85º Campeonato Internacional Amador de Portugal Feminino

CINCO PORTUGUESAS DESAFIAM CAMPEÃ DA EUROPA E SETE DO TOP-100 MUNDIAL

 

Susana Ribeiro, Leonor Bessa, Inês Barbosa, Joana Silveira e Beatriz Themudo são as cinco portuguesas que vão competir a partir de amanhã (quarta-feira) na 85ª edição do Campeonato Internacional Amador de Portugal Feminino.  

O mais importante torneio de golfe feminino português para amadoras de alta competição vai contar com a presença da campeã da Europa, a espanhola Luna Sobrón, e prolonga-se até sábado, no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela. 

 

   

Susana Ribeiro é a bicampeã nacional amadora, nº1 do Ranking Nacional BPI/FPG, e há duas semanas venceu o 1º Torneio do Circuito Liberty Seguros/FPG; Leonor Bessa é a bicampeã nacional de sub-16, no ano passado foi a melhor portuguesa de sempre no Açores Ladies Open (torneio profissional do Ladies European Tour Access Series) e a melhor portuguesa neste Campeonato Internacional Amador de Portugal (mesmo sem passar o cut); Joana Silveira é a campeã nacional de sub-14 e titular da Taça da Federação Portuguesa de Golfe/BPI; Inês Barbosa foi campeã nacional de sub-14 em 2013 e vice-campeã nacional de sub-16 em 2014; e Beatriz Themudo é a campeã nacional de sub-18. 

O torneio disputa-se em 72 buracos e aos 54 há um cut para as 40 primeiras e empatadas. A Taça das Nações só tem 54 e contabiliza os dois melhores resultados de cada dia, de cada país, sendo que uma equipa só pode apresentar o máximo de três jogadoras.

Luna Sobrón prepara estreia no British Open feminino 

O ‘Portuguese International Ladies Amateur Championship’ integra o calendário oficial da EGA (Associação Europeia de Golfe), atribui pontos para o ranking mundial amador de golfe e atrai uma lista de participantes rica em qualidade e quantidade. 

Um total de 90 inscritas (com 4 suplentes à espera) irá competir durante quatro voltas de 18 buracos, sendo de salientar a presença de sete jogadoras classificadas entre as 100 primeiras do ranking mundial: As espanholas Luna Sobrón (24ª esta semana), Núria Iturros (45ª) e Alejandra Pasarín (82ª), a italiana Virginia Carta (31ª), as inglesas India Clyburn (78ª) e Inci Mehmet (92ª), e a suíça Albane Valenzuela (71ª). 

A grande vedeta do torneio é, indiscutivelmente, Luna Sobrón, que, quando se inscreveu ainda fazia parte do top-20 mundial.  

Em 2014 conquistou o Campeonato da Europa Individual Amador Feminino, o Campeonato da Comunidade Valenciana e o Campeonato Universitário de Espanha, chegando ainda às meias-finais do Campeonato Internacional Amador da Austrália, onde perdeu com a australiana Minjee Lee, que já é uma estrela até no circuito profissional.  

Também no ano passado, foi 6ª no Campeonato Internacional Amador de Espanha (onde defendia o título), 5ª no Campeonato Internacional Amador de Portugal no Montado (+1), passou o cut no Tenerife Open de Espanha, um torneio do Ladies European Tour, a primeira divisão do golfe profissional europeu, e ainda alcançou um excelente 3º posto no Onsjo Ladies Open da Suécia, do LET Access Series, a segunda divisão profissional europeia. 

Como prémio pelo título europeu, Luna Sobrón irá disputar o British Open feminino deste ano (um dos torneios do Grand Slam de golfe) e já está extremamente motivada: «Quero testar-me junto das melhores para saber a que nível me encontro. Também sei que irei receber convites para jogar o Open de Espanha e o torneio de Marrocos do Ladies European Tour». 

Outra jogadora a ter em conta é Sílvia Bañon Ibañez (102ª no ranking mundial), que regressa para defender o título, conquistado há um ano no mesmo campo, com 285 pancadas, 3 abaixo do Par, batendo por 1 único ‘shot’ a inglesa Gabriella Cowley. A espanhola assinou voltas de 69, 69, 72 e 75. 

