Ao cabo de dois dias de prova, sem chuva,
com algum frio e vento, e o campo em boas condições, Tiago Cruz foi o
que melhor se adaptou aos greens rápidos, batendo por 2 pancadas o seu
companheiro do Team Portugal, João Carlota.
Tiago Cruz, de 32 anos, totalizou 138
pancadas, 6 abaixo do Par, assinando cartões de 68 e 70, enquanto João
Carlota, de 26 anos, somou 140 (-4), com voltas de 71 e 69. O final de
volta foi emocionante com os dois jogadores empatados a fazerem bogey no
buraco 17 e tudo a decidir-se devido ao duplo-bogey de Carlota no 18.
Foram os únicos jogadores a baterem o
Par-72 do campo em cada um dos dois dias e também os únicos a fecharem a
prova abaixo do Par.
Hugo Santos, o 3º classificado, que foi o
melhor neste torneio em 2001, quando ainda era amador, arrebatou o 3º
lugar graças a uma última volta de 71 (-1), mas no agregado apresentou
145 (+1).
Foi o sétimo título de 2015 de Tiago Cruz,
que terminou, naturalmente, a temporada como o nº1 da Ordem de Mérito da
PGA de Portugal pelo segundo ano seguido.
No PGA Portugal Tour venceu também pelo
segundo ano consecutivo o Campeonato Nacional Solverde, foi bem sucedido
no Open Pro-Am da Ilha Terceira e neste PGA Portugal Masters Final.
No Algarve Pro Golf Tour triunfou em três
torneios: um no 2º Morgado Classic (em 2015, mas ainda referente à época
transata) e nas duas últimas semanas no 1º Espiche Classic e no 2º
Palmares Classic.
E o profissional do BiG ainda foi o
esmagador campeão da 1ª Taça Ibérica, sancionada pelas PGA’s de Portugal
e Espanha.
Tiago Cruz e João Carlota têm desenvolvido
uma interessante rivalidade nos últimos três meses.
Carlota ganhou dois torneios este ano no
PGA Portugal Tour, o último dos quais há um mês no Açores PGA Open.
E no Algarve Pro Golf Tour, embora ainda
não tenha ganho nenhum torneio, leva três top-10 seguidos.
Recorde-se ainda que, no Campeonato
Nacional Solverde, Carlota terminou em 2º, empatado com Ricardo Melo
Gouveia.
O regresso do PGA Portugal Masters implica
que seja este torneio a fechar de novo a época de eventos da categoria “Open”,
sendo o último a contar para a Ordem de Mérito da PGA de Portugal.
Amanhã (Sábado), a partir das 09h00, irá
disputar-se o Guardian Bom Sucesso Pro-Am, com saídas em shot-gun.
No entanto, o calendário competitivo da
PGA de Portugal de 2015 ainda não terminou.
Há ainda dois eventos importantes, embora
não atribuam pontos para a Ordem de Mérito: a Final do PGA Portugal
Pro-Am Series, também no Guardian Bom Sucesso Golf, a 28 de novembro; e
a Taça Manuel Agrellos, a “Ryder Cup à portuguesa”, entre as seleções
nacionais de amadores e profissionais, no Montado Hotel & Golf Resort, a
17 e 18 de dezembro.
Declarações de Tiago Cruz
«Estou muito satisfeito, tenho vindo a
jogar muito bem neste último mês, tenho ganho vários torneios, acho que
este torneio deu-me uma vitória merecida, porque joguei bem e mostra que
tenho vindo a fazer um bom trabalho com o meu treinador Luís Barroso.
«Hoje os primeiros nove buracos não me
correram tão bem, o João Carlota, pelo contrário, esteve sempre muito
bem, a completá-los com -4 em cada um dos dois dias, mas eu não me
irritei, não me mostrei preocupado, continuei a jogar e dei a volta por
cima.
«Há muitos buracos para se fazer birdie,
mas é preciso paciência. Mais tarde ou mais cedo irão aparecer e foi
isso que fiz.
