Susana Ribeiro é a bicampeã nacional
amadora, nº1 do Ranking Nacional BPI/FPG, e há duas semanas venceu o 1º
Torneio do Circuito Liberty Seguros/FPG; Leonor Bessa é a bicampeã
nacional de sub-16, no ano passado foi a melhor portuguesa de sempre no
Açores Ladies Open (torneio profissional do Ladies European Tour Access
Series) e a melhor portuguesa neste Campeonato Internacional Amador de
Portugal (mesmo sem passar o cut); Joana Silveira é a campeã nacional de
sub-14 e titular da Taça da Federação Portuguesa de Golfe/BPI; Inês
Barbosa foi campeã nacional de sub-14 em 2013 e vice-campeã nacional de
sub-16 em 2014; e Beatriz Themudo é a campeã nacional de sub-18.
O torneio disputa-se em 72 buracos e aos
54 há um cut para as 40 primeiras e empatadas. A Taça das Nações só tem
54 e contabiliza os dois melhores resultados de cada dia, de cada país,
sendo que uma equipa só pode apresentar o máximo de três jogadoras.
Luna Sobrón prepara estreia no
British Open feminino
O ‘Portuguese International Ladies Amateur
Championship’ integra o calendário oficial da EGA (Associação Europeia
de Golfe), atribui pontos para o ranking mundial amador de golfe e atrai
uma lista de participantes rica em qualidade e quantidade.
Um total de 90 inscritas (com 4 suplentes
à espera) irá competir durante quatro voltas de 18 buracos, sendo de
salientar a presença de sete jogadoras classificadas entre as 100
primeiras do ranking mundial: As espanholas Luna Sobrón (24ª esta
semana), Núria Iturros (45ª) e Alejandra Pasarín (82ª), a italiana
Virginia Carta (31ª), as inglesas India Clyburn (78ª) e Inci Mehmet
(92ª), e a suíça Albane Valenzuela (71ª).
A grande vedeta do torneio é,
indiscutivelmente, Luna Sobrón, que, quando se inscreveu ainda fazia
parte do top-20 mundial.
Em 2014 conquistou o Campeonato da Europa
Individual Amador Feminino, o Campeonato da Comunidade Valenciana e o
Campeonato Universitário de Espanha, chegando ainda às meias-finais do
Campeonato Internacional Amador da Austrália, onde perdeu com a
australiana Minjee Lee, que já é uma estrela até no circuito
profissional.
Também no ano passado, foi 6ª no
Campeonato Internacional Amador de Espanha (onde defendia o título), 5ª
no Campeonato Internacional Amador de Portugal no Montado (+1), passou o
cut no Tenerife Open de Espanha, um torneio do Ladies European Tour, a
primeira divisão do golfe profissional europeu, e ainda alcançou um
excelente 3º posto no Onsjo Ladies Open da Suécia, do LET Access Series,
a segunda divisão profissional europeia.
Como prémio pelo título europeu, Luna
Sobrón irá disputar o British Open feminino deste ano (um dos torneios
do Grand Slam de golfe) e já está extremamente motivada: «Quero
testar-me junto das melhores para saber a que nível me encontro. Também
sei que irei receber convites para jogar o Open de Espanha e o torneio
de Marrocos do Ladies European Tour».
Outra jogadora a ter em conta é Sílvia
Bañon Ibañez (102ª no ranking mundial), que regressa para defender o
título, conquistado há um ano no mesmo campo, com 285 pancadas, 3 abaixo
do Par, batendo por 1 único ‘shot’ a inglesa Gabriella Cowley. A
espanhola assinou voltas de 69, 69, 72 e 75.
Declarações das jogadoras
portuguesas
Susana Ribeiro: «Terminei mal 2014 e
comecei mal este ano de 2015, em termos de saúde, porque estive doente
no Natal e tive uma recaída forte no início do ano, durante o estágio
(da seleção nacional), o que não me permitiu estar em melhor forma.
