85º Campeonato Internacional Amador de
Portugal Masculino
DOZE PORTUGUESES DESAFIAM BICAMPEÃO DA
EUROPA
Doze dos
melhores jogadores de golfe portugueses da atualidade vão disputar, a
partir de amanhã (quarta-feira), o 85º Campeonato Internacional Amador
de Portugal Masculino, o mais importante torneio de golfe luso para
amadoras de alta competição, que se prolonga até sábado, no Montado
Hotel & Golf Resort, em Palmela.
O ‘Portuguese
International Amateur Championship’ é uma das etapas clássicas da
Associação Europeia de Golfe (EGA) e atribui pontos para o ranking
mundial amador de golfe, razão pela qual atrai todos os anos alguns dos
melhores jogadores do Mundo. A Federação Portuguesa de Golfe teve mesmo
de fechar a lista de participantes a 120 jogadores, pelo que 53
estrangeiros ficaram de fora, 5 dos quais chegaram a deslocar-se ao
Montado, na esperança de uma desistência de última hora.
A estrela
deste ano é o inglês Ashley Chesters, que entrou para a história por ter
sido o primeiro jogador a revalidar o título de campeão da Europa (2013
e 2014), quando, no ano passado, foi o único dos participantes a bater o
Par do The Duke’s Course em St. Andrews, na Escócia, terminando o
Europeu com 2 pancadas abaixo do Par.
Chesters
também jogou no ano passado no Montado e foi 5º empatado, à frente do
melhor português, João Carlota (9º empatado) que, entretanto, se tornou
profissional, tal como o campeão do torneio português de 2014, o
italiano Renato Paratore. Depois desse mês de fevereiro, o inglês teve
uma boa época e para além de sagrar-se bicampeão europeu ainda foi 2º no
prestigiado Brabazon Trophy e 5º no Campeonato Internacional Amador do
País de Gales. Este ano, competiu em janeiro no Campeonato Sudamericano
Amateur, no Peru, com mais um top-ten (8º).
Outros
participantes de relevo são o inglês Adam Chapman, 94º do ranking
mundial amador e campeão do ‘South of England Open Amateur Championship’;
o italiano Guido Migliozzi, 100º do ranking e titular do Campeonato
Internacional de França de sub-18; e o islandês Gisli Sveinbergsson,
118º do ranking e vencedor do The Duke of York, na Escócia.
Doze
portugueses desafiam elite europeia
Duas semanas
depois de se ter feito história no golfe nacional, com três portuguesas
a passarem pela primeira vez o cut na versão feminina deste
Internacional de Portugal, o otimismo reina em relação à participação
masculina.
O torneio
desenrola-se em 72 buracos, com quatro voltas de 18 buracos por dia, com
um cut aos 54 para os 40 primeiros e empatados.
Ultrapassar
essa fase qualificativa e jogar no último dia será o primeiro objetivo
dos 12 portugueses mas alguns deles possuem legítimas aspirações a
repetirem o top-ten de João Carlota do ano passado e, quiçá, tornarem-se
mesmo apenas no 12º português a vencer este prestigiado troféu, o último
dos quais Gonçalo Pinto, em 2013 (ver lista de campeões lusos em anexo).
Os
portugueses inscritos são: Tomás Silva (bicampeão nacional amador),
Vítor Lopes (nº1 de sub-18 em 2014 e vencedor da Taça FPG/BPI neste
mesmo campo), Pedro Lencart (campeão nacional de sub-14), João Girão
(finalista da Taça FPG/BPI), Afonso Girão (vice-campeão nacional de
sub-18), Gonçalo Costa (membro da seleção nacional no último Mundial),
Tomás Bessa, João Magalhães, João Ramos, Rui Morris, Renato Ferreira e
José Maria Cunha.
Seis destes
jogadores participam como membros da seleção nacional, enquanto os
outros seis entram na prova a nível individual.
Pelos
resultados internacionais dos últimos doze meses, Tomás Silva (9º no
Europeu de 2014) e Vítor Lopes (10º no Junior Orange Bowl) são os
principais candidatos a um grande resultado português, mas este último
lesionou-se há dois dias nas costas e está seriamente limitado.
