O Club de Golf de Miramar foi 3º
classificado no Campeonato da Europa de Clubes Feminino, que a Federação
Húngara de Golfe organizou no Old Lake Golf Club, em Tata, a cerca de 40
minutos de Budapeste.
Estiveram presentes os 14 melhores clubes
do continente, em representação da Áustria, Bélgica, Dinamarca, França,
Alemanha, Islândia, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Eslováquia, Espanha,
Ucrânia, País de Gales e Hungria.
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Embora a Associação Europeia de Golfe (EGA)
não tenha registos históricos que nos permitam dizer sem quaisquer
dúvidas tratar-se de um recorde nacional, é provável que o 3º lugar da
equipa liderada pelo treinador Nelson Ribeiro possa ser a melhor
classificação de uma equipa feminina portuguesa nesta competição.
Miramar, que se qualificou para este
evento ao vencer o Campeonato Nacional de Clubes Solverde em 2014, levou
três jogadoras à Hungria, Leonor Bessa, a campeã nacional de sub-18 e
recente vencedora da Taça FPG/BPI, Inês Barbosa e Joana Silveira,
respetivamente campeã e vice-campeã nacional de sub-16.
A coletividade de Vila Nova de Gaia
totalizou 436 pancadas, 16 acima do Par, depois de jornadas de 144, 144
e 148. Miramar chegou a andar no 2º lugar aos 36 buracos, mas na última
volta foi ultrapassada pelo clube campeão da Alemanha e terminou a 3
pancadas do Golf & Landclub Berlin-Wannsee (142+147+144).
O título de campeão europeu foi pelo
segundo ano seguido para as francesas do Racing Club France La Boulie, o
único a bater o Par do campo aos 54 buracos, com 415 (144+136+135), -5.
O Racing tem um historial fortíssimo nesta
competição, já no ano passado, na Alemanha, vencera com 3 pancadas
abaixo do Par e esta foi a sétima vez que se sagrou campeão europeu de
clubes femininos (1995, 1996, 1997, 2005, 2007, 2014 e 2015), para além
de dois títulos de vice-campeão (2009 e 2008).
«Para nós, enquanto clube, é muito
gratificante conseguirmos alcançar um pódio num campeonato europeu.
Ajuda-nos a perceber se a estratégia delineada se aproxima ou não dos
objetivos previamente definidos. Teremos de continuar humildes e de
perceber que ainda existe muito caminho até conseguirmos alcançar uma
vitória, mas também sabemos, a partir deste momento, que estamos a ir no
caminho certo», disse Nelson Ribeiro, que já sabe que voltará a liderar
Miramar no próximo ano, uma vez que o seu clube voltou a ganhar no
Campeonato Nacional de Clubes Solverde em 2015.
«Foi bom termos ficado no pódio, mas
sentimos que poderíamos ter feito um brilharete se as coisas tivessem
corrido um bocadinho melhor. Estamos contentes e com vontade de voltar a
este torneio para vencer», referiu, por seu lado, a melhor jogadora
portuguesa, Leonor Bessa.
Na classificação individual, que se
reveste de muito menos importância neste torneio, mas que é um bom
indicador do valor das jogadoras portuguesas, Leonor Bessa também andou
no 2º lugar aos 36 buracos, depois de uma boa segunda volta de 67 (-3),
para juntar à inicial de 72 (+2). A melhor jogadora amadora portuguesa
da atualidade terminou num positivo 4º posto, entre 42 competidoras,
depois de uma volta final de 74 (+4), que lhe deu um agregado de 213
(+3).
As outras duas portuguesas obtiveram
classificações relevantes. Joana Silveira foi 13ª (empatada com a
espanhola Paula Neira), com 227 (74+79+74), +17, e Inês Barbosa foi 17ª
(empatada com a eslovaca Katarina Drókarová) com 230 (72+77+81), +20.
Note-se que o regulamento ditou que em
cada volta eram aproveitados os dois melhores resultados de cada equipa,
do máximo possível de três.
Só duas jogadoras bateram o Par do campo
no final das três voltas, ambas francesas e a melhor foi Mathilde
Claisse com 207 (74+68+65), -3.
Declarações das jogadoras
portuguesas
LEONOR BESSA
«Foi uma ótima experiência para os quatro
(três jogadoras e o treinador) porque nunca tínhamos jogado este
torneio. O meu primeiro dia foi mais ao menos. Fiz alguns boggeys (4) e
os birdies (total de 2) não entraram. No segundo dia foi um bom dia de
golfe em que fiz 6 birdies e 1 boggey. Fiz também 1 duplo boggey no 15,
que estragou um pouco a prestação, visto que vinha a -5 para o 15. Foi o
meu melhor resultado de sempre em torneios internacionais (67). Hoje,
nos primeiros sete buracos, tive quatro oportunidades de birdie
acessíveis e nenhuma entrou. Fiquei um bocado desanimada mas consegui
recuperar com 2 birdies seguidos no 9 e 10. Depois, tentei estabilizar o
jogo até aos buracos 13 e 14 que supostamente eram os mais acessíveis da
volta para fazer birdies mas fiz 2 bogeys de que não estava nada à
espera. Nos últimos quatro buracos acabei com 4 pares. O resumo que faço
dos três dias é positivo, apesar de sentir que estou cada vez mais
próximo de grandes resultados. Mas ainda tenho de aprender bastante e de
saber lidar com algumas situações».
JOANA SILVEIRA
«Gostei muito de jogar este torneio, foi
uma experiência muito agradável e como foi por equipas é sempre
diferente e divertimo-nos muito. No primeiro dia fiz 4 acima, mas
poderia ter jogado melhor. Comecei com 2 bogeys e acabei com 2 bogeys.
No segundo dia fiz 9 bogeys e não correu como eu queria porque falhei
muitos tee shots. Hoje já joguei melhor comparado com ontem, não cometi
tantos erros, mas só fiz 1 birdie. Espero poder voltar para o ano para
jogar o torneio».
Press-Release
Gab. Imprensa F.P.G..
5 de Outubro 2015
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