
8º João Ramos 142 (69+73), -2, €475
9º (empatado) Tiago Rodrigues 143 (74+69), -1, €437,5
14º (empatado) Miguel Gaspar 146 (76+70), +2, €208
14º (empatado) Hugo Santos 146 (75+71), +2, €208
27º (empatado) Gonçalo Pinto 151 (72+79), +7
35º (empatado) Rui Morris 155 (76+79), +11
* Vitória alcançada no 1º
buraco de play-off
Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG
3 de dezembro 2016
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