F. P. G. - CAMPEONATO NACIONAL DE CLUBES DE SUB-14 E SUB-18

PRESS-RELEASE

O Clube de Golfe de Vilamoura e o Clube de Golfe do Santo da Serra venceram ontem (Segunda-feira), respectivamente, o Campeonato Nacional de Clubes de Sub-14 e de Sub-18, que a Federação Portuguesa de Golfe (FPG) organizou no Belas Clube de Campo, sob difíceis condições climatéricas, ao ponto de a prova ter sido suspensa por duas vezes no primeiro dia, devido a chuva, trovoada e granizo.

 

O torneio foi disputado no sistema de três voltas de 18 buracos em ‘stroke play’, contando para o resultado final os três melhores ‘scores’ de cada equipa de quatro jogadores. Apesar de ser uma competição mista, só três meninas foram chamadas para equipas que lograram classificar-se no ‘top-5’: Carolina Catanho (Santo da Serra), a campeã nacional de Sub-18, Joana Silva Pinto (Quinta do Fojo), a campeã nacional de Sub-14, e Isabel Silva (Amarante), a campeã nacional de Sub-16.

 

Equipa Sub-14 Vilamoura No escalão de Sub-14, Vilamoura revalidou o título conquistado no ano passado, em Amarante, beneficiando do facto de manter nas suas fileiras três dos quatro jogadores de 2003: Ricardo Melo Gouveia, João Carlota e José Maria Jóia. Em 2004, Tomás Coelho e Timmy Hart substituíram Joshua Silva. Ricardo Melo Gouveia e João Carlota, os vice-campeões nacionais de Sub-12 e Sub-14, respectivamente, foram, aliás, os dois primeiros na classificação individual e este último (que desempenhou as funções de capitão) conseguiu, mesmo, uma impressionante segunda volta em 69 pancadas (-3). «Fiz essas 69 pancadas graças ao jogo curto, mas, no buraco um, saí de ‘drive’ e o ‘shot’ foi tão bom que desconfiei logo que iria ser um bom dia de golfe», disse o algarvio, que fez ‘birdies’ no buraco 8, 13, 15 e 16 e apenas um ‘boggie’ no 12.

 

Mas se, no ano passado, Vilamoura não deu hipóteses à concorrência, desta feita, os algarvios tiveram de lutar bastante para superar a Quinta do Fojo, que liderava no final da primeira jornada e Fernando Nogueira, o treinador dos bicampeões nacionais, explicou como se operou a reviravolta no resultado: «Não começámos da melhor maneira, pois o Ricardo Melo Gouveia e o João Carlota, que são dois jogadores fundamentais para a equipa, estiveram mal no primeiro dia e o Carlota até nem pontuou, mas, mesmo assim, conseguimos ficar a três pancadas do primeiro lugar, o que era perfeitamente recuperável. Já na segunda volta, eles jogaram bastante bem e conseguiram recuperar cerca de 30 pancadas, tendo o João Carlota feito o melhor resultado do torneio, com três abaixo do Par do campo, o que abriu grandes expectativas para o último dia, no qual só tivemos de gerir o resultado e não ceder à pressão. As 69 pancadas do João Carlota e a regularidade do Ricardo Melo Gouveia foram determinantes para revalidarmos o título».

 

A equipa da Lusotur Golfes mostrou que continua a “fabricar” fornadas de novos jogadores, capazes de suceder aos actuais campeões nacionais no escalão principal e Fernando Nogueira considera que «Vilamoura, em termos de equipa, é muito superior às outras». Contudo, não deixa de elogiar a maior competitividade da concorrência: «há bons jogadores em outros clubes e a Quinta do Fojo, por exemplo, está a fazer um bom trabalho».

 

Patrícia Brito e Cunha, a treinadora do clube sediado em Gaia, também consciência da subida de produtividade dos seus jogadores, mas admitiu, para já, a superioridade dos algarvios: «começámos bem o torneio, mas, para além de Vilamoura ser superior, houve um resultado que fez a diferença: o do João Carlota. Não contava com uma vitória da Quinta do Fojo, mas pensava que a discussão pelo título iria ser mais renhida, apesar de os ‘handicaps’ dos jogadores algarvios serem mais baixos e nós só termos três a quatro anos de competição. De qualquer forma, foi uma vitória justa e Vilamoura merece os parabéns, pois tem uma escola fantástica e os miúdos têm um comportamento exímio. A Quinta do Fojo, para além de revalidar o segundo lugar, melhorou o seu nível de jogo. Não tanto como eu gostaria, mas também se passaram apenas quatro meses desde o último Campeonato Nacional de Clubes de Sub-14 e de Sub-18, o que é muito pouco».

 

Equipa Sub-18 Santo da Serra Na faixa etária de Sub-18, o Clube de Golfe de Amarante, que vencera em “casa” no ano passado, viu a sua tarefa de defesa do título mais complicada pelo simples facto do seu “chefe-de-fila”, Paulo Ferreira, já não poder integrar a equipa, devido a ter transitado para o escalão de Sub-21. Mesmo assim, Amarante garantiu o terceiro lugar, tanto por equipas como individualmente, neste último caso graças a Albino Bruno Ramos. Mas se, nos Sub-14, Vilamoura ganhou com uma confortável vantagem de 44 pancadas, nos Sub-18, o equilíbrio foi muito mais acentuado e o Santo da Serra só se impôs por sete ‘shots’ sobre o Oporto Golf Club e por 17 pancadas sobre Amarante, que no final do segundo dia tinha destronado os madeirenses no topo do ‘leaderboard’.

