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Henrique Paulino conquistou, no Domingo, dia 31 de Outubro, o segundo título profissional da sua carreira no Masters Clube de Golfe dos Arquitectos, que a PGA de Portugal organizou em RibaGolfe, na Herdade da Vargem Fresca, no Ribatejo, com 15.000 euros em prémios monetários. 

O profissional da Optimus/LSM partiu para a última volta ao campo nº1 do complexo desportivo gerido pela Esay na segunda posição, a três ‘shots’ do líder, António Dantas da Silva, e acabou com três pancadas de vantagem sobre um quarteto constituído pelo próprio Dantas da Silva (Penha Longa), António Sobrinho (Vale do Lobo), Nuno Campino (Paço do Lumiar) e Keith Ashdown (Benamor). 

O filho homónimo de um famoso profissional de ensino no Estoril agregou 225 pancadas (78+73+74), nove acima do Par, e beneficiou, sobretudo, dos erros cometidos pelos seus rivais. «Patei muito mal», disse António Dantas da Silva, que se “enterrou” sobretudo no buraco 13, um Par-4, de 428 metros, ao meter o segundo ‘shot’ na franja entre o ‘bunker’ e o ‘rough’. Fez aí seis pancadas, um “duplo”, ao qual Paulino respondeu com ‘birdies’ nos buracos 14 e 16, para se distanciar definitivamente. 

Jorge Rodrigues, o líder do primeiro dia, foi, por três vezes, parar “ao mato” e encerrou a sua participação com uma volta em 82 pancadas, que o fizeram tombar para o oitavo lugar. Ao ver o colapso dos dois jogadores que estavam no seu último grupo, Henrique Paulino admite que começou a preocupar-se com o que poderia andar a fazer António Sobrinho à sua frente. «Sabia que ele tinha partido com seis pancadas atrás de mim, mas o António é daqueles jogadores que é apaz de arrancar um grande jogo no último dia e só por isso nunca tive a sensação de ter o torneio ganho», disse Paulino, de 34 anos. 

Os seus receios eram fundados, uma vez que o octocampeão nacional acabou por efectuar a melhor volta do torneio, em 71 pancadas, foi o único dos 41 profissionais a bater o Par do campo em 18 buracos (-1) e só não ficou com o recorde oficial do campo porque não podem ser homolgados como recordes de campo resultados registados em dias em que foi permitida a colocação de bola. Questionado sobre a irregularidade de um cartão de 79 no segundo dia e de um 71 no terceiro, Sobrinho esclareceu que «já estava com a cabeça na Escola de Qualificação do European Tour», cuja Segunda Fase irá disputar na próxima semana, em Espanha, juntamente com o amador Ricardo Oliveira. Aliás, é curioso frisar que, na cerimónia de entrega de prémios, tanto Henrique Paulino, como David Silva, o presidente da PGA de Portugal, fizeram questão de, nos seus discursos, desejar boa sorte a Sobrinho. 

“Desempregado” há alguns meses, ou seja, sem campo onde ensinar, Henrique Paulino aproveitou para treinar mais e os resultados não se têm feito esperar. Depois de ter sido segundo classificado no ‘Pro-Am’ da Ilha Terceira (que não conta para a Ordem de Mérito da PGA de Portugal), obteve no Ribatejo o seu primeiro título do ano, o segundo da carreira, depois do Campeonato Nacional de Profissionais Mota Engil em 2003.

Para além da segunda vitória de Henrique Paulino e da grande recuperação nos últimos 18 buracos de António Sobrinho, merece ainda destaque o segundo lugar de Nuno Campino, apenas no quarto torneio profissional da carreira do ainda campeão nacional amador. 

Quanto à Ordem de Mérito final do Mota Engil PGA Portugal Tour 2004 e ao anúncio dos três convocados para o Campeonato da Europa de profissionais de ensino, David Silva informou que só amanhã (segunda-feira) irá publicar ambas as listas. 

A classificação final do Masters CG Arquitectos, em RibaGolfe, após 54 buracos, foi a seguinte: 

1º Henrique Paulino (Optimus/LSM), 225 (78+73+74), +9.
2º António Dantas da Silva (Penha Longa), 228 (76+72+80), +12.
2º Nuno Campino (Paço do Lumiar), 228 (76+78+74), +12.
2º Keith Ashdown (Benamor), 228 (81+74+73), +12.
2º António Sobrinho (Vale do Lobo), 228 (78+79+71), +12.
6º Nelson Cavalheiro (Golfe do Morgado), 230 (77+75+78), +14.
7º T.J. Taylor (Quinta da Ria), 232 (78+77+77), +16.
8º Jorge Rodrigues (Estoril), 233 (75+76+82), +17.
8º Sérgio Ribeiro (Miramar), 233 (78+79+76), +17.
10º José Alan Lopes (CityGolf), 234 (77+77+80), +18