«No 17, quando estávamos empatados, dei um
mau shot e fui para fora, e sim, poderia ter perdido ali o título, mas o
João também deu um mau shot. A minha bola estava fora, a dele estava
dentro… pensei que poderia sair daquele buraco a perder por 1 pancada e
perder o campeonato, mas ele dropou e não teve um bom segundo shot.
Senti que tinha de arriscar, joguei uma madeira-3 para o green que
saiu-me bem e com isso consegui empatar o buraco com ele.
«Continuámos empatados e depois no 18 ele
teve uma má saída para dentro da regueira que o prejudicou e eu fui mais
feliz nesse buraco.
«Só tinha jogado um ano o Masters da PGA
de Portugal e, nesse sentido, quero dar os parabéns ao José Correia pelo
trabalho que tem feito porque, para nós, profissionais, é
importantíssimo podermos jogar várias competições. Estamos contentes que
ele seja o nosso presidente.
«Foi uma época bastante positiva no PGA
Portugal Tour, fui muito regular, ganhei 3 torneios, tive alguns 2º e 3º
lugares e por isso venci a Ordem de Mérito que era um dos objetivos que
tinha para este ano.
«Este foi o melhor ano que tive desde que
me tornei profissional. Em termos de vitórias, 7, não me lembro de outro
igual. Também fiz bons resultados, mas foi pena não ter chegado à fase
Final da Escola de Qualificação do European Tour, porque era um grande
objetivo meu, mas não se pode ter tudo e nem posso dizer que tenha sido
por 1 pancada pois ainda fui a play-off na Segunda Fase da Escola».
Declarações de João Carlota
«Senti-me a jogar bem nos dois dias, tive
bons buracos, bons resultados, mas fui traído mesmo no final da prova.
«Hoje e ontem tive um bom front nine (-8
nos dois dias) e senti-me bem. Já nos segundos nove, ontem perdi um
bocadinho de ritmo.
«Hoje continuei a dar boas pancadas,
sempre a acreditar que poderia ganhar, nunca estive à frente isolado,
mas estive muito tempo empatado com o Tiago na frente, só que no 17 não
soube aproveitar o mau shot de saída do Tiago. Mesmo assim acho que
tomei a melhor decisão de dropar a bola porque não tinha movimento para
trás. No final até foi um bom bogey no 17.
«Pena foi o duplo-bogey no último, mas o
golfe é assim mesmo. Dei um mau shot que me penalizou muito. A bola
ficou “ovo estrelado”, dentro de água mas ainda na relva e como o
terreno estava mole pensei que poderia tirá-la dali e tentei jogar como
se fosse um shot do bunker, mas a bola não saiu como eu pensava.
«Há muita gente que não gosta desta saída
do 18 porque julgam difícil, mas para mim, que bato comprido, tiro de
jogo bem as árvores do lado esquerdo e a regueira. Com um drive normal
passo a regueira, mesmo com vento contra. Mas hoje bati na bola com a
ponta do taco, no dente, como costumo dizer e a bola levantou muito e
ficou curta.
«Sim, estamos com uma rivalidade saudável.
O Tiago é um bom jogador, é sempre bom jogar contra ele e ele contra
mim. É emocionante e espero que ambos possamos ter uma boa próxima época
no Challenge Tour e que consigamos o cartão para no ano a seguir
podermos jogar a época inteira no Challenge Tour, ou então, quem sabe,
no European Tour. Acho que estamos os dois no bom caminho para que esses
objetivos se concretizem».
Classificações, resultados e prémios
Os principais resultados, classificações e
prémios monetários do PGA Portugal Masters Final, após 36 buracos ao
Guardian Bom Sucesso Golf, foram os seguintes:
1º Tiago Cruz (BiG), 138 (66+70), -6,
€1000,00.
2º João Carlota (Portugal Golf Team), 140 (71+69), -4, €800,00.
3º Hugo Santos (Algarve Unique Properties), 145 (74+71), +1,
€700,00.
4º João Ramos (Wilson Staff), 147 (73+74), +3, €600,00.
5º António Sobrinho (Nike Golf), 148 (76+72), +4, €525,00.
5º Tomas Silva (Club de Golf do Estoril), 148 (74+74), +4, Amador.
Press-Release
PGA Portugal
27 de Novembro 2015
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