F.P.G. CAMPEONATO DA EUROPA POR EQUIPAS MASCULINAS - PORTUGAL MODESTO, NUNO CAMPINO BRILHA

PRESS-RELEASE

A SELECÇÃO NACIONAL NÃO CONSEGUIU O INGRESSO NO PRIMEIRO ‘FLIGHT’ NEM LUTAR PELA VITÓRIA NA SEGUNDA DIVISÃO, MAS O 5º LUGAR DE NUNO CAMPINO NA FASE DE ‘STROKE PLAY’ MERECE SER ELOGIADO

 

Portugal classificou-se em 14º lugar, entre 20 países, no Campeonato da Europa por Equipas Masculinas, um dos torneios mais importantes da Associação Europeia de Golfe (EGA), que a Federação Holandesa de Golfe organizou Koninklijke Haagsche Golf & Country Club, em Wassenaar, entre 1 e 5 de Julho. Registe-se que o evento foi oficialmente encerrado por Manuel Agrellos, o presidente da Federação Portuguesa de Golfe, no exercício do seu cargo de presidente da EGA. 

A selecção nacional foi composta pelos jogadores Hugo Santos (Vilamoura), Ricardo Santos (Vilamoura), Nuno Campino (Aroeira), Nuno Brito e Cunha (Oitavos), Tiago Cruz (Estoril) e António Rosado (Vilamoura), pelo treinador nacional, Sebastião Gil, e pelo Gestor do Projecto de Alta Competição da FPG, Miguel Franco de Sousa, que desempenhou igualmente o cargo de capitão de equipa. 

 

Para uma equipa que partiu com ambições elevadas – o ingresso no Primeiro ‘Flight’ – Portugal falhou completamente na Holanda, pois nem sequer se mostrou capaz de lutar pela vitória na Segunda Divisão, mas uma análise mais fria dos resultados tem de, forçosamente, referir a subida de nível da nossa selecção principal, que tinha sido 16ª classificada na última edição do Europeu, em 2001. O 14º lugar de Portugal na Holanda foi conseguido depois de uma vitória sobre a Eslovénia (3-2) e de duas derrotas diante da Finlândia (3,5-1,5) e da Islândia (3-2).

 

Por outro lado, o 5º lugar de Nuno Campino na classificação individual da fase de ‘stroke play’ é merecedor de todos os elogios. O vice-campeão nacional terminou as duas voltas em 141 pancadas (69+72), três abaixo do Par, a apenas duas pancadas do primeiro, o irlandês Justin Kehoe (66+73). Este irlandês e o espanhol Pablo Martin (considerado um futuro “craque” mundial) quebraram o anterior recorde amador do campo (68) na primeira volta, ao fazerem ambos 66 (-6).

 

No segundo dia, com a chuva a não dar tréguas e o vento a soprar com força, Nuno Campino foi autor do melhor resultado (69), numa segunda volta em que só oito dos 120 jogadores lograram bater o Par-72 do campo! Mas não foi só na fase de ‘stroke play’ que o jogador da Aroeira esteve bem, já que no ‘match play’ também conseguiu um resultado positivo, com uma vitória, uma derrota e um empate. Só Tiago Cruz, com dois êxitos e um desaire, conseguiu melhor do que Campino. O campeão nacional, Hugo Santos, com duas derrotas, foi a grande desilusão da selecção nacional nesta fase de ’match play’.

 

«Balanço francamente negativo, uma vez que não atingimos nenhum dos objectivos a que nos propusemos. Foi triste constatar que todos os dias cometíamos os mesmos erros e foi, precisamente, isso que nos impediu de chegar mais longe. Parabéns a Espanha! E uma equipa constituída de jovens jogadores, que tem muito potencial para ir longe no golfe profissional», declarou Miguel Franco de Sousa, referindo-se ao triunfo da Espanha neste Europeu, ao impor-se na final à poderosa Inglaterra por esclarecedores 5-2. Foi o segundo título da Espanha no Europeu, tendo repetido a proeza de 1997.

 

«Foi uma vitória maravilhosa, porque jogámos num campo que favorece muito mais os ingleses, num típico ‘links’, e sob condições climatéricas horríveis. Em Espanha, estamos habituados a jogar com sol e com pouco vento, ao contrário do que aconteceu aqui. A pressão, no entanto, estava do lado deles e isso foi bom para a nossa equipa», considerou, por seu lado, Jose Miguel Agnier, o capitão espanhol.

