PRESS-RELEASE

Hugo Santos foi convocado para a selecção da Europa de golfe que irá defrontar a sua congénere da Ásia-Pacífico na quarta edição do Sir Michael Bonallack Trophy, marcada para a data de 21 a 23 de Abril, no Circolo del Golf Roma Acquasanta, em Itália. O campo é um Par-71 de 5.854 metros. É a segunda vez em dois anos que o campeão nacional absoluto é chamado para uma selecção do “Velho Continente”, depois de ter integrado, em 2002, a equipa da Europa Continental que perdeu com as Ilhas Britânicas no St. Andrews Trophy. Este ano, o St. Andrews Trophy realizar-se-á a 27 e 28 de Agosto, na Irlanda.

É a primeira vez que um português é convocado para este duelo internacional, embora Portugal já tenha estado representado ao mais alto nível, quando, em 1998, Manuel Agrellos assumiu o cargo de “capitão” da selecção europeia que venceu a primeira edição por 18-14, na Austrália. Em 2000, a Europa revalidou o título (20-12) em Espanha, mas em 2002 a Ásia-Pacífico obteve o seu primeiro triunfo (18-14) no Japão.

Hugo Santos tem a consciência de que ter sido seleccionado representa «um sonho» que vai, «felizmente, poder concretizar». «Fiquei com um nó na garganta. Não estava nada à espera de ser chamado porque ainda não ganhei nada este ano e, como tal, penso que a minha convocação deve-se ao facto de ter alcançado uma prestação positiva na última vez que fui chamado para integrar a equipa da Europa no St. Andrews Trophy. Vou dar o meu melhor para ajudar a equipa e representar condignamente Portugal», disse o modesto jogador de Vilamoura. Afinal, se é certo que ainda não ganhou nada este ano, também é verdade que, nas duas últimas semanas, foi semifinalista no Campeonato Internacional Amador de Portugal e liderou o Campeonato Internacional Amador de Espanha após o primeiro dia.

A presença de Hugo Santos na selecção europeia deixou radiante Miguel Franco de Sousa, o gestor do Projecto Pequim-2008 da FPG: «Fiquei surpreendido. Quando a Comissão de Alta Competição e Selecções Nacionais propôs o Hugo para integrar a equipa da Europa, achámos que o ano de 2003 não tinha sido suficientemente bom para ingressar nos 12 melhores jogadores europeus. É óbvio que o Hugo tem jogo e nível para jogar na selecção e que o facto de o capitão Colin Wood o conhecer bem, assim como ao seu jogo, contribuiu para que esta convocatória acontecesse. Para Portugal, especialmente para a FPG, é mais um motivo de orgulho e de motivação para que coisas destas aconteçam com mais frequência. Penso que esta convocação, aliada à vitória de Portugal na Taça das Nações do Campeonato Internacional Amador de Portugal e à qualificação de sete jogadores portugueses para a fase de ‘match-play’ do mesmo torneio (dois jogadores nas meias-finais e um na final), é sinal de que o trabalho da equipa técnica, liderada pelo Sebastião Gil com o apoio do David Moura, está a dar os seus frutos».

Sebastião Gil, o treinador da selecção nacional, analisou esta selecção do ponto de vista do efeito que poderá ter em todos os portugueses: «É extremamente importante para o Hugo, que ficou muito contente, é um motivo de orgulho para mim, mas deveria sê-lo, sobretudo, para o golfe nacional. Afinal, não é uma coisa que aconteça todos os dias. Penso que é merecido, pela dedicação e trabalho nos últimos cinco anos, em que ele abdicou de muitas coisas que os jovens gostam de fazer, em prol do golfe. Além disso, também é importante para motivar os próprios colegas e jogadores mais novos, dando-lhes a entender que, com trabalho, também podem chegar lá. Sinceramente, não esperava que o Hugo fosse convocado, mas também não foi uma grande surpresa, pois ele já foi chamado uma vez para integrar a selecção da Europa. Isto é um sinal de que os portugueses não estão a passar despercebidos nos torneios que disputam no estrangeiro».

Para 2004, o “capitão” europeu, o escocês Colin Wood, contará com os seguintes jogadores: Gary Wolstenholme (Inglaterra), James Heath (Inglaterra), Noel Fox (Irlanda), Brian McElhinney (Irlanda), Edoardo Molinari (Itália), Francesco Molinari (Itália), Jan Willem Van Hoof (Holanda), Hugo Santos (Portugal), Stuart Wilson (Escócia), Gonzalo Fernandez-Castaño (Espanha), Pablo Martin (Espanha), Nigel Edwards (País de Gales). Pablo Martin é considerado um “menino-prodígio” e até foi 22º no último Canarias Open de España, mas foi outro espanhol a destacar-se no ano passado entre os profissionais, Gonzalo Fernandez-Castaño, que foi décimo classificado no Telefonica Open de Madrid.

A selecção da Ásia-Pacífico, liderada pelo japonês Tai Kawata, apresentará a seguinte formação: Nick Flanagan (Austrália), James Nitties (Austrália), Shiv Kapur (Índia), Haruo Fujishima (Japão), Yuta Ikeda (Japão), Kyong-Tae Kim (Coreia), Dong Hwan Lee (Coreia), Ben Leong (Malásia), Mathew Holten (Nova Zelândia), Bradley Lles (Nova Zelândia), Shahid Javed Khan (Paquistão) e Juvic Pagunsan (Filipinas). Atenção a Nick Flanagan, que no mês passado ficou em terceiro no ANZ Championship, um evento do European Tour.

Foto: Ramiro de Jesus/GolfMark