Declarações de Nuno Campino, selecionador nacional, ao G.I. da FPG
«Há sempre um
estágio de preparação para esta prova e os seis jogadores que foram
selecionados para aqui foram os que estiveram nesse estágio. Acredito
que neste momento possam ser os que estão em melhor forma e para nós não
basta olhar para resultados de competições, é importante vê-los em
estágio e eles são os seis primeiros do ranking.
«Não quero
falar em nomes individuais, mas temos jogadores que podem ficar no
top-ten. No ano passado o João Carlota ficou em 9º e acredito que os
bons resultados que temos tido nos últimos meses serão visíveis aqui,
tal como os resultados neste torneio em anos anteriores, com vários
top-ten.
«Temos todas
as condições a nosso favor, porque preparámos os jogadores neste campo,
eles conhecem-no muito bem, já jogaram aqui vários Internacionais de
Portugal, a Taça da FPG/BPI, A Final do Circuito Drive/Liberty Seguros,
a Taça Manuel Agrellos e agora o Portugal-Itália. Têm muitas voltas
neste campo. Eles têm, nem é o dever, é a obrigação de jogarem bem
aqui».
Declarações de João Coutinho, diretor-técnico nacional, ao G.I. da FPG
«Este é o
nosso quinto ano seguido no Montado a organizar este torneio. O campo
tem recebido melhoramentos nos últimos anos e o campo está em ótimas
condições para esta altura do ano. Creio que será até o ano em que as
condições de jogo estarão mais difíceis para os jogadores, por os greens
estarem mais rápidos e duros. Vamos ter uma equipa organizativa de 12
elementos, incluindo seis árbitros, estamos prontos para responder às
necessidades; as condições meteorológicas são de sol, com temperaturas
baixas mas normais para a época».
DECLARAÇÕES DOS PRINCIPAIS JOGADORES PORTUGUESES
Tomás
Silva:
Sinto-me confiante, estou a bater bem na bola, estou regular, era o que
pretendia, tenho trabalhado para isso e espero fazer um bom campeonato.
Penso que tenho de jogar bem em todos os torneios. Nunca tenho
pensamentos específicos de que, em determinado torneio, tenha de jogar
melhor. Em todos dou o meu melhor. Este, não tirando mérito aos outros,
é capaz de ser o mais importante, porque é o que nos vai oportunidades
de jogar alguns torneios internacionais. Sempre que jogo tento superar
os resultados do ano anterior. No ano passado não joguei bem aqui e só
espero conseguir fazer o meu jogo, porque se assim for irei conseguir
uma boa classificação.
Vítor
Lopes:
Tenho competido bastante, comecei logo com um bom torneio no Peru,
correu bem (12º lugar) e apesar do cansaço da viagem acho que foi um
resultado positivo. Tenho treinado bastante, também fui jogar no Algarve
Pro Golf Tour para manter o ritmo e joguei bem, apesar de no último dia
não ter controlado tão bem o swing. Agora, na viagem para cá, tive azar
e magoei-me nas costas, vamos ver. Ontem, no Match com a Itália, houve
shots que não consegui dar devido à dor. Pensei que seria uma coisa
passageira mas esta manhã nem fiz a volta de treino. De qualquer modo,
conheço bem o campo, espero que amanhã consiga recuperar um pouco. Fico
aborrecido com esta lesão e não é só por causa do Internacional de
Portugal, é também porque vou ter três semanas seguidas de competição
seguida. Sigo para Espanha no dia 15, no dia a seguir a terminar este
torneio e queria começar bem o ano. Mas agora é preciso ver o lado
positivo das coisas e acreditar que vou jogar bem. Este torneio
sobressai, claro, por ser internacional e por ser em Portugal, num campo
que conhecemos bem, onde temos feito bons resultados, mas no que se
refere a olhá-lo como um torneio para ganhar, isso é igual aos outros em
que entro.
João Girão:
Sinceramente, não estou na minha melhor forma, mas espero recuperar para
este torneio e espero fazer um bom resultado. É muito importante porque
é o único internacional que temos em Portugal, é um palco em que
mostramos o nosso valor às pessoas do nosso país.