Declarações das jogadoras portuguesas 

Susana Ribeiro: «Terminei mal 2014 e comecei mal este ano de 2015, em termos de saúde, porque estive doente no Natal e tive uma recaída forte no início do ano, durante o estágio (da seleção nacional), o que não me permitiu estar em melhor forma. Neste momento ainda estou a recuperar energias e a trabalhar em alguns pontos mais técnicos para que consiga chegar ao Internacional de Portugal em boa forma. A minha confiança ainda não está a 100% mas até lá acredito que vou conseguir trabalhar estes aspetos e estar em boa forma». 

Leonor Bessa: «O último estágio no Montado foi uma boa preparação para o torneio, jogámos duas vezes no campo, vimos alguma estratégia e aspetos técnicos a melhorar. Neste momento estou muito dedicada à parte física e também à parte técnica. Organizei a minha vida escolar e vou diminuir as expectativas na escola, não deixando de ter boas notas claro, mas não exigir tanto de mim para conseguir dedicar-me um pouco mais ao golfe porque sei que estes três próximos anos serão decisivos na minha vida. Estou a trabalhar com método, regularmente e farei tudo o que estiver ao meu alcance para brilhar neste torneio, porque tem, sem dúvida, uma importância especial para mim. Gosto do campo, acho-o desafiador e gosto do espírito que se cria naquele torneio. Como é óbvio, é o Internacional feminino do nosso país, o que dá uma vontade especial de estar no topo da tabela, podendo representar o melhor possível o nosso país, de que que tanto me orgulho. Estou muito determinada e gostaria de alcançar o melhor resultado de sempre de uma portuguesa no torneio. A equipa feminina portuguesa está cada vez melhor. Também fico muito contente por este ano se ter optado por levar quatro jogadoras pela seleção e não apenas três. Acho que vai correr bem, fruto do trabalho de toda a equipa técnica que cada vez fica mais completa o que é ótimo para que as jogadoras sintam que estão a ser apoiadas». 

Inês Barbosa: «O estágio foi importante porque permitiu-me pensar na forma como deverei abordar os buracos e pelo facto de também ter tido a oportunidade de aferir o meu jogo. Após o estágio, sinto-me bem em termos técnicos e físicos e com mais confiança. Relativamente ao torneio, penso que apesar de já não ser a primeira vez que vou participar, este ano vai ser especial porque fui convocada para jogá-lo em representação da seleção nacional. Este tipo de torneios é sempre enriquecedor, porque nos permite jogar entre as melhores jogadoras europeias e adquirir experiência internacional». 

Joana Silveira: «O estágio correu bem e ajudou-me a perceber como é que eu estou em termos técnicos e físicos. Tenho estado a trabalhar o swing e o putt, de acordo com as indicações dadas pelo Tiago Osório (do Centro Nacional de Formação de Golfe do Jamor). Neste torneio, o mais importante para mim vai ser ganhar experiência, visto que o nível de competição é elevado, e, claro, espero dar o meu melhor». 

Beatriz Themudo: «Não tenho sido convocada para os estágios da FPG, mas, quanto ao Internacional, tenho estado a treinar a tempo inteiro, pois este ano não estou a estudar, e estou confiante que vou conseguir um bom resultado, que seria passar o cut». 

Informações adicionais 

1 – Ribeiro, Bessa e Barbosa estiveram no último Campeonato do Mundo Amador (Espírito Santo Trophy), no Japão. 

2 – Themudo foi a única a inscrever-se individualmente neste Internacional de Portugal. As restantes quatro foram convocadas no âmbito dos trabalhos da seleção nacional. 

3 – No historial do Campeonato Internacional Amador Feminino de Portugal, os melhores resultados de golfistas portuguesas foram o 2º lugar de Carolina Catanho em 2005 e Teresa Matta em 1977, 1978, 1979 e 1982, mas nessa altura o torneio ainda continha uma fase final em match play (eliminação direta), passando em 2008 a um novo formato de quatro voltas de stroke play. 

4 – O selecionador nacional da FPG, Nuno Campino, esteve doente durante o estágio que decorreu há três semanas, mas o treinador Tiago Osório, que dirigiu os trabalhos, considerou que «as jogadoras treinaram bem, estudaram o campo e estão motivadas para fazerem bons resultados».

Gab. Imprensa F.P.G.
27 de janeiro 2015

Voltar

 

 

Revised: 29-01-2015 .