Ricardo
Santos e António Rosado (CG Vilamoura), em Homens, e Carolina Catanho (CG
Santo da Serra) e Carla Cruz (CG Estoril), em Senhoras, sagraram-se Campeões Nacionais de Pares, no tradicional Lisbon Sports Club (Par 69), onde
durante três dias decorreu a prova organizada pela Federação Portuguesa de
Golfe (FPG).
A dupla masculina, ao
contrário da feminina, só garantiu a vitória no último dia de competição e nos
últimos nove buracos, nos quais conseguiram ultrapassar a formação de Tiago
Cruz e Sean Corte-Real (Morgadinhos), até então líderes da prova. Depois de
duas voltas extremamente equilibradas, a hierarquia no topo do 'leaderboard'
foi sempre uma incógnita até que os algarvios de Vilamoura decidiram arrancar
'birdie' atrás de 'birdie' na recta final da prova.
«No buraco 12, perdemos a
bola e ainda fizemos um Par . Aliás, julgo que foi nesse momento que ganhámos
alento e moral para os 'birdies' no buraco 14, 15 e 16, que nos deram a
vitória», explicou António Rosado – que desde 2002 já ganhou três vezes nesta
competição. Fazendo um breve resumo do desempenho da sua dupla ao longo das
três voltas, Rosado disse que «na ronda inaugural não jogámos muito bem».
«Demos bons 'shots', mas os 'putts' não estavam a entrar. De qualquer forma,
pode-se dizer que fizemos um resultado aceitável, enquanto que o 'score' da
segunda volta não demonstra, na minha opinião, exactamente o nível golfe que
jogámos. Não jogámos tão mal quanto isso! É verdade que tivemos um mau
momento entre o buraco 7 e o 12 e não conseguimos recuperar dessa fase, mas
mantivemos a perseguição ao Tiago e o Sean, que estavam à frente», contou,
antes de frisar que à partida para os derradeiros 18 buracos havia conversado
com o seu parceiro , Ricardo Santos, sobre a estratégia de jogo.
«Arrancámos com vontade de vencer e
decididos a não falhar 'shots' fáceis, o que curiosamente aconteceu logo nos
primeiros quatro buracos. Felizmente, depois disso, conseguimos acertar o
passo e recuperar duas pancadas até ao buraco 10, onde falhei um 'putt'
curto», confessou Rosado, enquanto Santos sublinhava de imediato que o segundo
título consecutivo se devia ao facto da dupla algarvia combinar bem e
respeitar-se mutuamente. «Existem falhas que são difíceis de aceitar, mas
temos de aceitá-las e seguir em frente. É isso que nós tentamos fazer sempre e
talvez os outros pares não consigam encaixar tão bem os erros», explicou
Ricardo .
Para António Rosado o «espírito de
equipa e a imunidade à pressão nos dois últimos buracos» foi fundamental para
o triunfo. «Acho que temos tudo para ter sucesso!».
Na competição feminina, disputada por
apenas seis pares, já que dois desistiram ao longo do torneio, a competição
não foi a componente mais evidente, tendo em conta que as duas jogadoras que
têm vindo a dominar esta época o golfe nacional, Carla Cruz e Carolina
Catanho, juntaram-se para formar uma “dupla maravilha”. De facto, o que a
teoria deixava antever, concretizou-se na prática, e a madeirense e a
estorilista averbaram o quarto título, o terceiro consecutivo, no Campeonato
Nacional de Pares, depois de deixarem Lara Vieira e Joana Silva Pinto a 12
pancadas na classificação geral.
«O torneio correu-nos bem e jogámos as
duas a um nível razoável», disse Carla Cruz. «Os 'putts' foram maus mas o
resto do jogo deu para compensar. A primeira volta, contudo, correu mal, pois
falhámos alguns 'greens' e os 'putts' não entraram. Mas acho que foi uma
questão de falta de encaixe entre o nosso jogo. Já no segundo dia, fizemos um
jogo mais regular, enquanto que hoje fizemos dois 'duplos-bogeys' no buraco 14
e 18», contou Cruz, adiantando que o objectivo era fazer sempre menos pancadas
que no dia anterior.
Carolina Catanho, por seu
turno, defende que a motivação para competir, apesar do estatuto de favoritas,
é sempre a mesma, ainda mais agora que a disponibilidade das duas
universitárias para treinar é menor. «Sempre fomos consideradas favoritas e
nem sempre ganhámos, por isso nunca vimos para esta prova com muita à vontade.
Além disso, agora temos muito menos disponibilidade para treinar, pois os
estudos ocupam bastante tempo. De qualquer maneira, já jogamos juntas há
imensos anos, temos o mesmo estilo de jogo e forma de pensar e isso dá os seus
frutos em campo», concluiu Carolina Catanho.
CLASSIFICAÇÃO
Homens
1º Ricardo Santos/António Rosado (CG Vilamoura), 210 (+70+73+67)
2º
Tiago Cruz/Sean Corte-Real (Morgadinhos), 212 (67+74+71)
3º
Salvador Leite Castro/Pedro Figueiredo (Quinta do Peru), 224 (73+74+77)
4º Filipe Tavares/Bruno Martinho (Paço do Lumiar), 226 (73+78+75)
5º José Sousa Melo (CG Estoril)/Miguel Franco Sousa (Oitavos), 226 (75+75+76)
6º Gonçalo Brito/João Umbelino (CG Santo da Serra), 227 (77+75+75)
7º Ricardo Melo Gouveia/Daniel Silva (CG Vilamoura), 230 (76+84+70);
8º João Pedro Sousa/João Góis (CG Santo da Serra), 230 (73+81+76);
9º
Duarte Ortigão/Lourenço Ortigão (Paço do Lumiar), 235 (79+77+79)
10º
Gonçalo Xavier (Belas CC)/Diogo Vaz Pinto (Lisbon SC), 235 (71+84+80);
Senhoras
1ª
Carla Cruz (CG Estoril)/Carolina Catanho (CG Santo da Serra), 221 (75+73+73)
2ª
Lara Vieira (CG Santo da Serra)/Joana Silva Pinto (Quinta do Fojo), 233
(81+77+75)
3ª Sónia Lopes/Inês Mendonça (CG Vilamoura), 242 (75+87+80)
4º Carlota Rodrigues (CG Estoril)/Ana Furtado (Quinta do Fojo), 248 (87+82+79)
5º Mariana Martins/Maria Magalhães (Quinta do Fojo), 271 (93+89+89)
6º Liliana Mendonça/Mariana Rovisco (CG Vilamoura), 292 (96+104+92)
Outros Resultados |