Afonso
Girão:
Estou a jogar bem, a bater bem na bola, a ‘patar’ bem, confiante, tenho
treinado bem e acho que vou conseguir demonstrar isso neste torneio. É o
nosso primeiro Internacional, é bom para abrir o ano, é especial por ser
o Internacional de Portugal e é bom mostrarmo-nos em casa. Sei que se
jogar bem posso ficar no top-15, no top-20, entre alguns dos bons
jogadores europeus. Isso significaria muito para mim.
Tomás
Bessa:
Estou bem, tenho feito uma preparação muito boa, sobretudo se comparado
com os anos anteriores, fiz um esforço nesse sentido durante o inverno,
apesar do mau tempo. Estou com boas expectativas para este torneio,
sinto aquele sabor amargo de ter falhado o cut no ano passado por 2
pancadas, por isso, o meu objetivo principal este ano é passar o cut e
depois fazer uma boa classificação. No Portugal-Itália joguei bem,
consistente, fiz um bom resultado (4-2). É claro que é um torneio que
sobressai completamente no calendário da FPG pelo ‘field’ que apresenta
em termos de jogadores, estão aqui dos melhores da Europa e do Mundo. É
um torneio em que nos gostamos de mostrar porque tem um prestígio
diferente de um Liberty Seguros ou mesmo de um Campeonato Nacional
Peugeot. Toda a gente quer jogar bem neste torneio e catapulta-nos para
o resto do ano.
João Ramos:
Estou na minha melhor forma, tenho vindo a progredir. Tenho jogado
muitas provas, joguei, por exemplo no Algarve Pro Golf Tour, tenho
trabalhado muito com o meu treinador. Encaro-o como mais um torneio,
claro que é mais importante do que outros, mas tenho de entrar no campo
da mesma maneira.
Pedro
Lencart:
Este ano começou bem para mim, joguei bem no Liberty Seguros, o
Portugal-Itália correu-me bem, também na volta de treino, mas andei um
pouco à procura das distâncias, porque estive uma semana doente com
gripe e isso alterou-me um pouco as distâncias, fiquei mais curto, mas
já estou a habituar-me e estarei pronto para amanhã. Este é um dos
torneios mais importantes do ano. É de nível internacional, jogamos com
os melhores da Europa e do Mundo e, além disso, estamos a jogar em casa.
Tenho vindo a trabalhar bem e estou confiante.
Rui Morris:
É bastante especial porque é um sonho tornado realidade, um sonho de
pequeno, estou muito contente por o Nuno ter acreditado em mim e por ser
a minha estreia na seleção nacional. Nestes dias anteriores acusei um
bocado o facto de estar pela primeira vez na seleção, é um sentimento
especial e foi difícil de controlar. Mas tenho vindo a trabalhar muito
bem, a dedicar-me muito e sinto-me confiante no jogo, tenho a certeza de
que, agora, ao começar o Internacional, se conseguir controlar a parte
emocional, sairei daqui com um bom resultado. Para jogadores como eu é
sempre uma oportunidade para estar num palco internacional,
principalmente com este ‘field’. Depois, é o início da época, poderá ser
uma porta aberta caso o resultado corra bem.
OS 11 PORTUGUESES VENCEDORESDO INTERNACIONAL DE PORTUGAL
Visconde de
Pereira Machado: 1935, 1939, 1942, 1943, 1947, 1948.
Fernando Ricardo: 1937. Fernando Pinto Coelho: 1953, 1965, 1966. Carlos de Vilhena: 1954. Manuel de Brito e Cunha: 1959. Jorge Figueiredo: 1961. Nuno de Brito e Cunha: 1962, 1963, 1979. José Sousa e Melo: 1971, 1972, 1976, 1978, 1980. António Dantas: 1984. Ricardo Oliveira: 1990. Pedro Figueiredo: 2008*.
Gonçalo Pinto: 2013.
* A primeira
edição em stroke Play
Press-Release
Gab. Imprensa F.P.G..
10 de fevereiro 2015