F.P.G. - TAÇA F.P.G. PRIMEIRO TÍTULO DE CARLA CRUZ, HUGO SANTOS    TRICAPEÃO

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O jogador de Vilamoura ganhou o seu primeiro título de 2004, enquanto a golfista do Estoril venceu um dos raros troféus que lhe faltava. 

Carla Cruz Carla Cruz conquistou hoje (Domingo) o único grande título nacional que faltava ao seu brilhante currículo, enquanto Hugo Santos ganhou a Taça da Federação Portuguesa de Golfe (FPG) pela segunda vez em três anos e pela terceira vez na sua carreira, no campo da Quinta do Peru (Par-72). 

A jogadora do Estoril obteve um triunfo inequívoco, ‘wire-to-wire’, ou seja, liderando do primeiro ao último dia, terminando com uma vantagem esmagadora de 13 ‘shots’ sobre Carolina Catanho e até se deu ao luxo de efectuar a sua melhor volta no último dia, demonstrando não ter sentido grande pressão. «Estava a jogar à vontade, porque tinha a consciência de que o título, em princípio, seria meu», declarou Carla Cruz, que iniciou o dia com menos seis pancadas do que a sua rival do Santo da Serra. 

«Neste torneio, ficava sempre em segundo lugar e, este ano, não posso dizer que não tenha tido uma rival à altura, porque a Carolina só se foi abaixo após os primeiros 45 buracos, mas, por outro lado, não é nada bom para o golfe nacional serem só duas jogadoras a disputar o título. A vitória nem sabe tão bem», disse Carla Cruz, que já contava no seu palmares com campeonatos nacionais absolutos e sucessos em torneios do Circuito Tranquilidade. 

A actual tricampeã nacional está a viver uma época de sonho. Em torneios a contar para o Ranking Nacional da FPG, ganhou o Campeonato Nacional Individual Absoluto, a Taça Clube de Golfe do Estoril, a Taça da FPG e foi a melhor classificada no I Torneio Nevada Bob’s Golf (onde a classificação foi mista). «Optei por ficar este ano só a treinar e a jogar e sinto que tem valido a pena. Este é o meu ano e espero continuar a ter mais épocas como esta», rejubilou. 

Hugo Santos Se Carla Cruz tem praticamente assegurada até ao final do ano a posição de nº1 do Ranking Nacional da FPG – ela que já tinha sido a nº1 da Ordem de Mérito Nacional em 2003 – Hugo Santos, pelo contrário, precisou de chegar ao início do oitavo mês do ano para conseguir o seu primeiro título de 2004. Mas, aquele que foi o Jogador do Ano da FPG em 2003, não se limitou a vencer, pois fez questão de convencer a concorrência, designadamente o seu irmão, Ricardo, que perdeu o título por três ‘shots’. Hugo Santos, que já nos habituou a ser modesto, reconheceu que o êxito foi difícil: «já me considerei melhor jogador do que ele, mas hoje estamos ao mesmo nível. Tenho a vantagem de dispor de mais experiência, mas ele está a bater um pouco melhor na bola». No entanto, embora Ricardo Santos tenha frisado esse equilíbrio de forças, quando referiu que «hoje ganhou o que esteve melhor» e não necessariamente o melhor, também não deixou de salientar que «o Hugo mereceu a vitória porque cometeu poucos erros e jogou todos os dias abaixo do Par». 

Tal como no torneio feminino, o último dia do masculino resumiu-se a um duelo, mas, neste caso, bem mais renhido, ao ponto de mais parecer uma prova de ‘match play’ e não de ‘stroke play’. Aliás, o equilíbrio foi tanto que os dois jogadores foram para o buraco 15 empatados, vivendo-se aí o momento crucial do torneio. Hugo Santos, que na véspera não arriscara tanto o ‘drive’, preferindo muitas vezes sair de ferros, sacou desta feita o ‘drive’ e fez um ‘birdie’ neste Par-4 de 356 metros, enquanto o seu irmão mais novo ficou-se pelo Par. Nos buracos 16 e 17, Ricardo fez dois ‘bogeys’ fatais, enquanto Hugo manteve-se no Par até ao final do torneio. 

«Foi no 17 que perdi a esperança e que vi que a vitória já não seria minha. Nunca tive o título na mão, mas cheguei a tocar-lhe», lamentou-se Ricardo Santos. Quanto ao agora tricampeão da Taça da FPG, teve na calma a sua grande arma para superar os momentos difíceis. É que, quando o seu irmão mais novo arrancou com ‘birdies’ nos buracos 1, 4 e 6, e, mais tarde, quando Ricardo obteve um brilhante ‘eagle’ no 13 (Par-5 de 449 metros), Hugo precisou de toda a frieza e coragem para manter a sua vantagem de um ‘shot’ com ‘birdies’ no 6 e no 13. Se tivesse deixado o seu adversário afastar-se, teria complicado a sua tarefa. «Quando empatámos, no 14, não me preocupei e senti-me tranquilo, porque, por um lado, senti que não me importava de perder o título para ele e, por outro, que a vitória iria ficar em casa, dada a forma como ambos estávamos a jogar», explicou o vencedor. 

De facto, atrás dos dois irmãos Santos, ninguém se aproximou da liderança e o destaque acabou por pertencer a António Rosado, que subiu duas posições, garantindo a exclusividade do “pódio” aos representantes do Clube de Golfe de Vilamoura. 

Os principais resultados da classificação final da Taça da FPG, na Quinta do Peru, após 72 buracos, foram os seguintes:

Torneio Feminino 

1ª Carla Cruz (Estoril), 301 (79+74+75+73) pancadas, +13
2ª Carolina Catanho (Santo da Serra), 314 (79+78+77+80), +26
3ª Sónia Lopes (Vilamoura), 329 (83+87+79+80), +41
4ª Carlota Rodrigues (Estoril), 333 (82+82+83), +45
5ª Inês Mendonça (Vilamoura), 337 (84+81+83+89), +49 

Torneio Masculino 

1º Hugo Santos (Vilamoura), 280 (71+69+70+70), -8
2º Ricardo Santos (Vilamoura), 283 (69+74+70+70), -5
3º António Rosado (Vilamoura), 294 (75+73+73+73), +6
4º João Pedro Sousa (Santo da Serra), 294 (75+73+69+77), +6
5º Salvador Leite Castro (Quinta do Peru), 294 (74+71+70+79), +6
6º Tiago Cruz (Morgadinhos), 296 (78+66+78+74), +8
7º António Castelo (Morgadinhos), 297 (77+74+75+71), +9
8º Pedro Figueiredo (Quinta do Peru), 297 (76+72+74+75), +9
9º Pedro Lemos (Vilamoura), 299 (73+75+78+73), +11
10º Paulo Ferreira (Amarante), 303 (76+76+75+76), +15
 

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Revised: 03-08-2004 .