Neste momento ainda estou a recuperar energias e a trabalhar em alguns
pontos mais técnicos para que consiga chegar ao Internacional de
Portugal em boa forma. A minha confiança ainda não está a 100% mas até
lá acredito que vou conseguir trabalhar estes aspetos e estar em boa
forma».
Leonor Bessa: «O último estágio no Montado
foi uma boa preparação para o torneio, jogámos duas vezes no campo,
vimos alguma estratégia e aspetos técnicos a melhorar. Neste momento
estou muito dedicada à parte física e também à parte técnica. Organizei
a minha vida escolar e vou diminuir as expectativas na escola, não
deixando de ter boas notas claro, mas não exigir tanto de mim para
conseguir dedicar-me um pouco mais ao golfe porque sei que estes três
próximos anos serão decisivos na minha vida. Estou a trabalhar com
método, regularmente e farei tudo o que estiver ao meu alcance para
brilhar neste torneio, porque tem, sem dúvida, uma importância especial
para mim. Gosto do campo, acho-o desafiador e gosto do espírito que se
cria naquele torneio. Como é óbvio, é o Internacional feminino do nosso
país, o que dá uma vontade especial de estar no topo da tabela, podendo
representar o melhor possível o nosso país, de que que tanto me orgulho.
Estou muito determinada e gostaria de alcançar o melhor resultado de
sempre de uma portuguesa no torneio. A equipa feminina portuguesa está
cada vez melhor. Também fico muito contente por este ano se ter optado
por levar quatro jogadoras pela seleção e não apenas três. Acho que vai
correr bem, fruto do trabalho de toda a equipa técnica que cada vez fica
mais completa o que é ótimo para que as jogadoras sintam que estão a ser
apoiadas».
Inês Barbosa: «O estágio foi importante
porque permitiu-me pensar na forma como deverei abordar os buracos e
pelo facto de também ter tido a oportunidade de aferir o meu jogo. Após
o estágio, sinto-me bem em termos técnicos e físicos e com mais
confiança. Relativamente ao torneio, penso que apesar de já não ser a
primeira vez que vou participar, este ano vai ser especial porque fui
convocada para jogá-lo em representação da seleção nacional. Este tipo
de torneios é sempre enriquecedor, porque nos permite jogar entre as
melhores jogadoras europeias e adquirir experiência internacional».
Joana Silveira: «O estágio correu bem e
ajudou-me a perceber como é que eu estou em termos técnicos e físicos.
Tenho estado a trabalhar o swing e o putt, de acordo com as indicações
dadas pelo Tiago Osório (do Centro Nacional de Formação de Golfe do
Jamor). Neste torneio, o mais importante para mim vai ser ganhar
experiência, visto que o nível de competição é elevado, e, claro, espero
dar o meu melhor».
Beatriz Themudo: «Não tenho sido convocada
para os estágios da FPG, mas, quanto ao Internacional, tenho estado a
treinar a tempo inteiro, pois este ano não estou a estudar, e estou
confiante que vou conseguir um bom resultado, que seria passar o cut».
Informações adicionais
1 – Ribeiro, Bessa e Barbosa estiveram no
último Campeonato do Mundo Amador (Espírito Santo Trophy), no Japão.
2 – Themudo foi a única a inscrever-se
individualmente neste Internacional de Portugal. As restantes quatro
foram convocadas no âmbito dos trabalhos da seleção nacional.
3 – No historial do Campeonato
Internacional Amador Feminino de Portugal, os melhores resultados de
golfistas portuguesas foram o 2º lugar de Carolina Catanho em 2005 e
Teresa Matta em 1977, 1978, 1979 e 1982, mas nessa altura o torneio
ainda continha uma fase final em match play (eliminação direta),
passando em 2008 a um novo formato de quatro voltas de stroke play.
4 – O selecionador nacional da FPG, Nuno
Campino, esteve doente durante o estágio que decorreu há três semanas,
mas o treinador Tiago Osório, que dirigiu os trabalhos, considerou que
«as jogadoras treinaram bem, estudaram o campo e estão motivadas para
fazerem bons resultados».
Gab. Imprensa F.P.G.
27 de janeiro 2015