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Circuito Profissional Português - HENRIQUE PAULINO NOVO CAMPEÃO NACIONAL

PRESS-RELEASE

O PROFISSIONAL DA BELAVISTA PRECISOU DE UM ‘BIRDIE’ NO QUARTO BURACO DO ‘PLAY OFF’ PARA DERROTAR JOÃO PEDRO CARVALHOSA, DE TRÓIA

Henrique Paulino recebe o prémio entregue por Daniel Silva - Foto Ramiro de Jesus/PGA de Portugal Henrique Paulino conquistou no dia 6 de Junho o seu primeiro título no Campeonato Nacional de Profissionais Mota Engil, que a PGA de Portugal está organizou no Amarate Golf Club. O profissional da Belavista, em Lisboa, bateu João Pedro Carvalhosa, de Tróia, no quarto buraco do ‘play off’, depois de terem terminado ambos com 277 pancadas, cinco acima do Par. Foi o primeira vez em Amarante que o torneio se decidiu num ‘play off’.

Carvalhosa, que liderou o torneio desde o primeiro dia, era o grande favorito e estava a aguentar-se até ao momento em que meteu a bola num ‘bunker’ à direita do ‘fairway’ do 16º buraco. Precisou de dois ‘shots’ para sair da areia e foi como se tivesse acabado de “morrer na praia”, fazendo dois ‘bogeys’ nos dois burcos seguintes. No 18º, tinha de meter um ‘putt’ de três metros para se sagrar, pela primeira vez, campeão nacional de profissionais, depois de o ter sido em amadores, mas falhou-o e viu-se envolvido num ‘play off’ dramático. 

Henrique Paulino, que partiu para o derradeiro dia a sete pancadas de Carvalhosa, esteve endiabrado. «Ele não falhou um ‘putt’», espantou-se Daniel Silva, que jogou no mesmo grupo. Com um 66 (-4), o profissional da Belavista fechou os 18 buracos hiper-motivado e não esmoreceu quando, logo no primeiro buraco de ‘play-off’, o 3º (Par-4), Carvalhosa tirou um segundo ‘shot’ do ‘rough’ para meter a bola a um metro da bandeira, concretizando o ‘birdie-putt’. Paulino fez Par.

 

João Pedro Carvalhosa - foto Ramiro de Jesus/PGA de Portugal No segundo buraco de ‘play-off’, o 17º (Par-3), o ‘putt’ para ‘birdie’ de Carvalhosa foi falhado por milímetros. O assunto teria ficado resolvido ali, mas ambos cumpriram o Par. No 18º (Par-5), Carvalhosa dispunha de uma de vantagem, mas Paulino conseguiu um ‘putt’ de três metros que lhe deu o ‘birdie’ e a garantia de levar o ‘play off’ a mais um buraco, desta feita no sistema de “morte súbita”. Ironia do destino, de novo no 3º buraco do campo, um jogador foi parar ao ‘rough’, mas desta feita foi Paulino que repetiu a proeza de Carvalhosa: colocou a bola a cerca de um metro do “pau” e não  falhou o ‘birdie-putt’ decisivo. Elevou o punho direito e atirou a bola para o lago: era finalmente campeão nacional, depois de dois terceiros lugares consecutivos, em 2001 e 2002.

 

«Foi o meu primeiro título enquanto profissional. Tenho 33 anos, tornei-me profissional aos 18 e já tinha conseguido alguns segundos e terceiros lugares, mas nunca tinha ganho nada. Foi divertido. Sinceramente, pensei que iria acabar de novo em terceiro, atrás do Carvalhosa e do Sobrinho», disse Paulino, filho de um homónimo profissional de ensino do Estoril. Henrique foi um amador com algum sucesso, com um título de campeão nacional de juniores e uma vitória na Taça da Federação Portuguesa de Golfe. Como profissional, foi terceiro classificado neste Campeonato Nacional Mota Engil em 2001 e em 2002 e terminou em quarto lugar na Ordem de Mérito da PGA de Portugal no ano passado.

