O aspeto mais
positivo da participação do jogador do Oporto Golf Club prendeu-se com a
sua capacidade de fazer birdies: 3 na primeira volta, 3 na segunda e 4
na terceira. O facto de ter feito mais birdies no dia em que partiu no
top-10 mostra que não jogou à defesa, mas acabou por ser traído com 5
bogeys e 1 triplo-bogey no buraco 17.
Em contrapartida,
Afonso Girão falhou o cut aos 36 buracos. Na classificação individual
definitiva, surge com 156 pancadas, 14 acima do Par, com voltas de 76 e
80, mas no leaderboard por equipas aparece uma terceira volta de 77. Ou
seja, o campeão nacional de sub-18 jogou no último dia mas o seu
resultado só contou para o torneio entre países.
Num total de 16
nações, Portugal fechou a competição no 13º posto, com 453 pancadas, 27
acima do Par, somando jornadas de 150, 151 e 152.
Embora a Copa Juan
Carlos Tailhade tenha celebrado a sua 44ª edição, só existe um torneio
por equipas há 20 anos mas rapidamente tornou-se no mais importante do
certame, no mais mediático.
Por isso, foi dada
mais relevância ao triunfo do Canadá do que ao sucesso do argentino
Matias Simaski.
O Canadá jogou com
Eric Banks (271º do ranking mundial amador) e Tony Gil (745º) e venceu
com 433 (149+139+145), +7, batendo por 1 única pancada a Austrália e o
Brasil.
Quanto a Matias
Simaski, o 208º no ranking mundial amador, agregou 212 pancadas, 1
abaixo do Par, com voltas de 69, 68 e 75, batendo por 2 Eric Banks do
Canadá e Khaled Attieh da Arábia Saudita.
Repare-se que o
campeão terminou com o mesmo resultado de 75 de João Girão, o que mostra
bem como o último dia foi mais difícil. Aliás, só 4 jogadores em 68
bateram o Par de Los Lagartos na terceira volta.
E o jogador que
terminou o torneio empatado com João Girão no 17º lugar, Juan Alvarez,
tinha-se cotado, uma semana antes, como a grande surpresa do 110 VISA
Open de Argentina presentado por OSDE, um torneio de profissionais do
circuito PGA Tour Latinoamérica, de 163 mil euros em prémios monetários.
Basta dizer que o
uruguaio ficou à frente (por 3 pancadas) de Angel Cabrera (ex-campeão do
Masters e do US Open), para se ter uma ideia do feito de Alvarez e
também para se perceber como João Girão acabou por fazer uma boa prova.