Alexandre Lasalarie vem da Ilha Reunião e, tal como
Gonçalo Teodoro, estava pela primeira vez a competir no estrangeiro num
torneio importante ao serviço da sua seleção nacional.
Ambos têm 14 anos e o português chegou a andar entre os
7º classificados depois das 74 pancadas (+3) do primeiro dia, juntando
depois duas voltas de 79 (+8), para um agregado de 232 (+19), empatado
em 45º com outros cinco jogadores.
Um aspeto positivo da sua prestação, tendo em conta a
idade, foi ter conseguido fazer birdies todos os dias (3+1+1) e Nelson
Ribeiro, o responsável técnico da FPG pelas camadas etárias mais jovens,
ficou satisfeito com o que viu.
«O Gonçalo foi o que mais se destacou devido a sua
capacidade de finalização (chip & putt), o que se traduz naturalmente em
menos pancadas no cartão ao final do dia», comentou o chefe da delegação
portuguesa, que incluiu ainda outros dois jogadores que não passaram o
cut e que, por isso, não jogaram hoje.
Lucas Azinheiro (85+77) e João Pedro Maganinho (81+81)
agregaram 20 pancadas acima do Par.
Mas Nelson Ribeiro viu aspetos positivos em todos:
«Apesar de só um dos jogadores ter passado o cut, foi uma competição
muito produtiva.
«Todos participaram pela primeira vez em representação
de Portugal num torneio internacional e presenciaram rotinas que já
nesta idade aqui se fazem com bastante rigor, desde a importância da
ativação matinal, à revisão da estratégia de jogo antes de começar a
competição, devido a constante mudança das condições climatéricas,
passando pelos alongamentos no final, pelas notas das voltas de treino,
pela revisão da estratégia de jogo para o dia seguinte, etc.
«Todos os jogadores que estavam nas posições cimeiras já
o fazem de forma muito, muito profissional.
«É muito importante dentro desta idade os jogadores
terem a consciência da preparação, porque existe uma variável que entra
em jogo e que não se consegue controlar (o crescimento físico e o
desenvolvimento motor).
«Olhamos para todos os jogadores e presenciamos alguns
com quase 2 metros de altura e outros com 1,5 m. As diferenças físicas
podem ser enormes nesta idade (sub-14).
«Os nossos jogadores tinham buracos de Par-4 em que não
chegavam ao green em 2 pancadas e os jogadores mais fortes nestas
condições tornavam os Par-5 em Par-4, não tendo dificuldade em chegar ao
green com a 2ª pancada.
«Relativamente ao rendimento dos nossos jogadores,
apesar dos resultados fazerem parecer que todas eles jogaram um golfe
muito diferente não foi o que aconteceu.
«Houve também também um excelente espírito de
camaradagem e muito empenho colocado em campo por todos».
Foi o terceiro ano seguido em que (pelo menos) um
português se apurou para a última volta do Reid Trophy.
No ano passado, João Maria Pontes terminou em 49º, com
236 pancadas, 20 acima do Par do Highgate course do Enville Golf Club,
em Inglaterra. Vasco Alves foi 69º empatado com 240 (+24) e os jogadores
foram acompanhados pelo profissional Luís Barroso, do Centro Nacional de
Formação de Golfe do Jamor.
Em 2013, em North Hants, Pedro Lencart Silva foi o único a passar o cut,
terminando num honroso 30º posto (empatado com o 22º), com 225
(74+75+76), +15. Vasco Alves foi 105º com 161 (84+77), +21, e António
Teixeira 121º, com 164 (85+79), +24.
Press-Release
Gab. Imprensa F.P.G..
2 de Agosto 2015
Voltar |