 

O título deverá ter agradado particularmente a Carolina Catanho, pois detém agora em simultâneo os títulos de campeã nacional de Sub-18 tanto individualmente como por equipas, no seu último ano neste escalão, como fez questão de salientar o capitão da equipa do Santo da Serra, Pedro Fontes: «Esta vitória não foi nada fácil. Temos uma equipa bastante forte e, não querendo desmerecer os outros, muito equilibrada, o que é uma grande vantagem. Além disso, os nossos jogadores são normalmente regulares, mas não jogámos bem em nenhum dos dias de competição. É verdade que campo estava difícil e que as condições climatéricas não ajudaram, mas isso não serve de justificação, pois foram iguais para todos. Este triunfo é um incentivo muito grande, ainda mais para mim e para a Carolina, que não podemos mais disputar esta categoria e que queríamos ficar com uma boa recordação. Mas, mais importante do que isso, foi conquistar o título para o nosso clube e mostrar que o trabalho que tem sido desenvolvido nas escolas de formação está a dar frutos. O Gonçalo foi o melhor jogador da nossa equipa, quer a nível de resultados, quer de atitude. Não devemos falar em individualidades nestas competições, mas foi ele, de facto, quem suportou um pouco todos os outros».

 

A grande surpresa da prova foi, provavelmente, o Oporto Golf Club, quarto classificado em 2003, mas que em 2004 discutiu o título até ao penúltimo buraco, apesar de nunca ter liderado a competição. Eduardo Maganinho, o carismático treinador do clube de Espinho, gostou do resultado, mas não ficou nada satisfeito com as exibições das equipas: «apesar de, na minha opinião, os resultados terem sido, no geral, muito maus, o Santo da Serra foi a equipa que jogou melhor e, por isso, venceu justamente. Saio de Belas desiludido com o nível de jogo que está a ser praticado pelos jogadores neste momento. O segundo lugar do Oporto acaba por ser bom e importante para o clube, até porque a decisão não foi tão fácil como pode parecer. Até ao buraco 17 a vitória poderia ser nossa, mas o título foi bem entregue e foi merecido. A equipa do Santo da Serra não jogou o que sabe e pode, mas, mesmo assim, foi a melhor».

 

Os resultados finais do Campeonato Nacional de Clubes de Jovens foram os seguintes:
Sub-14

Equipas:

1º Vilamoura A, 744 pancadas (259+234+251); +96

2º Quinta do Fojo, 788 (256+263+269); +140

3º Vilamoura B, 838 (280+274+284); 190

4º Quinta do Peru, 838 (273+274+291); 190

5º Miramar, 873 (294+301+278); 225

6º Ilha Terceira, 994 (338+336+320); 346

 Individual:

1º Ricardo Melo Gouveia (Vilamoura A), 246 pancadas (84+79+83); +30

2º João Carlota (Vilamoura A), 249 (99+69+81); +33

3º Pedro Figueiredo (Quinta do Peru), 250 (83+80+87); +34

4º José Maria Cudell (Quinta do Fojo), 256 (78+85+93); +40

5º Joana Silva Pinto (Quinta do Fojo), 262 (86+91+85); +46

Constituição das equipas:

Vilamoura: Ricardo Melo Gouveia, João Carlota, José Maria Jóia, Tomás Coelho e Timmy Hart

Quinta do Fojo: José Maria Cudell, Pedro Sá Lima, Joana Silva Pinto, Manuel Maria Silva e António Pestana

Vilamoura B (3ª classificada): Alexandre Carmo, Gonçalo Pinto, Olivier Hart, Frederico Jacinto e Nicholas Grigutsch

 

Sub-18

Equipas:

1º Santo da Serra, 749 pancadas (248+258+243); +101

2º Oporto, 756 (263+249+244); +108

3º Amarante, 766 (257+247+262); +118

4º Miramar, 799 (277+260+262); +151

5º Sintra, 803 (257+275+271); +155

Individual:

1º Gonçalo Brito (Santo da Serra), 242 pancadas (79+84+79); +26

2º Manuel Alexandre Violas Jr (Oporto), 243 (85+82+76); +27

3º Albino Bruno Ramos (Amarante), 244 (85+76+83); +28

4º Francisco Roque Matos (Verdegolfe), 253 (87+86+80); +37

5º Tomas Gonçalves (Santo da Serra), 254 (87+87+80); +38

6º Hugo Miguel Mota (Oporto), 254 (89+80+85); +38

Constituição das equipas:

Santo da Serra: Carolina Catanho, Gonçalo Brito, Tomás Gonçalves e Pedro Fontes

Oporto: Manuel Violas, Hugo Rodrigues Mota, Gonçalo Marques e Tiago Rodrigues

Amarante: Isabel Silva, Albino Bruno Ramos, João Tiago Pinto, Carlos Magalhães e Jorge Dias

 

Fotos: Ramiro de Jesus/GolfMark

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Revised: 25-02-2004 .