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Federação
Portuguesa de Golfe - |
73º CAMPEONATO INTERNACIONAL AMADOR DE
PORTUGAL |
PRESS-RELEASE
![Richard Walker](../images/jogadores_3/Richard_walker.jpg)
Charlote Heerer
e Richard Walker precisaram de sofrer até ao fim para se sagrarem campeões da
73º edição do Campeonato Internacional Amador de Portugal/Ford, que a
Federação Portuguesa de Golfe (FPG) organizou no belíssimo Estela Golf, na
Póvoa de Varzim.
O inglês só assegurou o seu terceiro
título em torneios integrados no calendário da EGA (Associação Europeia de
Golfe) no 36º e último buraco, batendo o italiano Nicola Maestroni por 1 up,
enquanto a holandesa necessitou de recorrer ao ‘play-off’, ou seja, ao 37º
buraco, para vergar a dinamarquesa Lisa Holm Sorensen e apoderar-se do seu
primeiro troféu internacional.
Foram finais de sonho e não admira que
Alexandre Quintas e Sousa, o presidente do Estela Golf, tenha agradecido aos
quatro jogadores, durante a cerimónia de entrega de prémios, o facto de terem
«proporcionado um maravilhoso dia de golfe até ao fim».
O próprio Quintas e Sousa viu depois o seu
elogio retribuído por Richard Walker, que fez questão de salientar a numerosa
presença «dos sócios do clube», estatuto que tanto ele como Charlote Heerer
passaram desde ontem a gozar, uma vez que o Estela Golf teve o bonito gesto de
lhes oferecer uma filiação para os próximos cinco anos.
Outro prémio apreciado pelos campeões, foi
o ‘wild card’ oferecido pela FPG para o Algarve Open de Portugal, em Abril, em
Vale do Lobo, no Algarve, e para o Ladies Open de Portugal da Costa Azul, em
Maio, na Aroeira. «Vai ser a minha primeira experiência no Ladies European
Tour», rejubilou a holandesa. «Um dos meus objectivos, é voltar um dia ao
circuito profissional e isto vai permitir-me avaliar o meu nível e jogo em
relação aos jogadores do European Tour», sublinhou o inglês, que foi
profissional entre 1993 e 1999.
No seu discurso de campeã, Charlote Heerer
contou que, no 35º buraco, a sua adversária disse-lhe que «esta final estava a
ser um ‘match’ de altos e baixos», mas essa análise é igualmente extensiva ao
duelo masculino.
A final masculina teve um nível de jogo
elevadíssimo. Basta dizer que ao cabo dos 36 buracos, Richard Walker estava com
nove abaixo do Par, graças a 12 ‘birdies’ e apenas 3 ‘bogeys’. O inglês teve o
seu momento de glória numa sucessão de cinco ‘birdies’ entre os buracos 9 e o
15 (só fez Par no 10 e no 14). Mesmo assim, a jogar desta forma, viu-se na
desvantagem de 2 ‘down’ após o terceiro buraco, mas, depois, recuperou
rapidamente para ‘all square’ no final do buraco 9. Passou os primeiros 18 com
uma vantagem de 1 up e dilatou-a para 4 up no 10.
«Nessa altura, pensei que iria ganhar por
um resultado de 4/3, mas ele nunca baixou os braços, mostrou que vai ser um
grande jogador e, sem desistir, levou a decisão para o 36º», elogiou, «com
admiração», Richard Walker.
Ao longo de toda a semana, o inglês só
fizera um ‘birdie’ no 18º da Estela (um Par-4), no segundo dia de ‘stroke
play’, mas sabia que «precisava de um ‘birdie’ para assegurar a vitória na
final». Se bem o pensou, melhor o concretizou, com um ‘drive’ para o meio do
‘fairway’, ligeiramente para o lado esquerdo, atingindo o ‘green’ no segundo
‘shot’. O ‘birdie-putt’ de cerca de seis metros deu-lhe o seu terceiro título
internacional, depois do Barbazon em 2001 e do Campeonato Internacional Amador
da Alemanha, em 2002. Nicola Maestroni também chegou ao ‘green’ em duas
pancadas e até estava mais perto da bandeira, mas teve de resignar-se e nem
teve de “patar”. «A experiência superior foi um factor chave ao longo de toda a
semana», reconheceu o britânico de 31 anos, -3,0 de ‘handicap’.
A final feminina também foi caracterizada
pela incerteza e pela alternância do resultado. Na primeira volta de 18
buracos, Lisa Holm Sorensen chegou a dispor de uma vantagem de 3 up no 14, mas
Heerer recuperou e, dois buracos depois, já só estava 1 ‘down’. Foi assim que
passaram a primeira volta. No 24º buraco, Sorensen voltou a fugir para 3 up,
mas um ‘chip-in’ de 30 metros de Heerer no 35º forçou a um ‘play-off’.
Nessa altura, no Par-5 do buraco 1 da
Estela, a holandesa saiu com um ‘hook’ para as dunas (‘rough’) à esquerda do
‘fairway’ e pensou: «se não acho a bola, está tudo perdido». Encontrou-a e
meteu a bola no ‘green’ em 4 pancadas. A sua quinta pancada deixou a bola a
meio metro da bandeira. Sorensen, que meteu o primeiro ‘shot’ bem no meio do
‘fairway’, só dependia de si própria, mas arriscou demasiado no segundo ‘shot’
e foi para um ‘bunker’ à esquerda do ‘green’. A sua terceira pancada sobrevoou
praticamente todo o ‘green’, atravessando-º A bola rolou pelo declive que o
limita à direita e só parou na barreira de jarros que bordejam o lago. Tentou
“dropar”, não conseguiu, colocou a bola e tinha obrigatoriamente de fazer um
‘chip-in’ para se manter em prova. Não conseguiu.
«Foi a melhor vitória da minha carreira»,
disse Charlote Heerer, de 21 anos, -2,1 de ‘handicap’, campeã nacional de
‘match play’ em 2001, n.º1 da Ordem de Mérito da Holanda em 2001 e 2002, e
vencedora do Open Nacional da Holanda (para profissionais e amadores) em 2002.
As finais, equilibradas, de elevado nível
e repletas de um público entusiasta, foram a melhor conclusão da 73ª edição do
Campeonato Internacional Amador de Portugal/Ford, caracterizada pelas boas
condições climatéricas. Razão teve Manuel Agrellos, o presidente da FPG e da
EGA, ao «agradecer ao Estela Golf a forma como recebeu o torneio e as
excelentes condições do campo. Não será, seguramente, a última vez do
Internacional Amador de Portugal na Estela».
Os resultados das finais do 73º Campeonato
Internacional Amador de Portugal/Ford foram os seguintes:
HOMENS
Richard Walker (Inglaterra)-Nicola Maestroni (Itália), 1 up
SENHORAS
Charlote Heeres (Holanda)-Lisa Holm Sorensen (Dinamarca), 37º buraco
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