F.P.G. PROPÕE NOVOS ESTATUTOS

PRESS-RELEASE

A Direcção da Federação Portuguesa de Golfe (FPG) pretende limitar a duração da sua presidência para um máximo de oito anos, ou seja, um presidente só poderá ser reeleito uma única vez e exercer dois mandatos de quatro anos. Esse é, provavelmente, o ponto mais revolucionário da proposta de alteração dos Estatutos federativos que irá ser discutida na Assembleia Geral da FPG, agendada para o próximo dia 24 de Janeiro.

«É uma mudança imprescindível para dinamizar o movimento associativo, na medida em que todo o poder é, por natureza, conservador», alegou hoje (sexta-feira) José António Moreira, o vice-presidente executivo da FPG, num almoço que a Direcção promoveu junto dos representantes dos media portugueses, no restaurante do Lisbon Sports Club.

A actual Direcção da FPG, eleita há três anos e meio, presidida por Manuel Agrellos, ainda não anunciou se irá recandidatar-se este ano, mas, se o fizer, sabe-se desde já que só estará disposta a cumprir mais um mandato.

O projecto de alteração dos Estatutos já foi apresentado a todos os clubes associados, mas, mesmo assim, José António Moreira prevê que a Assembleia Geral venha a ser «animada». Outro dos pontos que irá romper com a tradição, mas que visa contribuir para a filosofia da actual Direcção de «abrir o golfe à sociedade civil», consiste em permitir que a FPG seja constituída por outros sócios que não apenas os clubes.

Nesse sentido, propõe-se a criação de uma nova categoria de membros, a de sócios institucionais, definidos como «sociedades gestoras e/ou exploradoras de campos, ou as associações que os representem, e as associações regionais de clubes, bem como as associações dos treinadores e jogadores profissionais, dos árbitros e juízes e de Directores de Campo e de ‘Green Keepers’, desde que tenham efectiva intervenção e reconhecida representação». Poderão ser ainda membros institucionais «as entidades que organizam competições de golfe com carácter de regularidade».

É importante sublinhar que a esta nova categoria de sócio institucional será atribuído um poder de voto em Assembleias Gerais que poderá ascender aos 25%, o que significa um peso considerável nos destinos da modalidade em Portugal.

A proposta de revisão de Estatutos, composta por 13 capítulos, subdivididos em 55 artigos, não tem a vaidade de «resolver todos os problemas do golfe nacional», mas, como sublinha José António Moreira, «pelo menos, resolver alguns problemas orgânicos da FPG».

O almoço com a Imprensa serviu também para divulgar mais alguns pormenores do projecto de Alta Competição desta Direcção, um sector que, segundo o vice-presidente executivo, «não tem sido levado muito a sério em Portugal, mas é extremamente importante». O projecto, denominado «Pequim 2008», explica os passos necessários para que seja possível Portugal estar representado nos Jogos Olímpicos que terão lugar na China, embora não se esgote aí, uma vez que traça também linhas gerais de desenvolvimento da modalidade no nosso país até 2020.

O outro ponto forte da reunião informal com a Imprensa foi a exposição do Calendário Oficial de Provas de 2003. Embora José António Moreira tenha avisado que «é ainda provisório» e que contém unicamente «as principais competições», fez questão de dizer que o Calendário ideal deverá conter já «todas as provas de golfe que se realizam em Portugal», uma vez que, de acordo, uma vez mais, com a renovação de Estatutos que se deseja, «a FPG é a única entidade competente para organizar e controlar no território português as competições de golfe, exercendo em exclusividade o poder desportivo do golfe e desenvolvendo as suas actividades e as suas competências em todo o território nacional».

Hoje, foram anunciadas 27 competições, mas faltam, por exemplo, o Ladies Open de Portugal (inserido no Evian Tour do Ladies European Tour) e o Estoril Seniors Tour Championship (integrado no European Senior Tour), por «a FPG não ter ainda recebido as datas e os locais em que irão desenrolar-se».

As principais provas internacionais são as seguintes: Do Calendário do European Tour, o Madeira Island Open (Santo da Serra/20-23 Março) e o Algarve Open de Portugal (Vale do Lobo/17-20 Abril); Do Calendário da EGA, Campeonato Internacional Amador de Portugal/Ford (Estela/11-15 Março). Das provas a contar para a Ordem de Mérito Nacional, destacam-se o 1º Torneio Tranquilidade (Vilamoura/Pinhal/ 25-26 Janeiro), a Taça da Federação (Praia d’El Rey/22-25 Fevereiro), o 2º Torneio Tranquilidade (Amarante/5-6 Abril), o Campeonato Nacional Individual Absoluto/Ford (Estela/1-5 Maio), a Lisbon Cup (Lisbon Sports Club/data a anunciar em Maio), a Taça Kendall (Oporto Golf Club/em data a anunciar em Junho), o 3º Torneio Tranquilidade (Marvão/27-28 Setembro) e o o 4º Torneio Tranquilidade (Quinta do Brinçal/11-12 Outubro). Note-se que o Internacional Amador de Portugal também conta para a Ordem de Mérito.

Entre outros eventos importantes a realizar em território português, contam-se o Campeonato Nacional de Jovens (Marvão/12-15 Abril) e o Campeonato Nacional de Clubes (Belas/4-7 Setembro).