Unicredit PGA Professional Championship of Europe

HUGO SANTOS TRICAMPEÃO, ARTUR FREITAS 35º

Hugo Santos cumpriu hoje um feito inédito para o golfe nacional, ao vencer pela terceira vez em quatro anos o Unicredit PGA Professional Championship of Europe, na Bulgária. 

As suas 71 pancadas de hoje (-1) não foram o melhor resultado da última volta e houve 7 cartões à sua frente, mas foram o suficiente para vencer com um agregado de 278 (-10) e garantir o prémio de 10 mil euros, batendo por 1 o holandês Ralph Miller. 

O português de 34 anos tinha ganho em 2012 e 2013, já neste mesmo campo do Pravets Golf SPA & Casino Resort, que, entretanto, garantiu a permanência do torneio nos dois próximos anos. 

 

«Isto é ótimo. É difícil explicar em palavras o que sinto. Vencer este torneio pela terceira vez é especial e vai dar-me uma enorme confiança para os próximos torneios», disse o mais velho dos irmãos Santos, referindo-se ao Açores PGA Open, que se disputa já na próxima semana, em São Miguel. 

Apesar de estar a viver mais uma boa época a nível nacional, com um título averbado no Estoril PGA Open e dois torneios ganhos no Algarve Winter Tour, logo no início do ano, Hugo Santos tem sempre ambições maiores a nível internacional em três patamares distintos: jogar bem nos torneios portugueses do European Tour, passar a Escola de Qualificação e vencer este Campeonato da Europa de profissionais de clubes. 

No Madeira Islands Open BPI esteve em bom nível, pois passou o cut e foi 39º empatado, mas no Portugal Masters foi eliminado aos 36 buracos. Na Escola de Qualificação do European Tour voltou a estar em muito bom nível, passando à Segunda Fase com um 9º lugar empatado em Ribagolfe. Hoje transformou uma boa época numa excelente temporada com este “tri” no Europeu da PGA da Europa. 

Em 2011 ganhou num play-off, em 2012 recuperou de um atraso de 2 pancadas na última volta e hoje também anulou o défice de 1 shot. Para mais, nesta edição de 2014 que o português e o press officer da PGA da Europa consideraram a mais competitiva de todas. Aliás, basta dizer que ao longo do dia houve 5 líderes diferentes. 

Hugo Santos começou por beneficiar da derrocada do 1º aos 54 buracos, o suíço Eric Roberts, vice-campeão do ano passado, que se enterrou com um front nine para esquecer, com 6 pancadas perdidas nos primeiros 7 buracos! 

Mas o nº1 da Ordem de Mérito da PGA de Portugal entre 2011 e 2013 também complicou a sua tarefa quando voltou a sofrer 1 bogey no buraco 3, o seu pior da semana, cedendo ali 4 shots nos últimos três dias. 

O profissional da Oceânico Golf ainda fez 1 birdie para compensar no 5, mas perdeu o comando quando novo bogey veio no 6 e nem o birdie no 7 o ajudou. O buraco 7 foi o seu ganha-pão da semana, com 1 eagle e 3 birdies. 

O holandês, Ralph Miller, que tinha coliderado o torneio com Hugo Santos aos 18 buracos, estava a vir de trás e a tornar-se perigoso, com 11 buracos seguidos a Par, mas o bogey no 12 atrasou-o e os birdies no 16 e 18 já vieram tarde. 

Quanto ao inglês Russ Berry, estava a contar com o back nine do campo, que costuma dar muitos birdies, para atacar, mas o vento começou a soprar mais forte e bogeys no 10 e 17 também o arrumaram, de nada lhe valendo birdies no 11 e no 14. 

Hugo Santos, que tinha feito 9 birdies no back nine nas três primeiras voltas, percebeu que teria de ser extremamente consistente hoje e apesar de reconhecer a ansiedade soube dominá-la: «No 17 estava bem nervoso e a minha saída não foi a melhor mas consegui o Par com alguma sorte. No 18 concentrei-me apenas na pancada de saída e depois fiz o mesmo para o segundo shot». 

O algarvio logrou não perder nenhuma pancada nos últimos 9 buracos e a confiança de ter feito dois birdies nas duas primeiras voltas no 14 levou-o a conseguir um terceiro. Esse foi o birdie que o lançou para o comando isolado da prova que não mais perdeu, acabando por superar Ralph Miller em 1 pancada. 

Nas estatísticas finais deste Europeu, Hugo Santos foi o 2º com mais birdies (17); foi um dos 9 únicos jogadores a arrancar 1 eagle; foi o 1º em melhor média de pancadas por volta (69,5); foi o 1º no back nine, com 34 pancadas de média; foi o 4º no front nine, com 35,5 pancadas de média por volta; e foi o 2º nos buracos de Par-5 (-9). Estatísticas realmente muito fortes, sobretudo esta última, o modo como atacou os buracos de Par-5. 

O outro português em prova, Artur Freitas, treinador no Clube de Golfe da Ilha Terceira, que se estreou no torneio, caiu todos os dias na classificação: 11º, 23º, 33º e 35º, mas recolheu uma enorme experiência, que lhe será valiosa quando regressar. 

Hoje, o açoriano fez 2 birdies, mas sofreu 2 duplos-bogey e 4 bogeys, para uma volta de 78. Na memória, deverá guardar aquele primeiro grande dia de 71 (-1) em que arrancou 5 birdies, justificando a convocação da PGA de Portugal. 

O Europeu de profissionais de clube contou com 46 participantes de 24 países e foi organizado pela PGA da Europa, da qual a PGA de Portugal é membro ativo e Manuel Agrellos já foi presidente. 

Os principais resultados aos 72 buracos foram os seguintes: 

1º Hugo Santos (Portugal), 278 (66+72+69+71), -10, €10.000.
2º Ralph Miller (Holanda), 279 (66+70+72+71), -9, €6.800.
3º Russe Berry (Inglaterra), 280 (71+68+69+72), -8, €3.900.
35º Artur Freitas (Portugal), 305 (71+75+81+78), +17, €485.

Press-Release
Gab. Imprensa F.P.G..
20 de Outubro 2014

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Revised: 22-10-2014 .