Ambos os novos campeões tiraram partido da experiência
passada em finais da Taça para conquistarem os primeiros ‘majors’ das
suas carreiras.
Rita Costa Marques, 16 anos feitos em Agosto, já tinha
estado no jogo de atribuição do título em 2015 (Estela GC) e 2016
(Ribagolfe II), perdendo então para Leonor Bessa e Beatriz Themudo,
respectivamente. Vasco Alves, 19 anos, estivera na final do ano passado,
sendo então batido pelo surpreendente Hugo Teixeira, do CG Montado.
As duas finais hoje realizadas em 36 buracos, debaixo de
forte vento, tiveram assim para eles um sabor de desforra e redenção. E
foram altamente emotivas, com a incógnita quanto ao desfecho a manter-se
até além das duas voltas regulamentares.
O ‘match’ entre Vasco Alves e Ricardo Garcia, campeão
nacional Sub18, só se decidiu a favor do primeiro no 39.º buraco, o
terceiro do ‘play-off’. Os buracos de desempate foram o 1, o 2 e o 3. O
novo detentor da Taça finalizou os primeiros 18 buracos a perder por 3,
mas empatou a contenda ao fazer dois ‘birdies’ entre os buracos 7 e 9
dos segundos 18.
Em senhoras houve outro grande encontro, apenas decidido
no 36.º e último buraco, a favor de Rita Costa Marques, por 1 up. A
atleta do CG Miramar chegou a estar a perder por 4 para Sara Gouveia nos
primeiros 9 buracos de jogo, mas conseguiu, tal como Vasco Alves em
homens, operar a reviravolta. Os primeiros 18 buracos terminaram já com
um empate ‘all square’.
Para Sara Gouveia, foi a segunda final perdida – a
primeira foi em 2017, no Estela Golf Club, frente a Sofia Sá (Quinta do
Peru), que a própria eliminou desta vez nas meias-finais. Sofia Sá,
apesar dos seus apenas 15 anos, apresentou-se nesta edição como a
bicampeã em título. Quanto a Hugo Teixeira, que era o campeão em título,
esteve ausente da competição.
DECLARAÇÕES DOS VENCEDORES
Vasco Alves
“Sinto-me muito bem. A final foi muito dura, foram 39
buracos, com condições difíceis, estava muito vento. Foi muito renhido,
qualquer um de nós os dois podia ter vencido.”
“O ano passado entrei na final muito mais ansioso, porque
nunca tinha estado numa situação parecida – e acho que o meu jogo,
então, não saiu. Este ano, saiu como esperava. Entrei ansioso, mas isso
é inevitável, mas mantive sempre a cabeça calma, a pensar ‘shot’ a
‘shot’”
“Sou estudante universitário de engenharia mecânica, mas
não ponho de parte o profissionalismo no golfe. Tenciono terminar o meu
curso por volta dos 23, 24 anos e depois ponderar tornar-me jogador
profissional.”
Rita Costa Marques
“Foi um dia comprido, mas com um final feliz. Não estive
nada bem nos primeiros nove buracos, tive mesmo de me esforçar para não
entrar numa espiral negativa, mas consegui dar a volta e a partir daí
foi muito equilibrado. Mantive sempre uma atitude super-positiva.”
“Acho que foi a vitória mais importante de todas as que
conquistei, não só pelo nível da competição, mas também por ser um
objectivo enorme que eu tinha. Já tinha ido duas vezes à final e desta
vez consegui ganhar. Sempre foi um torneio com o qual tive uma grande
ligação.”
DECLARAÇÕES DOS VICE-CAMPEÕES
Ricardo Garcia
“Comecei muito bem, ao fim dos primeiros 18 buracos ia
ganhar por 3 up, mas sabia que nada estava ganho. O Vasco entrou bem nos
segundos 18 buracos, fez dois birdies entre os buracos 7 e 9 e empatou.
No play-off, eu podia ter ganho no 2, mas falhei um ‘putt’ pequeno e ele
aproveitou no 3 e ganhou com par.
“Claro que o objectivo era ganhar, mas acho que o segundo
lugar também não é nada mau. Há que trabalhar para conseguir melhor para
a próxima.”
Sara Gouveia
“O balanço só pode ser positivo, porque fiz sete voltas
de golfe, com resultados sempre muito próximos do Par, e o jogo foi
muito consistente. Na final joguei bem tanto de manhã como de tarde mas
não converti tantas oportunidades e a Rita foi aproveitando.”
“Foi um degrau grande que subi neste torneio, porque o
que esteve melhor nem foi o jogo, foi a cabeça, e a partir daí tudo o
resto veio de encontro ao que eu queria. Definitivamente, saio mais
motivada e confiante.”
Press-Release
Gabinete de Imprensa FPG
9 de outubro de 2019
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