|
PGA
de Portugal - |
JOSÉ ALAN LOPES FAZ A
"DOBRADINHA" |
PRESS-RELEASE
![](../images/circuitos/PGAlogo_p.gif)
O brasileiro está em grande e
depois de vencer o Open Mota Engil e o Pro-Am do mesmo torneio em Amarante,
saltou para o 9º lugar.
José Alan
Lopes tornou-se hoje (Sexta-feira) no primeiro jogador a fazer a “dobradinha” no
Mota Engil Portugal Tour 2004, ganhando, ao mesmo tempo, no Clube de Golfe de
Amarante, o Open Mota Engil, para profissionais, e o ‘Pro-Am’.
O profissional de ensino do City Golf,
no Porto, totalizou 134 pancadas, duas abaixo do Par, depois de hoje ter igualado
o Par-68 do campo da Quinta da Deveza. António Sobrinho, que arrebatara neste
mesmo palco, há dois meses e meio, o seu oitavo título de campeão nacional, ficou
a uma escassa pancada, após uma derradeira volta de 69 (+1), na qual fez quatro
‘birdies’ e cinco ‘bogeys’. «Não estou a jogar bem. De cada vez que falho um
‘green’, é ‘bogey’ pela certa», lamentou-se o jogador de Vale do Lobo.
Alan
Lopes – «é o meu nome de guerra em Portugal» – é o primeiro estrangeiro nas
últimas três épocas a impor-se num evento do circuito profissional português.
Nascido na Baía, há 34 nos, mudou-se para São Paulo aos 4 e aos 11 iniciou a sua
carreira de ‘caddie’, no PL Golf Club, no interior do Estado de São Paulo. Há 9
anos, enveredou pela carreira de jogador profissional, num país «onde há cerca de
18 torneios por ano para profissionais». Conquistou um único título durante esses
noves anos, «exactamente no ‘Pro-Am’ do PL, ou seja, em casa», o que lhe deu uma
grande satisfação. Em Portugal, precisou apenas de cinco meses e meio para
angariar o seu primeiro troféu.
Alan
Lopes sobressai pela humildade e pela gratidão. Na cerimónia de entrega de
prémios foi humilde: «obrigado aos que me deixaram ganhar. O Sobrinho, por
exemplo, não jogou hoje o que sabe», mas também agradeceu «à PGA de Portugal»,
por o ter aceite «como sócio» e não se esqueceu de retribuir, prometendo que
«vamos arranjar um sistema que permita aos portugueses jogarem também no circuito
brasileiro». Mais tarde, na conferência de Imprensa, pediu que fossem referidos
os nomes de Sussumo Sazaki, Manuel Rodrigues e Manuel Coelho, as pessoas que lhe
deram a mão quando chegou a Portugal de bolsos vazios.
Os
1975 euros que embolsou (1625 da vitória no Open Mota Engil e 350 do ‘Pro-Am’,
irão dar-lhe um empurrão para se estabelecer no nosso país e a sua presença é,
sem dúvida, um valor acrescentado na competitividade do circuito profissional
português, onde só jogou, até ao momento, as provas disputadas em Amarante,
porque tem «muitas aulas no City Golf» e não pode «abandonar os alunos».
Os seus adversários dizem que «o Alan
joga muito certinho» e, efectivamente, o brasileiro fez 8 ‘birdies’, 4 ‘bogeys’,
1 “duplo” e 23 pares em 36 buracos, mas o visado prefere replicar, no seu
português-brasileiro, que «deu sorte de principiante para ganhar os dois
torneios».
O
mérito é sem dúvida seu, mas houve alguma verdade no agradecimento a quem o
«deixou ganhar», na medida em que alguns jogadores assumiram-se como sérios
candidatos, mas tombaram na ponta final, designadamente João Chaves, que vinha
com seis abaixo no buraco 10, Allan Sweeney, que chegou ao 17º com três abaixo e
Sérgio Ribeiro, que se “enterrou” com seis pancadas no 17 (Par3), metendo a bola
na água.
![](../images/Comuns/botao_estrela.gif)
Num dia
de muito calor, só três jogadores conseguiram jogar abaixo do Par, todos com 67
(-1): Allan Sweney, João Pedro Carvalhosa e João Chaves. Merece ainda um especial
destaque Alfredo Cunha, que repetiu o terceiro lugar do Campeonato Nacional de
Profissionais Mota Engil (só atrás de Sobrinho e do amador Tiago Cruz), desta
feita graças a duas voltas muito consistentes, em que igualou em ambas o Par do
campo.
O ‘top-ten’ definitivo do Open Mota
Engil, após 36 buracos, ficou ordenado do seguinte modo:
1º José Alan Lopes (City Golf), 134 pancadas (66+68), -2, 1625
euros.
2º António Sobrinho (Vale do Lobo), 135 (66+69), -1, 105 euros.
3º Alfredo Cunha (Ponte de Lima), 136 (68+68), Par, 925 euros.
4º Sérgio Couto e Ouroso (Estela), 137 (65+72), +1, 825 euros.
5º António Dantas da Silva (Penha Longa), 138 (66+72), +2, 725 euros.
6º Daniel Silva (Vila Vitta Park), 139 (66+73), +3, 650 euros.
6º João Pedro Carvalhosa (Tróia), 139 (72+67), +3, 650 euros.
8º João Chaves (Quinta das Lágrimas), 140 (73+67), +4, 575 euros.
9º Sérgio Ribeiro (Miramar), 141 (66+75), +5, 500 euros.
9º Allan Sweeney (Pinheiros Altos), 141 (74+67), +5, 500 euros.
Na
classificação do ‘Pro-Am’ (‘net’), jogado em ‘better ball’, o brasileiro José
Alan Lopes e o amador Jorge Moura ganharam com 120 pancadas (58+62), 16 abaixo do
Par, com uma de vantagem de um ‘shot’ sobre António Dantas da Silva e Eduardo
Almeida.
Foto: Ramiro de Jesus/PGA de Portugal |