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Expresso BPI Golf Cup
- GOLF DIGEST PORTUGAL VENCE FINAL DE
2004
Press-Release
![](../images/circuitos/logo_golf_cup_p.gif)
A Golf Digest Portugal conquistou a
sétima edição do Expresso BPI Golf Cup, o Campeonato Nacional de
Empresas, cuja Final Nacional foi organizada pela Media Golf,
nos passados dias 10 e 11 de Dezembro, no Victoria Clube de Golfe,
em Vilamoura, no Algarve, entre 17 equipas oriundas de seis regiões de
todo o País. A Golf Digest Portugal irá, por isso, representar o país
no Dupont World Amateur Handicap Championship de 2005, o maior torneio
mundial de amadores, que reúne, todos os anos, na Carolina do Sul (EUA), mais
de quatro mil jogadores com ‘handicap’.
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A equipa da revista oficial da Federação
Portuguesa de Golfe (FPG) foi constituída pelos pares Miguel
Franco de Sousa (hcp 2.8 EGA)/Frederico Simões de Almeida (hcp 5.7
EGA) e Francisco Trocado (hcp 5.3 EGA)/Oliver Ruthemeyer (hcp
6.6 EGA), que somaram, respectivamente, 132 e 145 pancadas. Um total de 277
que foi insuficiente, pois o título só foi decidido num emocionante e inédito
‘play-off’. Foi o “aperitivo” e o teste ideal para um campo soberbo,
elogiado por todos os 68 finalistas, que, dentro de um ano, irá
prestigiar o país, ao acolher a última das quatro etapas do World Golf
Championships, a Algarve World Cup in Portugal.
No primeiro dia, de excelentes condições para
a prática da modalidade, a Golf Digest Portugal parecia ter arrancado
de forma imparável para a vitória, com um excelente resultado de 130 pancadas,
deixando a PT Multimédia a cinco ‘shots’ de distância, a Sociedade
Turística da Penina a sete e os Empreendimentos Turístico de Montebelo
a oito.
«O dia correu-nos lindamente. Eu e o
Frederico, fizemos os primeiros nove buracos normalmente, sem grande ‘score’
(-2), mas, depois, na segunda volta, fizemos quatro abaixo do Par. Como o
Francisco e o Oliver cumpriram o Par, acabámos bem o dia», disse o capitão
da equipa, Miguel Franco de Sousa, no final dos primeiros 18 buracos.
Com a Final a disputar-se em
‘Medal’, embora mantendo a modalidade de ‘Texas Scramble’, estava
ainda tudo em aberto para o segundo dia e a incerteza do resultado definitivo
aumentou quando os jogadores regressaram ao Victoria e deparam no
segundo dia com um campo completamente diferente: as bandeiras mais difíceis
obrigavam a arriscar ao “’shot’ ao pau”, alguns ‘tees’ das amarelas tinham
sido recuados, tornando o campo mais comprido, e o vento forte, de Nordeste,
fez, finalmente, a sua aparição, mostrando porque razão o presidente da
Comissão de Handicaps e Course Rating da FPG, Júlio Mendes,
considerou o Victoria, «de todos os campos de Portugal, o segundo em
que o factor vento entra mais em jogo, só ultrapassado pelo Estela Golf»,
depois do campo ter sido classificado, poucas semanas antes, «pelo Bill
Mitchell, o ‘Chief Rater’ da EGA (Associação Europeia de Golfe)».
Nestas condições, apesar de o sol continuar a
brilhar, os jogadores tiveram de mudar de táctica. «No primeiro dia, havia
um conjunto de buracos em que era possível jogar para ‘birdie’, mas no segundo
dia já estava extraordinariamente complicado fazer o mesmo e foi preciso
alterar a estratégia para procurar segurar os Pares e o resultado»,
explicou António Louro (hcp 7 EGA), da IQS, equipa que terminou
no sexto lugar.
A PT Multimédia, constituída por
jogadores com ‘handicaps’ mais elevados, ressentiu-se das circunstâncias e
cedo começou a ficar para trás. «No primeiro dia, julgo que aproveitámos
bem o facto de não estar vento, mas, no segundo, acusámos a falta de
experiência e o facto de estarmos em segundo lugar. A dada altura, na segunda
volta, isso notou-se», admitiu Nuno Rebelo de Sousa (hcp 14.3 EGA).
Os líderes também não estavam a passar por
melhores momentos e Miguel Franco de Sousa receou o pior: «desde o
buraco 12 até ao 14, pensei que estávamos completamente fora da corrida pelo
título, sobretudo porque a Penina estava a fazer ‘birdies’ atrás de ‘birdies’».
