O americano Todd Hamilton, 38 anos, repetindo as pisadas do seu compatriota Ben Curtis, foi o vencedor-surpresa do British Open deste ano, ao derrotar em play-off o sul-africano Ernie Els – um dos grandes favoritos do evento – após ambos terem concluído as voltas regulamentares com 10 pancadas abaixo do par do campo. 

Todd tornou-se profissional em 1997 e ingressou no PGA Tour americano em 2004 após ter conseguido um cartão de acesso na Escola de Qualificação de Novembro último - tendo obtido a sua primeira vitória no Tour no The Honda Classic - feito isolado nos 20 torneios que já disputou este ano, e onde apenas apurou quatro Top-25, tendo falhado os cuts em oito torneios. 

Hamilton obteve várias vitórias nos circuitos da Ásia e do Japão contando com seis títulos nestes Tours, dos quais quatro concretizados, no ano passado, no Japão. 

O prémio para o vencedor era de 1.3000.000 dólares (1.078.430 euros), valor que permitiu a Hamilton subir de 33º para a 9ª posição da money list com ganhos na ordem dos 2,6 milhões de dólares (cerca de 2,1 milhões de euros). 

O desempate no British Open é efectuado através da soma dos resultados apurados por cada jogador em quatro buracos definidos pela organização, prosseguindo o apuramento do vencedor – caso subsista o empate – no formato sudden-death (morte súbita). 

O play-off foi disputado nos seguintes buracos, tendo os competidores concretizado, os resultados indicados: 

Els fez bogey no buraco 17, ao bater a bola do tee para a esquerda do green, colocando-a num rough alto, donde saiu para cerca de 2,4 metros do buraco, falhando depois o par-putt. 

Ernie manteve-se no 3º lugar da money list com ganhos superiores a 4 milhões de dólares (cerca de 3,2 milhões de euros). 

Todd com esta vitória retirou a Els a possibilidade de concretizar uma das suas ambições: tornar-se o segundo sul-africano, após Bobby Locke, a concretizar duas vitórias no British Open. 

Els obteve o seu terceiro Major, ao conquistar o British Open, em 2002, em Murfield, tendo então ganho por morte súbita ao francês Thomas Levet, num play-off em que intervieram, Steve Elkington e Stuart Appleby, que saíram da contenda após terem disputado os quatro primeiros buracos regulamentares. 

Phil Mickelson, vencedor do Maters em Abril último, concluiu a sua prestação com as marcas de 73, 66, 68 e 68 pancadas, 9 abaixo do par do campo, no 3º lugar da classificação, tendo-lhe cabido o prémio de 514,965 dólares (411.900 euros) o que lhe permitiu ascender ao primeiro lugar da money list com ganhos superiores a 5,4 milhões de dólares (cerca de 4,3 milhões de euros). 

Para além de Els outros membros do circuito europeu obtiveram resultados relevantes: Lee Westwood (4º lugar); Thomas Levet ( 5º lugar); e, Retief Goosen (7º lugar). 

Lee Westwood obteve o melhor resultado da última jornada, 67 pancadas, fechando assim a sua preciosa prestação no evento, onde registou marcas sempre decrescentes (72, 72, 68 e 67 pancadas), que traduzem 6 pancadas abaixo do par do campo. 

Lee recebeu como prémio 314.542 euros valor que o guindou ao 14º lugar da ordem de mérito com ganhos superiores a 755 mil euros. 

Thomas Levet partilhou o 5º lugar do evento com Davis Love III tendo ambos concretizado 5 pancadas abaixo do par do campo. 

Levet, que conquistou a semana passada, no Loch Lomond, o Scottish Open, recebeu agora como prémio 238.902 euros, encontrando-se na 3ª posição da ordem de mérito, com ganhos na ordem dos 1,2 milhões de euros. 

O sul-africano Retief Goosen e o americano Scott Verplank concluíram as suas prestações na 7ª posição, com 4 pancadas abaixo do par do campo. 

Retief cedeu a liderança da ordem de mérito a Ernie Els encontrando-se agora na 2ª posição deste ranking com ganhos superiores a 1,9 milhões de euros. 

Tiger Woods, o nº 1 mundial, e o campeão do Masters de 2003, o canadiano Mike Weir, concluíram o evento no 9º lugar, com 3 pancadas abaixo do par do campo. 

Woods, após ter ganho sete Majors dos onze possíveis entre 1999 e 2002 – dois Masters; dois US Open; dois US PGA Championship; e um British Open – não obteve mais nenhum título nos nove Majors seguintes, o que evidência uma crise no seu jogo facto que não tem querido reconhecer considerando que nos treze torneios que disputou este ano, incluindo este Open, apenas jogou quatro vezes acima do Top-10 encontrando-se no 4º lugar da money list. 

Woods mantêm o seu lugar de nº 1 do ranking mundial, situação que se repete pela 258º semana consecutiva e a 328º desde que se tornou profissional, prestes, portanto, a bater o recorde de 331 semanas detido pelo australiano Greg Norman. 

Os anteriores vencedores do British Open no Royal Troon que participaram no torneio: Mark Calcavecchia (vencedor em play-off em 1989) e Justin Leonard (1997) obtiveram, respectivamente os 11º e 16º lugares, empatados, com -2 e 0 pancadas em relação ao par do campo. 

Outros membros do circuito europeu que melhor se classificaram no torneio foram: Darren Clarke (11º, E); Barry Lane (14º, E); Joakim Haeggman (16º, E); Michael Campbell (20º, E); Paul Casey (20º, E); Ian Poulter (25º, E); e, Colin Montgomerie (25º, E): 

O vencedor do torneio do ano passado, Ben Curtis não passou o cut após apurar 75 e 74 pancadas nas voltas iniciais. 

Os membros do circuito europeu que não passaram o cut foram, entre outros: Nick Faldo (vencedor do Open em 1987, 1990 e 1992); Paul Lawrie (vencedor do Open em 1999); Fredrik Jacobson; Padraig Harrington; Jean-François Remesy; Sven Strüver; Peter O’Malley; Peter Lonard; Sergio Garcia; Maarten Lafeber; Phillip Price; Brian Davis; Eduardo Romero; Thomas Björn; Nicolas Colsaerts; e, David Howell. 

Do circuito americano não passaram o cut entre outros jogadores: John Daly (vencedor do Open em 1995); Greg Norman (vencedor do Open em 1993); Jim Furyk; Jay Haas; Luke Donald; Craig Parry; Chris Riley; Tim Herron; John Huston; Stephen Ames; Jonathan Kay; Craig Perks; e, Frank Licklitter II.