 

João Pedro Carvalhosa considerou que «a vitória do Henrique foi merecidíssima», apesar de reconhecer: «este campeonato fui eu que o perdi e não o Henrique que o ganhou. Perdi-o por duas vezes, em última instância nos dois ‘bogeys’ no 18 – o do final da volta e o do ‘play-off’». Note-se que Carvalhosa sagrou-se vice-campeão nacional pelo quarto ano consecutivo.

 

António Sobrinho A grande desilusão do torneio foi, sem dúvida, António Sobrinho, vencedor de sete Campeonatos Nacionais, mas o jogador de Vale do Lobo nunca esteve verdadeiramente na luta pelo título. «Consegui perceber o que tenho estado a fazer mal, o que já não é mau, mas agora só quero pensar no próximo torneio», disse aquele que tanto Carvalhosa como Paulino consideram como «um grande jogador, o nosso melhor».

 

Mas se Sobrinho não foi concorrência para Paulino e Carvalhosa, já Daniel Silva, Nelson Cavalheiro e Paulo Teixeira poderiam ter provocado uma surpresa. Cavalheiro (Golf do Morgado) perdeu todas as espeanças ao ser penalizado em dois ‘shots’ no 6º buraco, por ter limpo a areia no ‘avant-green’ (de acordo com as regras de golfe, areia e terra solta são impedimentos soltos só no ‘green’) . Daniel Silva pasou os primeiros nove buracos com uma abaixo do Par, mas um ‘bogey’ no 15 e um ‘duplo-bogey’ no 17 impediram-no de ir ao ‘play off’. João Chaves - foto Ramiro de Jesus/PGA de Portugal

 

Enquanto isso, João Chaves, que terminou o penúltimo dia a dois ‘shots’ do líder, acusou a pressão da situação inédita de poder coroar-se campeão nacional no seu primeiro ano de profissional e enterrou-se com um 82 que o deixou no 14º lugar. «Foi uma experiência. Quando cheguei ao terceiro buraco já etava tudo acabado, pois fiz um duplo no primeiro e perdi a bola no terceiro. Mas agora já sei como é e hei-de ter mais oportunidades», admitiu o profissiona da Quinta das Lágrimas.

 

Mónia Bernardo, a única mulher presente, mostrou-se muito consistente e pelo terceiro dia consecutivo fez um 74, continuando a subir no ‘leaderboard’: de 34ª no primeiro dia, passou para 30ª no segundo, para 26º no terceiro e encerrou no 24º.

 

O Campeonato Nacional de Profissionais Mota Engil atribuiu 5.000 ao vencedor. O total do patrocínio da Mota Engil à PGA de Portugal, ascendeu aos 45 mil euros.

 

 

LEADERBOARD DO CAMPEONATO NACIONAL DE PROFISSIONAIS MOTA ENGIL

1º Henrique Paulino (Belavista), 277 (68+73+70+66), +5**

2º João Pedro Carvalhosa (Tróia), 277 (65+70+69+73), +5

3º António Sobrinho (Vale do Lobo) 279 (68+70+71+70), +7

4º Daniel Silva (Vila Vita Parc), 280 (67+70+74+69), +8

5º Paulo Teixeira (Amarante), 281 (69+73+71+68), +9

6º Nélson Cavalheiro (Golf do Morgado), 284 (72+68+70+74), +12

6º Sérgio Couto e Ouroso (Estela), 284 (71+70+71+72), +12

6º Alfredo Cunha (Ponte de Lima), 284 (73+76+66+69), +12

6º Sérgio Ribeiro (Miramar), 284 (73+69+72+70), +12

10º José Dias (Palmares), 285 (72+70+73+70), +13

10º António Dantas da Silva (Penha Longa), 285 (76+6+71+70)+13

12º  Nuno Henriques (Santo da Serra), 287 (70+72+71+74), +15*

24ª Mónia Bernardo (Pine Cliffs), 302 (80+74+74+74), +30

 

* Amador

** Vitória decidida no 4º buraco de ‘play off’

 

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Revised: 12-06-2003 .