 

A classificação final do Campeonato da Europa por Equipas Masculinas ficou ordenada do seguinte modo:

 

Primeiro Flight

1. Espanha

2. Inglaterra

3. Suécia

4. França

5. Holanda

6. Irlanda

7. País de Gales

8. Noruega.

Segundo Flight

9. Escócia

10. Finlândia

11. Itália

12. Alemanha

13. Islândia

14. Portugal

15. Dinamarca

16. Eslovénia

Terceiro Flight

17. Bélgica

18. Suíça

19. Áustria

20. República Checa

 

 

Os resultados dos jogadores portugueses na fase de ‘stroke play’ foram os seguintes (total de 120 jogadores):

 

5º Nuno Campino, 141 (72+69), -3

35º Hugo Santos, 147 (72+75), +3

85º Nuno Brito e Cunha, 153 (76+77), +9

86º Tiago Cruz, 153 (74+79), +9

98º Ricardo Santos, 156 (80+76), +12

111º António Rosado, 158 (78+81), +14

 

No final dos dois dias, Portugal ficou classificado na 12ª posição, com 748 pancadas (372+376), 28 acima do Par, bem distante do país que ficou em primeiro, a Irlanda, com 716 (349+367), quatro abaixo do Par. Para o somatório de cada equipa contaram os cinco melhores resultados de cada dia em seis possíveis.

 

«O primeiro objectivo (o ingresso na Primeira Divisão) não foi cumprido, mas esteve mais à mão do que pensávamos. Estivemos a 11 pancadas de entrar no Primeiro ‘Flight’ e penso que, da maneira como os nossos jogadores estão a jogar, não teria sido difícil fazermos esse resultado. Mas, cometemos erros fulcrais que nos custaram caro e que a este nível não são admissíveis. Tivemos jogadores com “triplos” e “quádruplos” a pontuar para o resultado da equipa. Foram buracos pontuais que comprometeram as nossas aspirações», comentou, então, no final do ‘stroke play’, Miguel Franco de Sousa.

 

 

Na fase de ‘match play’, os resultados da selecção nacional foram os seguintes:

 

1ª ronda/ Portugal-Finlândia: 1,5/3,5

 

Nuno Brito e Cunha/Antonio Rosado-Keijo Jaakola/Heikki Mantyla, 3/2

Tiago Cruz-Ari Savolainen, 2/1

3/2, Ricardo Santos-Roope Kakko

Hugo Santos-Ville Karthu, 2/1

Nuno Campino-Erik Stenman, A/S

 

«Nenhum dos objectivos foi conseguido: nem o Primeiro ‘Flight’, nem o 9º ou o 10º lugares. Perdemos com uma equipa que estava determinada para ganhar e que, desde o início, mostrou muita garra, enquanto os nossos jogadores não tiveram a atitude mais correcta para jogar ‘match-play’. Cometemos alguns erros na forma como se joga ‘match-play’, pois é preciso ser-se agressivo na altura certa e conservador quando necessário. Era fundamental ganharmos um dos dois primeiros ‘matches’, mas só conseguimos vencer o terceiro, o do Ricardo Santos, e a derrota do Hugo Santos, também  foi inesperada. O objectivo não foi alcançado, mas não esteve completamente fora do nosso alcance», analisou o capitão português. 

½ finais de consolação/ Portugal-Eslovénia, 3/2
19º buraco, Nuno Brito e Cunha/Antonio Rosado-Uros Gregoric/Gaber Burnik
2/1 Tiago Cruz/Miha Studen
Ricardo Santos/Ales Gregoric, 5/3
Hugo Santos/Grega Perne, 2/1
2/1 Nuno Campino/Matjaz Gojcic
 

«Foi um ‘match’ muito mais equilibrado do que estávamos à espera. Sabíamos que eles estavam determinados e que tinham uma equipa forte tecnicamente, mas nós temos mais experiência do que eles, neste género de competição. O facto de não sermos um país tão novo, como a Eslovénia, foi muito importante para o desfecho final do ‘match’. Jogámos o suficiente para ganhar, mas não foi um nível de golfe brilhante. Precisávamos de uma vitória para moralizar a equipa e felizmente conseguimo-la», rejubilou o Gestor do Projecto de Alta Competição da FPG.

 

13º e 14º lugares (final de consolação)/ Portugal-Islândia, 2/3 

3/2 Antonio Rosado/Hugo Santos-Orn Hjartarson/Magnus Larusson

NunoCampino-Sigurdall Sveinsson, 1 Up

3/2 Tiago Cruz-Sigmundur Masson

Ricardo Santos-Heidar Bragason, 19º buraco

Nuno Brito e Cunha-Haraldur Heimisson, 2 Up

 

De 8 a 12 de Julho, Portugal irá participar no Campeonato da Europa por Equipas Masculinas de Sub-18, que vai realizar-se no Astoria Golf Club Cihelny, na República Checa, com os jogadores Salvador Castro (Quinta do Perú), José Folhadela Furtado (Oporto Golf Club), Manuel Violas Jr. (Oporto Golf Club), Paulo Ferreira (Amarante), Pedro Figueiredo (Quinta do Perú) e Nuno Henriques (Santo da Serra), o treinador nacional, Sebastião Gil, e o Gestor do Projecto de Alta Competição da FPG, Miguel Franco de Sousa, que desempenhará as funções de capitão de equipa.

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Revised: 09-07-2003 .