O par de Franco de Sousa e de Simões de Almeida ainda se
aguentou com uma volta em 69 pancadas, mas a formação de Trocado e
Ruthemeyer “enterrou-se” com um 78. O ‘triplo-bogey’ no 16º buraco, deste
segundo par, impediu a Golf Digest Portugal de garantir o triunfo no
final dos 36 buracos regulamentares, uma vez que as 277 pancadas finais
igualaram o resultado do Sociedade Turística da Penina. Os
Empreendimentos Turístico de Montebelo asseguraram o terceiro lugar, com
281, as mesmas pancadas da PT Multimédia, relegada para a quarta
posição.
Consultados os regulamentos e depois de
confirmar, por telefone, alguns detalhes técnicos com Manuel Agrellos
(o presidente da FPG é um conceituado árbitro internacional, tendo
arbitrado, entre muitos outros, no Masters e no British Open), João Morais
Leitão, o promotor da prova, da Media Golf, anunciou que os
melhores pares ‘net’ de cada equipa iriam disputar um ‘play-off’ de morte
súbita. «Pela primeira vez, a Final foi decidida num ‘play-off’, o que dá a
ideia do equilíbrio e da maturidade que a prova já atingiu, num ano em que
participaram 387 empresas», alegrou-se José Carlos Agrellos, o
administrador do BPI que anunciou um novo contrato do patrocinador
principal com a Media Golf «por mais três anos».
Pela Golf Digest Portugal, alinharam
Miguel Franco de Sousa e Frederico Simões de Almeida, enquanto a
Sociedade Turística da Penina foi representada por Leonel Rio e José
Luís Correia. Os outros membros das equipas fizeram de ‘caddies’. Foi,
quiçá, o momento mais alto na história de sete anos do Campeonato Nacional
de Empresas. Com largas dezenas de espectadores a assistir, os bons
‘shots’ foram-se sucedendo, o Par foi cumprido nos dois primeiros buracos, e
só no final do terceiro, devido a um falhanço num ‘putt’ para Par, de 40
centímetros, José Luís Correia entregou de mão beijada o título de
campeão nacional à Golf Digest Portugal. «O ‘play-off’ foi o momento
épico da minha carreira golfística», disse, a rir, Miguel Franco de
Sousa, o Gestor do Projecto de Alta Competição da FPG, que, meses
antes, tinha jogado a etapa portuguesa do European Challenge Tour.
«O ‘play-off’ deu um brilhantismo à prova. Ninguém arredou o pé e viveu-se
competição a sério», afirmou Joaquim Manuel Palma, o capitão da
Penina. «O ambiente foi o de uma grande Final e isso notou-se nos
jogadores, um tanto ou quanto nervosos, que disputaram o torneio e o título»,
concluiu Francisco Pinto Balsemão, do Expresso.
Tudo terminou num jantar de gala,
oferecido pela MediaGolf no Casino da Praia Rocha, “casa” de um
dos patrocinadores do torneio (Solverde). Antes do ‘show’ «Made In
England» e já depois do jantar, procedeu-se à cerimónia de entrega de prémios,
que viveu um momento particularmente comovente quando João Morais Leitão
e Filipe Seco, da Media Golf, entregaram, com a ajuda de
Mercedes Balsemão, um cheque de 5.930 euros à Associação
Portuguesa de Portadores de Trissomia 21 (APPT21), uma verba que
resultou de «uma percentagem do valor de cada inscrição, de modo a que
todos os participantes contribuam para uma causa de solidariedade social».
A Media Golf organizou ainda, no dia
11, uma competição paralela, destinada a convidados da organização e dos
patrocinadores, baptizada de Taça APPT21 e disputada individualmente,
no sistema de ‘Stableford’. Júlio Mendes foi o vencedor, com
28 pontos, e recebeu o troféu das mãos de
Teresa Palha,
portadora de Trissomia 21 e filha de Miguel Palha, presidente da
Associação. «É
sempre um grande prazer jogar as provas da Media Golf, porque são muito bem
organizadas. Esta Taça em concreto, achei-a uma simpatia, por ser para uma
óptima causa», declarou o vice-presidente da FPG.
A Miguel Franco de Sousa, pelo posto de capitão,
coube o discurso da equipa campeã e foi bonito ouvi-lo a elogiar os
adversários: «Parabéns à Penina por ter-nos proporcionado um momento de
golfe magnífico». Mas já antes, em conversa com uma jornalista, revelara
que a vitória tinha um destinatário especial: «Este é um torneio que se
joga o ano todo e o divertido é que, para além da componente competitiva, o
ambiente social é muito agradável. Sagrarmo-nos campeões nacionais de 2004 é
muito gratificante, ainda mais porque o espírito de equipa foi muito
interessante. Como tal, gostaríamos de dedicar a vitória ao Domingos Roque de
Pinho que está com problemas de saúde e que, por isso, não pôde jogar, tendo
sido substituído pelo Oliver».
No fundo, como muito bem concluiu Francisco Pinto
Balsemão, no seu discurso oficial, «o Campeonato Nacional de Empresas é
uma grande festa do golfe».
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