Dois meses depois, no campo nº1 de Ribagolfe, que a Orizonte Golf possui no concelho de Benavente, os mesmos protagonistas venceram, com Susana Ribeiro (com 5 pancadas acima do Par) a vergar a mesma Leonor Bessa mas apenas por 1 pancada, enquanto, desta feita, foi Vítor Lopes (com 5 abaixo) a deixar o principal rival, João Ramos, a convincentes 7 pancadas.

Susana Ribeiro revalida título em Ribagolfe

O Circuito Liberty Seguros não passava pelos campos da Herdade da Vargem Fresca desde novembro de 2013. Nesse ano, concluiu-se ali o circuito, também no percurso nº1, com o 6º e último torneio, pelo que, embora um ano e meio depois, poderemos dizer que Susana Ribeiro revalidou o título.

A bicampeã nacional amadora agregou nessa altura 13 pancadas acima do Par, levando a melhor sobre Lara Vieira (+17) e Leonor Bessa (+18).

Agora, a jogadora do Club de Golf de Miramar melhorou substancialmente o resultado, sendo bem sucedida com 5 acima do Par, depois de voltas de 73 e 76.

Foi uma vitória arrancada a ferros pois Leonor Bessa (com duas voltas de 75), também de Miramar, ficou somente a 1 pancada, embora hoje nunca tenha conseguido colocar-se na frente.

Miramar, que é o clube campeão nacional de equipas femininas, apresenta em 2015 uma formação ainda mais forte e não admira que os dois lugares seguintes tenham sido de jogadoras da coletividade do concelho de Gaia: Joana Silveira 4ª (+13) e Inês Barbosa 5ª (+14).

A primeira jogadora oriunda de outro clube foi a ex-campeã nacional, Rita Félix, do Estela Golf, que, com o seu 5º posto (+18), regressou a estas competições após uma ausência de quatro meses, desde o seu 2º lugar em Troia, em outubro. Rita Félix fora campeã desta prova em 2012, batendo Leonor Bessa no play-off.

O mais curioso no triunfo de hoje de Susana Ribeiro é que a jogadora de 24 anos ainda se sente longe do seu topo de forma, num início de época fustigado por gripes. No primeiro dia, ontem, revelou-se consistente, com 2 bogeys e 1 birdie, mas hoje foi uma montanha-russa. O front nine foi terrível, apesar de começar com birdie no 2, mas depois viveu um pesadelo com 3 bogeys e 1 duplo-bogey em 7 buracos. O birdie no 10 acalmou-a e só perdeu mais 1 pancada no 13.

Note-se que nos 5 últimos buracos, Susana e Leonor, no mesmo grupo, jogaram sempre a Par. Foi um “mano-a-mano” aliciante, com qualquer uma a saber que um deslize poderia ser-lhe fatal.

No início desta semana, na segunda e terça-feira, Susana Ribeiro competiu no Clube EDP PGA Open, a etapa inaugural do PGA Portugal Tour, no Aroeira-II, e não gostou nada da sua prestação. Em poucos dias, melhorou sensivelmente.

«Desde terça-feira que tenho trabalhado muito o meu swing porque estava a bater muito mal do tee ao green. Nos poucos dias que me restaram até ao Liberty consegui criar alguma consistência de jogo», explicou a agora bicampeã do torneio.

Dominar o Circuito Liberty Seguros, mesmo sem estar no seu melhor, é sempre bom sinal e coloca-a em boa posição de poder voltar a encerrar a época como nº1 do Ranking Nacional BPI: «Claro que fiquei contente por ganhar mais um torneio este ano, embora não esteja na minha melhor forma, mas uma vitória é sempre boa para levantar a autoestima e dar garra para trabalhar ainda mais».

Vítor Lopes e o hábito de bater o Par do campo

Mas se Susana Ribeiro persegue um 5º ano consecutivo como a nº1 do Ranking Nacional Amador BPI, Vítor Lopes ainda procura o seu primeiro, depois de no ano passado ter andado nessa luta mas ter terminado em 3º, atrás de João Carlota e Tomás Silva.

Agora, volvidos dois meses e meio da nova temporada o panorama é completamente diferente e o algarvio de 18 anos é o líder do golfe amador luso, com dois títulos e um 9º lugar no Internacional de Espanha, empatado, entre outros, com Tomás Silva.

«Espero que sim (ser o nº1 em 2015). Consegui uma boa prestação em Espanha, isso também vai ajudar a ter uma grande vantagem sobre os outros jogadores», comentou o jogador do Clube de Golfe de Vilamoura, que resolveu praticamente o assunto em Ribagolfe com uma primeira volta em 67 pancadas (-5), ficando João Ramos e Pedro Lencart a 7.

Já no Penina, em janeiro, conseguira uma volta em -5 (68), mas no segundo dia, para arrumar a questão. Aqui, ao disparar logo -5 (só 1 bogey) na jornada inaugural, pôde gerir à vontade a liderança no segundo dia, limitando-se a igualar o Par-72 do campo codesenhado por Peter Townsend e pela European Golf Design, numa segunda volta em que ainda brilhou com 1 eagle no buraco 12.

«É sempre bom começar o ano desta maneira, principalmente fazer -12 em quatro voltas em torneios do Circuito Liberty. É ótimo!», rejubilou Vítor Lopes.

«É sempre bom ganhar um torneio do Liberty Seguros. Tenho estado a jogar bem, estou confiante com o meu jogo. Não tenho feito muitos erros em campo, apesar de no segundo dia ter feito 3 vezes 3 putts que deram origem aos 3 bogeys. Mas foi um ótimo torneio. O Ribagolfe é ótimo para o meu jogo, é um campo comprido e exige ser certinho no shot de saída», acrescentou o campeão da Taça FPG/BPI.

Vítor Lopes desforrou-se em 2015 de João Ramos (voltas de 74 e 72) dado que, em 2013, tinha sido o jogador do Oitavos Dunes a impor-se em Ribagolfe, com +2, deixando o algarvio a 2 pancadas. De qualquer modo, ao sagrar-se vice-campeão, João Ramos mostrou que gosta de jogar neste campo e que atravessa um bom momento de forma, como se viu no cartão de 69 (-3) com que tinha terminou, na terça-feira, o Clube EDP PGA Open.

Gonçalo Costa, o vencedor em Ribagolfe em 2012, do Lisbon Sports Club, ficou-se, desta feita, pelo 11º lugar (+14), enquanto o 3º posto (+3) foi para Pedro Lencart, de Miramar.