Essas 67 pancadas, 5
abaixo do Par, valeram-lhe o prémio da Global Newspapers para a melhor
volta do torneio e na história de três edições da competição só Tiago
Cruz fez melhor, com um 66 (-6) na segunda jornada de 2013.
A melhor volta do
torneio valeu ao antigo campeão nacional um prémio simbólico de 50
euros, mas bem mais importante foi o prémio monetário da vitória de
1.150 euros, cabendo a Tiago Cruz 750 pelo 2º lugar.
Hugo Santos era
obrigado a ganhar para manter vivas as suas hipóteses matemáticas de
lutar pelo posto de nº1 da Ordem de Mérito da PGA de Portugal em 2014,
depois de tê-lo sido em 2011, 2012 e 2013.
«Pensei nisso esta
semana e é claro que é sempre bom ganhar, mas sei que esse é um objetivo
mais difícil de alcançar, porque o Tiago tem uma grande vantagem, mas é
claro que irei lutar até ao fim», disse Hugo Santos, que soma agora
5.194 euros, enquanto Tiago Cruz, o nº1, elevou a fasquia para 6.130.
A rivalidade tem sido
intensa este ano no PGA Portugal Tour, com Tiago Cruz a vencer o
Campeonato Nacional e o Open da Ilha Terceira, enquanto Hugo Santos
triunfou no Estoril PGA Open, na Taça PGA de Portugal Betterball (em
pares) e agora nos Açores.
No conjunto de todos
os circuitos, Hugo Santos somou o seu 5º título da época, pois já tinha
arrebatado 2 logo no início, no Algarve Winter Tour, e, mais
recentemente, há uma semana, o Europeu de profissionais de Clube, o
UniCredit PGA Championship of Europe, na Bulgária, onde se impôs pela 3ª
vez em quatro anos.
«Estou a atravessar
uma boa fase e agora vem aí uma prova muito importante para mim, a
Segunda Fase da Escola de Qualificação do European Tour, e já decidi que
vou jogar a Tarragona, um campo que conheço porque já lá joguei um
torneio de pares da PGA da Europa», disse.
Francisco Costa Matos passa a “Pro”
O 3º lugar do Açores
PGA Open foi para o amador açoriano Francisco Costa Matos, que ontem
partilhava a liderança com o campeão nacional Tiago Cruz aos 18 buracos,
com 70 (-2) e que hoje voltou a jogar bem, em 73 (+1).
O jovem micaelense
sofreu apenas 2 bogeys mas também só carimbou 1 birdie e hoje levou
muito público local atrás de si.
Francisco Costa Matos
estava, ao mesmo tempo, a fazer o exame prático de acesso à PGA de
Portugal, o “Playability Test” e passou-o com distinção, podendo
tornar-se profissional e ócio da PGA de Portugal quando desejar, estando
previsto que aconteça já em novembro.
Na cerimónia de
entrega de prémios, Diana Valadão, administradora das Ilhas de Valor/Azores
Golf Islands, agradeceu à PGA de Portugal a atribuição «de convites aos
amadores, proporcionando-lhes experiência competitiva» e José Correia,
presidente da PGA de Portugal, deu o exemplo de Francisco Costa Matos:
«No ano passado, tentaste o teste e falhaste. Ainda bem que és
persistente. Bem-vindo à PGA de Portugal».
Como Francisco Costa
Matos ainda é amador, o prémio monetário do 3º lugar, de 700 euros, foi
entregue ao 4º, Miguel Gaspar, que terminou a Par do campo e que há um
ano se estreou neste mesmo torneio como profissional.
Um
front nine que decidiu o título
Dos três títulos de
Hugo Santos no Batalha Golf Course, este foi o mais complicado, por vir
de trás: «Parti a 3 pancadas dos da frente, mas acreditei sempre que
poderia dar a volta ao resultado e ainda mais com o começo que tive, de
4 birdies nos quatro primeiros buracos».
O front nine foi,
efetivamente, decisivo, porque o irmão mais velho de Ricardo Santos fez
5 birdies nos primeiros 7 buracos, com apenas 1 bogey (no 6), saltando
para a frente da classificação.
Tiago Cruz, que
jogava no último grupo com Francisco Costa Matos e Miguel Gaspar só
tomou conhecimento de que estava a ser alvo de um ataque de Hugo Santos
ao dobrar os primeiros 9.
O campeão nacional
também arrancou bem, com birdies no 1, 3 e 4, mas deixou-se apanhar ao
sofrer bogeys no 5 e no 8.
A passagem de
testemunho na liderança deu-se com o birdie do profissional da Oceânico
Golf no 11. Os últimos sete buracos foram emocionantes, com os dois
rivais a correrem tudo a Par, mas ambos com várias hipóteses de birdie,
designadamente Tiago Cruz que assistiu impotente a 3 “gravatas” no back
nine.
O top-nine final do
3º Açores PGA Open, após 36 buracos ao Batalha Golf Course, em dois dias
de sol, calor e sem vento, ficou ordenado do seguinte modo:
1º Hugo Santos (Unique
Properties), 140 (73+67), -4, €1.150.
2º Tiago Cruz (Banco BIG), 141 (70+71), -3, €750.
3º Francisco Costa Matos (VerdeGolf Country Club), 143 (70+73), -1,
amador.
4º Miguel Gaspar (Belas Club de Campo), 144 (72+72), Par, €700.
5º André Medeiros (Azores Golf Islands), 148 (78+70), +4, €650.
6º Pedro Figueiredo (MEO), 149 (72+77), +5, €600.
7º Gonçalo Pinto (HILTI), 151 (74+77), +7, €550.
8º Nelson Cavalheiro (Oceânico Golf), 153 (77+76), +9, €475.