O inglês Paul
Broadhurst, 39 anos, com um inacreditável bogey no último buraco do
torneio, quebrou um jejum de dez anos, vencendo o torneio com uma pancada de
vantagem sobre a concorrência, apurando 13 pancadas abaixo do par do
campo.
Broadhusrt que
tinha conseguido a sua última vitória em 1995, no Peugeot Open de France,
obteve os resultados parciais de 68, 66, 70 e 67 pancadas, conseguidas
com 21 birdies, 43 pars e 8 bogeys .
Paul Broadhurst
participou na Ryder Cup de 1991 e nas World Cups de 1995 e 1997, tendo
obtido a sua melhor classificação na ordem de mérito, o 9º lugar, no ano
de 1996.
A volta final
iniciou-se, com o escocês Paul Lawrie, 36 anos - vencedor do British Open
de 1999 – a liderar o torneio com uma pancada de vantagem sobre o inglês
Barry Lane, 44 anos, e o jovem português Filipe Lima, 23 anos, que tinham
apurado nas voltas anteriores, respectivamente, - 68, 67, 68 – e – 69,
65, 69 – pancadas.
Barry Lane e Paul
Lawrie chegaram ao buraco 17, par 4, da última ronda na liderança
do evento, empatados, com 15 pancadas abaixo do par do campo, mas
neste buraco as suas expectativas duma vitória saíram goradas, falhando
ambos as suas pancadas de saída ao colocarem as bolas bem para a esquerda
do tee.
Lawrie, após a
saída teve que fazer um drop, acabando o buraco com um triplo
bogey – 7 pancadas – facto que determinou que acabasse a prova, em 2º
lugar, com 12 pancadas abaixo do par do campo.
Lane, membro da
Ryder Cup de 1993, e detentor de cinco títulos no European Tour, após o
mau shot da saída, bateu a terceira pancada para o green,
acabando com um bogey, após concretizar dois putts.
Mas as dificuldades
para Lane não terminaram aqui, no buraco 18, par 4, fez de novo
uma má saída, colocando a bola nos arbustos à esquerda do fairway,
batendo a segunda pancada para a direita, para perto da linha de ‘fora de
campo’, tendo, em consequência, sido obrigado a fazer um swing
curto que com a infelicidade projectou a bola contra uma pedra que no
ricochete fez sair a bola para fora do campo.
Estes incidentes
conduziram Lane a um quíntuplo bogey – nove pancadas – vindo a
concluir a volta com 72 pancadas o que no total se traduziu no resultado
de 9 pancadas abaixo do par do campo e o ‘atirou’ para o 5º lugar
da classificação.
O luso-português,
Filipe Lima teve um brilhante comportamento em campo, apurando as
excelentes marcas de 69, 65, 69 e 70 pancadas, resultados que o colocaram
no 3º lugar, isolado, na prova, a melhor classificação que esta época
obteve no Tour.
Lima, filho de pais
portugueses, representa, desde o início do ano, Portugal, no European
Tour, após se ter tornado profissional em França, Versailles, onde vive,
bem perto do campo de Saint Nom La Breteche, onde se iniciou no golfe.
Lima apurou no
total, um eagle, 20 birdies, 42 pars , 8 bogeys
e um duplo bogey, resultados que lhe renderam o prémio de 62.500
euros, ocupando, presentemente, a 33ª posição da ordem de mérito, com
ganhos acima dos 101 mil euros.
Broadhurst e Lawrie
receberam, respectivamente, prémios no valor de 208.330 e 138.880 euros,
montantes que os guindaram às 14ª e 20ª posições da ordem de mérito.
A 49ª edição do
Open de Portugal – o primeiro torneio do European Tour que se disputou no
seu próprio solo, após o périplo pela Ásia, África, Australásia, EUA e
pelo Golfo – foi visitado por muita chuva na terceira jornada, sábado,
obrigando a organização a suspender o torneio por três vezes, devido a
alagamentos de alguns greens, o que motivou que Paul Broadhurst e
Filipe Lima, lideres do evento, bem como, Paul Lawrie, só viessem a
terminar os três últimos buraco da terceira volta, na manhã de domingo.
O espanhol Gonzalo
Fernandez-Castaño, que no torneio se classificou na 14º posição, com 4
pancadas abaixo do par do campo, foi o vencedor do Pro-Am.
O escocês Sam
Torrance, que averbou 21 títulos no European Tour, tendo ganho os Opens
de Portugal de 1982 e 1983 e foi capitão da Ryder Cup 2002, obteve nesta
edição do torneio o 63º lugar ao apurar 7 pancadas acima do par do
campo.
Os vencedores de
torneios desta época, que estiveram presentes no Open, averbaram os
resultados e as classificações seguintes: o galês, Stephen Dodd (-8; 6º);
o sueco, Niclas Fasth (-5; 8ºE); o sul-africano, Charl Schwartzel (-5, 8ºE); e, o inglês, Nick Dougherty (0, 28º E).
Os anteriores
vencedores do Open que participaram na competição, os ingleses David
Gilford (1993) e Van Phillips (1999) obtiveram os resultados de +1 e +4,
tendo-se classificado nas 34ª e 51ª posições.
Outros vencedores
do Open, que marcaram presença no mesmo e não passaram o cut,
foram: o inglês, Michael McLean (1990); Michael Jonzon (1997); e, o
escocês Gary Orr (2000).
Entre outros
notáveis que não passaram o cut, figuram: Gregory Havret; Scott
Drummond; Jean Van de Velde; Sören Hansen; Anthony Wall; Jarmo Sandelin;
Christopher Hanell; Andrew Coltart; Andrew Oldcorn; Robert-Jan Derksen;
e, Gordon Brand, Jr.
Para além de Lima,
o único português que se classificou no evento foi o profissional de
Miramar, Sergio Ribeiro, que obteve a 75ª posição, com 16 pancadas acima
do par do campo.
Os portugueses
amadores: Tiago Cruz (78, 69); Pedro Figueiredo (76, 74); Salvador Castro
(78, 74); António Rosado (82, 73); Ricardo Santos (78, 81), não
passaram
o cut.
Os profissionais
portugueses, que também falharam o cut, foram: António Sobrinho
(76, 72); Nuno Campino (76, 73); António Dantas da Silva (81, 70);
Henrique Paulino (77, 74); Hugo Santos (78, 75); João Pedro Carvalhosa
(87, 73); e, José Dias (82, 80). |