Canarias Open de España Data: 24 a 27 de Abril de 2003 Campo : Golf Costa Adeje Par : 72 Local : Tenerife, Canarias, Espanha Resultados

O inglês Kenneth Ferrie foi o inesperado vencedor do evento, tendo conquistado o seu primeiro título de campeão no Tour num segundo buraco de playoff em que derrotou, com um birdie, o irlandês Peter Lawrie e o sueco Peter Hedblom, após todos terem concluído as voltas regulamentares com 22 pancadas abaixo do par do campo, o que constituí novo recorde do torneio.

Ferrie obteve a vitória no 56º torneio que disputou no Tour, passando a enfileirar na galeria dos jogadores que este ano obtiveram os seus primeiros triunfos no circuito: Fredrik Jacobson; Trevor Immelman; Mark Foster; Lian-Wei Zang; Robert-Jan Berksen; e, Bradley Dredge.

Kenneth Ferrie, com 24 anos, classificou-se no 112º lugar na ordem de mérito 2002, tendo passado, nos treze torneios que já disputou, todos os cuts, tendo porém obtido apenas três Top-25.

Ao receber o prémio de 291.660 euros, destinado ao vencedor, Ferrie ascendeu ao 5º lugar da ordem de mérito.

Lawrie e Hedblom ao baterem os drivers, no segundo buraco do playoff foram encontrar o rough, tendo Lawrie batido a segunda pancada para o rough por detrás do green, enquanto Hadblom falhava também o segundo shot colocando a bola à direita do green, situações que não lhes permitiram concretizar os tão desejados birdies.

Hedblom jogou poucos torneios em 2002 devido a ter partido uma perna a jogar hóquei no gelo, tendo acedido ao Tour em 2003 através duma isenção médica, tendo jogado já oito eventos, dos quais apenas num – Qatar Masters – conseguiu um Top-10, tendo nos outros apenas registado como melhor classificação um 48º lugar, no Hong Kong Open.

Peter Lawrie recém chegado do Challenge Tour, circuito onde ganhou a Grand Final, apresenta como melhor resultado obtido nos treze eventos em que participou esta época, um 40º lugar também no Hong Kong Open, não tendo porém falhado qualquer cut.

Sergio Garcia que defendia o título – o primeiro da sua carreira conquistado em Espanha – não conseguiu bater o recorde duma segunda vitória consecutiva neste evento – feito obtido há 50 anos por Max Faulkner – tendo-se classificado na 19ª posição, empatado, com 18 pancadas abaixo do par do campo.

Garcia vem experimentando algumas dificuldades na adaptação ao seu novo swing, que decidiu mudar para lhe dar mais consistência de jogo, uma vez que, segundo ele, o seu anterior swing servia quando era mais jovem e que sentia agora sérias dificuldades em o controlar tendo por isso decidido investir no futuro ainda que tenha que sofrer, no curto prazo, as inevitáveis consequências decorrentes da mudança.

Garcia que o ano passado dizia ter como objectivo vencer a ordem de mérito europeia e a money list americana em simultâneo, ocupa, respectivamente, as 60ª e 114ª posições naqueles rankings.

José Maria Olazabal, o bi-campeão do Masters, tentou mais uma vez vencer o Open do seu país, o que não conseguiu, quedando-se pelo 10º lugar, empatado, com mais oito jogadores, entre os quais figuram os colegas da Ryder Cup 2002, Phillip Price e Paul McGinley, que terminaram com 19 pancadas abaixo do par do campo.

Olazabal, que foi vice-campeão do Open de Espanha de 1998, contava já com algumas vitórias nas Canarias tendo vencido, em 1998, o Tenerife Open, o Turespaña Open de Tenerife em 1992 e, em 1997, o Turespaña Masters Open de Canarias.

O melhor espanhol no evento foi o veterano Santiago Luna – 40 anos – que obteve nesta época como melhor classificação um 7º lugar no Open da Madeira – que venceu em 1995 – concluindo agora a sua prestação no 6º lugar, empatado com três jogadores, entre os quais figurava Paul Casey, o vencedor do ANZ Championship, tendo todos terminado o evento com 20 pancadas abaixo do par do campo.

A grande sensação da competição foi o malaguenho, Pablo Martin-Banavides, 17 anos, campeão amador de Espanha, que iniciou a última volta na liderança do evento, partilhado com outros seis jogadores, graças às 64 pancadas concretizadas na terceira volta que foi o melhor resultado parcial do evento.

O jovem Pablo terminou a volta final com 74 pancadas após ter feito um triplo-bogey que o atirou para o 22º lugar empatado, com 17 pancadas abaixo do par do campo.

A primeiro edição do Open de Espanha data de 1912, tendo começado  a fazer parte do calendário internacional do Tour em 1972, ano em que o mesmo foi ganho por Antonio Garrido, sendo Seve Ballesteros o único tri-campeão do evento – 1981, 1985 e 1995.

Seve Ballesteros voltou a não passar o cut, após o Masters, tendo registado o seu último resultado em Março, no Open da Madeira, onde se classificou no 67º lugar, empatado.

Brian Davis, vencedor do torneio em 2000, foi o campeão em anos anteriores mais bem classificado na edição deste ano, 4º lugar empatado, tendo Jarmo Sandelin – que triunfou em 1999 – apurou o 26º lugar empatado, e o bi-campeão Mark James – 1997 e 1988 – falhando o cut.

O cut que foi estabelecido abaixo das 138 pancadas ( 6 abaixo do par do campo) constitui novo recorde na história do Circuito Europeu.

O vencedor do Open de Portugal, o sul-africano Darren Fichardt, não passou desta feita o cut.

Não passaram também o cut, entre outros notáveis: Ignacio Garrido; Gregory Havret; Ian Poulter; Greg Owen; Tobias Dier; e, Henrik Stenson.

Colin Montgomerie, que venceu o Open de Espanha em 1994, anunciou que iniciará a época europeia de 2003 participando no 60º Open de Itália que se disputará na próxima semana.