European Men’s Club Trophy

CLUBE DE GOLFE DE VILAMOURA VICE-CAMPÕES EUROPEUS

 

O Clube de Golfe de Vilamoura não conseguiu revalidar o título de campeão europeu de clubes de golfe masculinos, teve de contentar-se com um posto de vice-campeão que noutras circunstâncias teria feito a comitiva nacional regressar a Portugal de sorriso aberto mas que, neste caso, soube a pouco. 

É preciso reconhecer que a digressão à Bulgária, para o European Men’s Club Trophy, no Pravets Golf SPA & Casino Resort (onde Hugo Santos se sagrou tricampeão europeu de profissionais de clube na semana anterior), pareceu amaldiçoada desde o início. 

   

Tudo começou ainda em Portugal, com uma greve da companhia aérea Lufthansa que atrasou em um dia a partida da equipa algarvia. 

Depois, apesar de menos um dia de treino, a formação dos jogadores João Carlota, Vítor Lopes e Nathan Brader, capitaneada por Romeu Gonçalves, treinada por Joaquim Sequeira e liderada pelo administrador da Oceânico Golf Christopher Stillwell, ainda conseguiu colocar-se na frente da primeira volta, quando todos esses resultados foram anulados devido a chuva intensa. 

No dia seguinte, ontem, os 23 clubes em competição lá conseguiram finalmente completar 18 buracos e Vilamoura voltou a mostrar ser mais forte, partilhando a liderança com o conjunto italiano de Parco di Roma, ao mesmo tempo que, na classificação individual, Vítor Lopes dividia o comando com o italiano Enrico Di Nitto. 

Hoje havia otimismo mas um nevão cobriu completamente o campo, levando a Federação Búlgara de Golfe e a Associação Europeia de Golfe (EGA) a cancelar também a última volta. Há golfe sobre gelo mas não sobre neve fofa! 

Assim sendo, foram declarados apenas como válidos os 18 buracos da segunda jornada e como havia empates em ambas as classificações, foi necessário recorrer ao sistema de desempate previsto no regulamento. 

No torneio por clubes, o mais importante, só contavam os dois melhores resultados mas o critério de desempate já implicava entrar na contabilidade o pior cartão da equipa. 

Ora tanto o clube romano como o algarvio tinham jogadores colocados em 1º (Vítor Lopes e Enrico di Nitto com 68 pancadas, 4 abaixo do Par) e em 3º (João Carlota e Renato Paratore, com 70, -2). A balança pendeu para os italianos pelo resultado do italiano Michele Cea que lhe deu o 9º lugar empatado, enquanto o britânico Nathan Brader, campeão nacional de Portugal no escalão de sub-18, jogou bem mas não conseguiu melhor do que o 23º posto empatado, com 75 (+3). 

Na classificação individual, também Vítor Lopes foi relegado para 2º pelo sistema de desempate. Mas não foi fácil. Primeiro recorreu-se ao melhor resultado nos últimos 9 buracos e ambos estavam ainda empatados, com 33 pancadas. Foi-se então ao segundo critério que eram os melhores últimos 6 buracos aí superiorizou-se Enrico di Nitto, com 20 pancadas (3 birdies), face às 22 de Vítor Lopes (2 birdies e 1 bogey). 

Em declarações ao jornalista Rodrigo Cordoeiro do site Golf Tattoo, Romeu Gonçalves, o capitão de equipa, que no último Campeonato Nacional de Clubes foi também jogador suplente, disse: «Este cancelamento deixa-nos a todos com um sentimento de impotência». 

No campo, no somatório do que se jogou em um dia e meio de prova, Vilamoura mostrou ser a melhor equipa, mas no ano passado, no Clube de Campo da Aroeira, na Fonte da Telha, o regulamento também ditou a vitória de Vilamoura num torneio reduzido de três para dois dias, de 54 para 36 buracos. Neste caso, foi apenas um dia. A título de curiosidade, refira-se que, ao contrário do que sucedeu neste caso com a EGA, o European Tour recusa-se a homologar as competições de profissionais que não tenham, pelo menos, completado um mínimo de 36 buracos.

Gab. Imprensa F.P.G.
27 de Outubro de  2014

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Revised: 31-10-2014 .