Um dia depois de ter
sido eliminada nas meias-finais pela Holanda por 4-3, a seleção nacional
de sub-18 terá, eventualmente, acusado alguma saturação pelo esforço
necessário para passar a primeira fase de stroke play dentro do top-4,
entre 11 países inscritos.
Recorde-se que, num
único dia (na quinta-feira), Portugal saltou da 7ª para a 4ª posição,
cometendo a proeza de obter o melhor resultado da jornada. A fatura
poderá ter sido apresentada ontem, quando ainda estava em jogo um
honroso 3º lugar, mas quando já se sabia perdida a subida à Primeira
Divisão em 2015.
«A vontade era muita
para ganhar uma medalha e sairmos com a cabeça erguida, mas pareceu-me
que os jogadores estavam cansados da parte da tarde, não tanto
fisicamente mas mais psicologicamente, e não tivemos um bom jogo à
tarde», explicou o selecionador nacional, Nuno Campino.
De manhã, Portugal
ainda conseguiu vencer um dos dois foursomes (pares, de pancadas
alternadas), o que significou que os dois países foram empatados para os
singulares da tarde.
Mas depois de
Portugal perder os três primeiros singulares, já nem foi preciso
terminar os dois que ainda estavam em campo, ficando ambos empatados.
O regulamento ditava
isso mesmo, que, em confrontos em que não estivesse em jogo a decisão do
título (como este Irlanda-Portugal), haveria empates depois de uma
equipa já ser virtual vencedora.
O andar o marcador
neste último confronto Irlanda-Portugal (5-2) foi o seguinte:
Foursomes de manhã:
Irlanda-Portugal 1-1
Kevin Le Blanc/Tommy
O’Driscoll-Vítor Lopes/Pedro Lencart, 3-2
Tomás Bessa/João
Girão-Thomas Mulligan/Owen Crooks, 2 up
Singles da tarde:
Irlanda-Portugal 4-1
Kevin Le Blanc-João
Magalhães, 2/1
Tommy O’Driscoll-Afonso
Girão, 4/3
Owen Crooks-Tomás
Bessa, 2/1
João Girão-Thomas
Mulligan, 0,5/0,5 (empate)
Vítor Lopes-Cathal
Butler, 0,5/0,5 (empate)
«Começámos a perder
em quase todos os matches e não conseguimos dar a volta», disse Nuno
Campino, que, apesar de derrotas seguidas com a Holanda e a Irlanda, viu
potencial nesta equipa muito jovem (basta dizer que Pedro Lencart é
campeão nacional de sub-14): «Acredito que se alguns destes jovens
continuarem a trabalhar, poderão ter futuro no golfe».
Mesmo assim, o
selecionador nacional assume que «falhámos um dos objetivos da
temporada» (a subida à Primeira Divisão) e aponta como principal
problema aquela primeira jornada de stroke play abaixo do nível
desejado: «Se não fosse esse dia, tudo poderia ter sido diferente, mas o
golfe é assim, todos os dias contam».
Nuno Campino
referia-se, obviamente, ao facto de Portugal, ao terminar em 4º (entre
11 países) aquela primeira fase, ficou destinado a defrontar a nação 1ª
classificada, a Holanda.
Ora na segunda fase,
de match play, veio a confirmar-se ser, efetivamente, a equipa mais
forte. Anteontem impôs-se a Portugal por 4-3 e ontem, na final, vergou a
Suíça por 4,5-2,5.