F.P.G. - ST. ANDREWS TROPHY, EUROPA DE RICARDO SANTOS PERDE COM ILHAS BRITÂNICAS

Press-Release

Ricardo Santos Apesar de estar a viver a sua melhor época internacional de sempre, Ricardo Santos não conseguiu um resultado positivo no St. Andrews Trophy, que o Royal & Ancient Golf Club of St. Andrews organizou, no passado fim-de-semana, no Nairn Golf Club, na Escócia. 

Ricardo Santos foi um dos nove jogadores convocados para a selecção da Europa Continental que perdeu, uma vez mais, com a sua congénere das Ilhas Britânicas, desta feita pelo esclarecedor resultado de 17-7. Na história de 42 anos e de 22 edições do ‘Match’, este foi o segundo pior resultado de sempre para a Europa Continental, só superado pelo desaire de 23-7 de 1964, em Muirfield, na Escócia. 

Nos arredores do famoso Loch Ness, o lendário monstro não apareceu para assustar os europeus continentais, mas o vento que se fez sentir assumiu proporções gigantescas. «Nunca joguei em condições de vento tão complicadas e o golfe, jogado assim, transforma-se numa lotaria», disse o “quarentão” Gary Wolstenholme, o mais internacional de todos os jogadores presentes. 

Ricardo Santos teve a honra de abrir a competição, nos ‘foursomes’ (pares) do primeiro dia, ao lado do alemão Martin Kaymer, mas os ingleses Sam Osborne e James Heath venceram por 3/2 (três buracos de vantagem, com apenas dois buracos para se jogar). 

Este Sam Osborne viria, aliás, a cotar-se como um autêntico “carrasco” do português, uma vez que, nessa mesma tarde, no duelo de ‘singles’ (singulares) arrumou-o de novo por 7/6. O primeiro dia terminou já com uma vantagem substancial de 8-4 das Ilhas Britânicas (3-1 nos ‘foursomes’ e 5-3 nos ‘singles’). 

Na segunda jornada, Ricardo Santos já não foi titular nos pares e em singulares calhou-lhe na rifa Jamie McLeary. O escocês impôs-se folgadamente por 6/5. Este derradeiro dia foi ainda mais negro para os continentais, uma vez que os britânicos repetiram o resultado de 3-1 da véspera nos pares, mas dilataram o ‘score’ de singulares para 6-2. 

O triunfo das Ilhas Britânicas não espanta, dada a sua superioridade histórica. Em 22 edições do St. Andrews Trophy, só por três vezes o título foi parar à Europa Continental. Para mais, a GB&I – como gosta de ser chamada a selecção da Grã-Bretanha e Irlanda – vive um dos seus melhores momentos de sempre. Sob a orientação do capitão Garth McGimpsey, as Ilhas Britânicas têm formado um conjunto invencível, somando três sucessos consecutivos frente aos Estados Unidos na Walker Cup (2003, 2001 e 1999) e outros tantos êxitos sobre a Europa Continental no St. Andrews Trophy (2004, 2002, 2000). 

Basta dizer que, para além de alguns membros históricos como o inglês Gary Wolstenholme e o galês Nigel Edwards, a selecção deste ano contou com jogadores particularmente em boa forma em 2004: Matthew Richardson venceu o Campeonato da Europa Individual Amador e o Brabazon Trophy, terminando em primeiro lugar na Ordem de Mérito da English Golf Union; Sam Osborne ganhou o Berkshire Trophy e ficou em segundo no Brabazon, garantindo também o segundo lugar na Ordem de Mérito da Engilsh Golf Union; James Heath conquistou o English Amateur e o Lytham Trophy e foi o terceiro na Ordem de Mérito da English Golf Union; Lee Corfield arrebatou a Sherry Cup e o The West of England, sendo o quarto na Ordem de Mérito da English Golf Union; Stuart Wilson impôs-se no British Amateur e, mesmo assim, só conseguiu o nono lugar na Ordem de Mérito da Scottish Golf Union; Jamie McLeary foi o primeiro no St. Andrews Links Trophy e no Craigmillar Park Open, assumindo, por isso, o comando na Ordem de Mérito da Scottish Golf Union; e Andrew McArthur arrecadou o título no Scottish Champion of Champions e é o quarto na Ordem de Mérito da Scottish Golf Union. 

Diante desta invencível armada britânica, era difícil à Europa Continental resistir, com uma selecção em que o islandês Heidar Bragason era a grande “estrela”, por ter ganho este ano o Campeonato Internacional de Espanha Copa S.M. El Rey e o Welsh Open Amateur Stroke Play Championship. Ricardo Santos, depois da sua vitória no Campeonato Internacional da Suíça, dos quartos-de-final no Internacional de Espanha, dos oitavos-de-final no Internacional de Portugal, do 13º lugar no Campeonato da Europa Individual Amador e do 16º lugar no Scottish Amateur Open Stroke Play Championship, era também uma das grandes apostas do capitão alemão Wofgang Wiegand. 

Os melhores jogadores da competição foram Matthew Richardson, Sam Osborne e James Heath, todos com quatro vitórias em quatro ‘matches’, dois de ‘foursomes’ e dois de ‘singles’. Os resultados completos do 22º St. Andrews Trophy encontram-se no ‘link’:
http://www.randa.org/index.cfm?action=championship.order&orderpage=result
/46_StAndrewsResults.htm&id=10.

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Revised: 03-09-2004 .