O espanhol Miguel Angel Jimenez, 40 anos, natural de Malaga, com dois birdies nos últimos três buracos da volta final, apurou 67 pancadas, resultado que lhe ditou a vitória no torneio com 16 pancadas abaixo do par do campo. O excelente campo do Penina, que foi palco deste evento, foi o primeiro construído no Algarve, em que o seu arquitecto, Sir Henry Cotton, partindo dum arrozal transformou o mesmo num dos melhores campos do país, tendo para o efeito plantado cerca de 360 mil árvores que serviram para dividir os fairways e definir os greens, tendo aproveitado a abundante água que o terreno dispunha umas vezes para definir percursos outros para construir hazards. O campo foi inaugurado em 1966 sendo jogado, habitualmente, com par 73 (35+38), tendo para o Open de Portugal – como nos anos anteriores (1975, 1977, 1978, 1982, 1998, 1999 e 2000) o campo sido encurtado para obter um par 72, transformando o buraco 17, par 5, num par 4 com 420 metros. Jiménez, o único jogador do Tour a obter esta época uma segunda vitória – após ter averbado um triunfo no Johnnie Walker Classic que se disputou em Janeiro, na Tailândia – concretizou as marcas de 69, 66, 70 e 67 pancadas, menos duas que o australiano Terry Price. O prémio para o vencedor era de 208.330 euros, montante que permitiu a Miguel Angel subir do 4º lugar a líder da ordem de mérito, destronando Darren Clarke, ao apurar ganhos no valor de 514.092 euros. O vencedor desta 48ª edição do Open de Portugal encontra-se agora também no topo da lista de apuramento de pontos para a 35ª Ryder Cup, o que lhe augura boas hipóteses de vir a fazer parte da equipa europeia, que de 17 a 19 de Setembro próximo, disputará este famoso troféu, em Oakland Hills, nos EUA. Jiménez já fez parte da equipa europeia que, em 1999, disputou a Ryder Cup onde teve uma excelente actuação, tendo ainda nesse mesmo ano, alcançado um 2º lugar no WGC – American Express Championship que se realizou em Valderrama, onde foi derrotado, em play-off, por Tiger Woods. Miguel Angel Jimenéz obteve a sua nona vitória – na 360ª saída que efectuou no Tour – com quatro birdies que concretizou nos onze primeiros buracos, a que se seguiram mais três nos últimos quatro buracos, após ter efectuado um bogey, no buraco 13, em que concretizou três putts. O australiano Terry Price – que tinha recuperado o seu cartão de acesso ao Tour na última Escola de Qualificação – sagrou-se vice-campeão do torneio, com 14 pancadas abaixo do par do campo, tendo igualado o recorde do campo com 64 pancadas, resultado igualmente produzido na mesma jornada pelo sueco Robert Karlsson. Terry Price foi o vencedor do Pro-Am que se disputou na 4ª feira, dia 31, em que este profissional formou equipa com três amadores, apresentando um cartão com 13 pancadas abaixo do par do campo. O sueco Klas Eriksson e o natural da Irlanda do Norte, Graeme McDowell, partilharam o 3º lugar com 13 pancadas abaixo do par do campo. O espanhol Ignacio Garrido, 32 anos, - o vencedor do Volvo PGA Championship de 2003, disputado no Wentworth Club – e David Lynn, 30 anos, com as marcas de 71 pancadas, não conseguiram melhor que o 5º lugar, com 12 pancadas abaixo do par do campo, tendo ainda como companheiros nesta posição o francês Jean-François Remesy e o galês David Park. O líder da primeira volta, com 66 pancadas, o irlandês, Peter Lawrie, que o ano passado recebeu o Troféu “Sir Henry Cotton Rookie of the Year” obteve o 16º lugar com 10 pancadas abaixo do par do campo. O vencedor do Open da Madeira, que se disputou a semana passada no Campo do Santo da Serra, o sueco Christopher Hanell, obteve agora a 51ª posição, empatado, com 5 pancadas abaixo do par do campo. Nesta mesma posição ficou também, Joakim Haeggman, o primeiro sueco que participou na Ryder Cup, em 1993, e que procura – após ter ganho o Qatar Masters há três semanas – estar de novo presente neste maior troféu mundial por equipas. Os vencedores do evento em épocas anteriores: Gary Orr (2000) e Michael Jonzon (1997) classificaram-se na 44ª posição, com 6 pancadas abaixo do par; David Gilford (1993) obteve o 68º lugar, empatado, com 1 pancada abaixo do par; e, Van Phillips (1999), Wayne Riley (1996) e Steven Richardson (1991) não passaram o cut. O consagrado galês Ian Woosman concluiu a sua prestação com 7 pancadas abaixo do par do campo, na 36ª posição, empatado. Nenhum dos portugueses passou o cut, tendo o hepta-campeão António Sobrinho – que no Open da Madeira se classificou na 68ª posição do evento e se encontrava numa boa forma – apurou as marcas de 72 e 76 pancadas enquanto campeão nacional Henrique Paulino apurava os resultados de 71 e 76 pancadas, scores muito abaixo das suas capacidades. Os restantes jogadores portugueses, presentes no evento, foram eliminados das duas voltas finais do torneio ao apurarem os resultados acima do par indicados: Nuno Campino (am), (+1); João Pedro Carvalhosa, (+3); Tiago Cruz (am), (+4); Sergio Ribeiro, (+6); Hugo Santos (am), (+8); Ricardo Santos (am), (+9); Sergio Couto, (+13); Daniel Silva, (+16); Alfredo C. Cunha, (+17); e, Paulo Teixeira, (+19). Não passaram também o cut, entre outros notáveis os seguintes jogadores: Marcel Siem; Alastair Forsyth; Wayne Westner; Sören Kjeldsen; Anthony Wall; Henrik Stenson; Christien Cévaër; Mark Foster; Marc Farry; Andrew Coltart; Greg Owen; John Bickerton; Paul McGinley; e, Jonathan Lomas. |
Revised: 05-04-2004 .