Depois, a estrondosa
vitória sobre a Irlanda nas meias-finais, por 4,5-2,5, que garantiu de
imediato a subida à Primeira Divisão em 2016.
A cereja no topo do
bolo veio , com a vitória sobre a Eslovénia, por 3,5-1,5, numa final de
formato encurtado devido ao nevoeiro.
Tal como a seleção
nacional principal, na Polónia, há poucos meses, também agora, na
República Checa, os portugueses não entraram em descompressão por terem
assegurado o objetivo principal de subida ao escalão primodivisionário.
Souberam manter a concentração, denotar muita garra e só regressaram a
casa com o título.
«É um orgulho pessoal
estar mais uma semana à frente destes miúdos e atingir uma segunda final
este ano. Ter conseguido ganhá-las (ambas as finais) é algo de
espantoso, principalmente com miúdos que ainda são muito novos»,
declarou, visivelmente emocionado, Nuno Campino.
O selecionador
nacional explicou que «devido ao nevoeiro, o formato da final foi
reduzido para um par (foursomes) e quatro singulares», em vez de dois
pares e cinco singulares, como constava do regulamento.
Esta alteração
implicou a impossibilidade de um mesmo jogador atuar duas vezes na final
e Nuno Campino teve de tomar opções: «Tentei colocar um par
relativamente forte e (sobretudo) quatro singulares (fortes) em que
qualquer um conseguisse ganhar».
Uma vez mais, como na
Polónia ou como nas meias-finais de anteontem diante da Irlanda, as
escolhas foram bem efetuadas porque Afonso Girão e António Teixeira,
teoricamente um par menos forte do que, por exemplo, Pedro Lencart e
João Girão, asseguraram logo o primeiro e importantíssimo ponto para
Portugal.
«O Afonso e o António
não começaram bem, algo nervosos, e passaram o buraco 9 a perder por 2.
Mas depois jogaram melhor os segundos nove buracos e ganharam no 16.
Acompanhei-os durante algum tempo, porque percebi que poderia ser um
ponto muito importante», disse Nuno Campino.
Afonso Girão e
António Teixeira bateram Luka Naglic e Nik Pogorelcnik por 3-2 e deram
um impulso fundamental.
A seleção nacional
não esmoreceu com a derrota do campeão nacional de sub-16, Vasco Alves,
diante de Luka Zan Stirn por 3-1.
«O Vasco Alves
apanhou pela frente o melhor jogador deles, mas o putt não funcionou
hoje e perdeu no 17», analisou o profissional português, referindo-se ao
esloveno que este ano, em fevereiro, maravilhou no Campeonato
Internacional Amador de Portugal, onde foi 6º classificado, a mesma
posição em que terminou o Campeonato Internacional do seu próprio país,
em maio.
Com as duas equipas
empatadas na final, «tínhamos de ganhar o ponto do João Girão e foi isso
que aconteceu com facilidade, pois jogou sólido e ganhou por 3/2» diante
de Žiga Strasek.
Portugal passava para
a frente por 2-1 e «nessa altura apenas precisávamos de 1 ponto. O
Carlos Laranja vinha a ganhar por 2 buracos com 3 para jogar. Jogou
lindamente em termos estratégicos, o esloveno cometeu um erro no buraco
17 e o Carlos, com muita inteligência, ganhou o match» por 2-1 face a
Jure Vasle.
Era o momento de
celebrar. Com o resultado em 3-1, Portugal era o campeão da Segunda
Divisão do Europeu de sub-18, mas ainda havia jogadores em campo.
«O Pedro vinha no
último grupo, empatado para o 17. Tudo indica que iríamos ganhar esta
final», rejubilou Nuno Campino. Pedro Lencart empatou com Jan Vidic,
para o resultado final de 3,5-1,5.
Depois foi a festa na
cerimónia de entrega de prémios, com todos os países alinhados e
devidamente fardados, com Gonçalo Castanho, na qualidade de capitão, a
receber a taça e todos os elementos da seleção nacional a quererem tocar
no troféu e as fotografias da praxe.