Federação Portuguesa de Golfe - PORTUGAL PERDE COM PAÍS DE GALES

PRESS-RELEASE

O País de Gales inflingiu hoje (Sábado) a maior derrota a Portugal nas 12 edições do ‘Match’ amigável entre as selecções principais de golfe das duas nações, com um resultado de 18-0, obtido, nos dois últimos dias, na Quinta do Perú, que não deixa margem para dúvidas.

Um ano depois de, pela primeira vez, ter-se registado um notório equilíbrio de forças, dada a vitória tangencial dos britânicos por 5/4, a diferença de nível de outras eras voltou a acentuar-se em 2003.

Para Miguel Franco de Sousa, o Gestor do Projecto de Alta Competição da Federação Portuguesa de Golfe (FPG), que voltou a desempenhar a tarefa de capitão, «Gales está a desenvolver um projecto de desenvolvimento que já vai no seu quinto ano, com investimentos muito avultados, designadamente, através da contratação de um antigo jogador do European Tour, David Llewellyn. É à luz desse investimento nos amadores que se devem ver os bons resultados que o País de Gales tem obtido nos últimos tempos, como, por exemplo, a vitória de Lee Harpin na Sherry Cup e de David Price no Campeonato Internacional Amador de Portugal de 2001, na Estela. Portugal, está apenas a iniciar um programa de desenvolvimento semelhante».

Portugal começou por sofrer uma derrota de 6-0 nos ‘foursomes’ (pares, alternados) de ontem (sexta-feira) e hoje não foi capaz de emendar a mão, saindo com outra desfeita por 12-0 nos ‘singles’ (singulares). Romeu Gonçalves, o recente campeão da Taça da Federação Portuguesa de Golfe/Ford, realizada em Praia d’El Rey, voltou a ser o melhor português, ou seja, aquele que em singulares e pares logrou sofrer derrotas menos desniveladas. O jogador de Vilamoura fez questão de salientar que «o ‘Match’ não foi tão mau quanto o resultado poderá deixar transparecer. É certo que as coisas correram mesmo mal e que nós estamos a um nível mais baixo do que o deles, mas os galeses não são muito melhores do que nós».

Miguel Franco de Sousa também admitiu que «Gales é claramente uma equipa superior a Portugal», mas o capitão português não deixou de manifestar o seu desagrado pelo esmagador resultado de 18-0: «Há que ser realista, mas o resultado é inesperado. Portugal tinha uma selecção forte em nomes, mas fraca de espírito e com falta de consistência. Falta trabalho, dedicação, espírito de sacrifício e, sobretudo, humildade». Foi isto tudo que o Gestor do Projecto de Alta Competição da FPG fez saber aos seus jogadores numa reunião efectuada na Quinta do Perú, após o ‘Match’ e saiu convicto da mesma de que as coisas irão mudar: «Depois da conversa, eles só queriam começar logo a trabalhar, o que demonstra que não estão desmotivados». Na verdade, quase todos dirigiram-se depois para o campo de treino.

Note-se que, embora não seja possível branquear um desfecho de 18-0, importa, apesar de tudo, sublinhar que houve um ‘match’ – o de Romeu Gonçalves – que terminou com a diferença mínima de 1Up, cinco que terminaram em 2/1 e dois em 3/1, o que significa que nesses oito encontros os portugueses mantiveram o equilíbrio até praticamente ao final. Os resultados completos do XII Portugal-Gales em selecções principais foram os seguintes:

Sexta-feira, 7 de Março
‘Foursomes’
País de Gales-Portugal: 6-0

N. Edwards/S. Manley-H. Santos/R. Gonçalves, 2/1
G. Wright/J. William-N. Campino/R. Santos, 6/4
D. Price/R. Davies-A. Rosado/D. Moura, 2/1
C. Snith/R. Scott-P. Lemos/T. Cruz, 6/4
L. Harpin/N. Oakley-J. Ribeiro/J.P. Sousa, 3/1
M. Laskev/T. Dykes-T. Tavares/F. Tavares, 7/6

Sábado, 8 de Março
‘Singles’
País de Gales-Portugal: 12-0 

N. Edwards-T. Tavares, 5/4
S. Manley-N. Campino, 4/2
D. Price-J. Ribeiro, 5/4
G. Wright-F. Tavares, 4/3
J. William-J.P. Sousa, 3/2
R. Davies-D. Moura, 3/2
L. Harpin-R. Gonçalves, 1 Up
C. Snith-R.
Santos, 2/1
N. Oakley-P. Lemos, 2/1
M. Laskev-A.
Rosado, 2/1
R. Scott-T. Cruz, 3/1
T. Dykes-H. Santos, 4/3

A maioria dos jogadores portugueses que estiveram neste ‘Match’ dirige-se agora para o Estela Golf, onde, a partir de terça-feira, vai disputar-se o Campeonato Internacional Amador de Portugal, a segunda prova anual mais importante da FPG depois do Algarve Open de Portugal, que se prolonga até Sábado. A representação nacional estará a cargo dos seguintes jogadores: Senhoras – Lara Vieira (Santo da Serra), Carolina Catanho (Santo da Serra), Carla Cruz (Estoril), Carla Lopes (Vilamoura) e Inês Mendonça (Vilamoura). Homens – Hugo Santos (Vilamoura), Ricardo Santos (Vilamoura), Nuno Campino (Aroeira), António Rosado (Vilamoura), João Pedro Sousa (Santo da Serra), Pedro Lemos (Vilamoura), Tiago Cruz (Estoril), Pedro Figueiredo (Quinta do Perú), Filipe Tavares (VerdeGolf), Tiago Tavares (VerdeGolf) e Ricardo Soares (Oporto).

O ‘cut’ de entrada foi fixado em +0.6 para as senhoras e +0.4, pelo que, na competição masculina, Hugo Santos foi o único a ter entrada directa na lista de participantes. Todos os outros necessitaram de ‘wild cards’. Já na prova feminina, só Inês Mendonça precisou do convite da FPG para entrar. Recorde-se ainda que na semana passada, Hugo Santos foi o único português a disputar o Campeonato Internacional Amador de Espanha, tendo repetido o resultado de 2002, ou seja, foi eliminado nos oitavos-de-final.

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Revised: 13-03-2003 .