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Autoria: TeamFrith, empresa empecializada Em Portugal, o Turismo revela-se um sector fundamental no desenvolvimento regional. Paralelamente a este fenómeno, o golfe assume, enquanto desporto e oferta turística, uma importância redobrada. Eis alguns dados: - em 2002, Portugal situava-se na 17ª posição no ranking mundial de destinos turísticos, representando cerca de 1,7% do número total de turistas recebidos por país; - em termos de golfe, o nosso país apresenta-se, desde 2001, entre os oitos primeiros locais de destino para a prática deste desporto. Jogadores ingleses, alemães e suecos identificam os nossos campos entre os melhores da Europa.
Fonte: Associação Internacional de Operadores de Viagens de Golfe (IAGTO), 2001. Este posicionamento em termos de oferta turística de golfe enfatiza a importância desta modalidade para a dinamização do sector turístico em Portugal e para o fortalecimento da marca portuguesa no estrangeiro. Como foi salientado na mais recente edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), 2004 é um ano para apostar em duas vertentes do Turismo com fortes potencialidades e em franca expansão: o golfe e o turismo de negócios. Na verdade, Portugal é, reconhecidamente, um dos países com melhores resorts de golfe na Europa. A oferta nacional é variada e privilegiada, e conta com a vantagem das excelentes condições climatéricas. O golfe necessita assim de uma aposta consolidada e eficaz que desenvolva este desporto em todas as suas vertentes: como modalidade desportiva, como actividade económica e como produto turístico. Enquanto oferta turística, este desporto integra algumas receitas interessantes para o turismo nacional. Para além do green fee pago por cada jogo, existem também gastos paralelos inerentes ao golfe turístico, como o transporte aéreo, aluguer de viaturas, alojamento, restauração e animação. O Golfe português no âmbito europeu Em termos quantitativos, Portugal dispõe de 63 campos de golfe e de um total de 13.000 jogadores. A oferta de espaços dedicados a esta modalidade tende a concentrar-se na região Sul, com 74% dos campos nacionais, face a 43% no Vale do Tejo e 41% na zona de Lisboa.
Fonte: ICEP, 2001. De acordo com a análise SWOT do turismo de golfe português, realizada pelo ICEP, encontram-se diversos pontos fortes e fracos na nossa oferta, como também diversas oportunidades de posicionar Portugal como um destino privilegiado para a prática de golfe.
Em 2003, notámos algum crescimento no número de campos e também no grupo de jogadores nacionais que, no espaço de um ano, recebeu cerca de 5.500 novos desportistas. No resto da Europa, um estudo recente da Associação Europeia de Golfe aponta que: - Embora a Suíça represente um mercado três vezes maior no número de golfistas, dispõe apenas de mais 16 campos. Estes dados permitem-nos concluir que, no caso português, para uma considerável e diversificada oferta de campos de golfe, a procura parece ser ainda muito dominada por jogadores estrangeiros; - O maior mercado europeu de golfe, a Inglaterra, divide com a Alemanha e a Escócia, país na origem deste desporto, o maior número de campos e de golfistas. Os números apontam para uma preponderância inglesa, mantendo-se o país de destino para os golfistas. Com um total de 1896 campos a servirem 878.000 jogadores nacionais e muitos outros estrangeiros, este país permanece o local onde o mercado de golfe apresenta uma maior dinamização e crescimento. Contudo, a Escócia, berço deste desporto revela-se um país com um número muito diminuto de jogadores, face a países como a Suécia que, com menor número de campos, mas muitos mais jogadores; - Países como a Estónia e a Lituânia apresentam já um grupo interessante de jogadores face a apenas um campo de golfe nacional. Mas Israel e a Rússia são, sem dúvida, os países que, mesmo apresentando um menor número de campos nacionais, contam já com muitos golfistas, o que pressupõe a visita a outros campos de golfe estrangeiros para o desenvolvimento deste desporto a nível nacional;
Para o futuro, e segundo as estimativas do ICEP, prevê-se que a Europa mantenha o mesmo ritmo de crescimento na área do golfe, especialmente no Reino Unido, Alemanha e Suécia. Entre as principais razões para este crescimento encontramos: - uma maior apetência global para a prática do golfe; - um desejo crescente de contacto com a natureza; - um aumento no tempo dedicado a actividades de lazer, paralelamente a um aumento na esperança media de vida; - um crescimento no rendimento disponível nos agregados familiars, nomeadamente nas classes com maior tendência para a prática deste desporto; - a crescente associação do golfe com o mundo dos negócios. Os golfistas em Portugal No nosso país, a procura do turismo de golfe deriva sobretudo do Reino Unido, Alemanha, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Holanda. De países como a França, a Espanha, Itália, Canadá ou até mesmo EUA chegam também golfistas que associam as suas férias de golfe a visitas culturais e gastronómicas. Na verdade, segundo uma análise do ICEP, não só o número de golfistas estrangeiros que procuram Portugal tem vindo a aumentar, como também a época em que o fazem parece vir a alargar-se.
Fonte: ICEP, Golfe e Ambiente, da implementação à gestão dos campos, 2001. |
Revised: 21-05-2004 .