Ora como o torneio espanhol só qualificava 18 jogadores
para a Final da Escola, que começa no próximo Sábado, no PGA Catalunya,
em Girona, foi necessário ir a play-off.
Havia seis jogadores a lutarem por dois lugares – os
espanhóis Toni Ferrer e Alfredo Garcia-Heredia, o sul-africano Jaco
Ahlers, o irlandês Paul Dunne e o francês Victor Riu.
Os vencedores foram o Riu (que já por duas épocas jogou
no European Tour) e Dunne, que este ano surpreendeu ao liderar o British
Open.
O play-off prolongou-se por seis buracos e o bicampeão
nacional ficou-se no segundo. Depois, jogou por um lugar nas reservas e
terminou com o 11º lugar, o que quer dizer que só poderá jogar a Final
da Escola se houver 10 desistências até Sábado, o que é pouco provável.
Em 2007, Tiago Cruz falhou o acesso ao European Tour por
1 única pancada, com um bogey no penúltimo buraco da Final da Escola em
San Roque. Este ano foi eliminado aos 36 buracos no Portugal Masters por
1 pancada com 1 bogey no buraco 18 do Oceânico Victoria. Agora, foi no
play-off que foi impedido de se juntar a Ricardo Santos e Filipe Lima na
Final da Escola.
Foram momentos marcantes na sua carreira, mas o
profissional do BIG foi sempre capaz de recuperar desses desaires. É
isso que se espera dele, quando estamos a poucos dias do início do
Algarve Pro Golf Tour. É normal, porém que a sua primeira reação tenha
sido de tristeza, como partilhou com os fãs na sua conta oficial no
Facebook, ainda antes de regressar a Portugal:
«Esta semana de golfe começou bem mas acabou mal. Sabia
que iria ser uma última volta com muito stress, mas tinha o objetivo de
acertar fairways e greens e esperar que o putt entrasse para birdie.
«Ao fim de nove buracos fiz 4 birdies (nos 3,5,6 e 8).
Tudo ia bem até falhar o primeiro green no buraco 11 e fazer 1 bogey.
Logo a seguir sofri outro bogey (dois greens falhados na volta toda). No
buraco 14, fiz mais 1 bogey com 3-putts.
«O stress aumenta e é preciso birdies para passar o cut.
Consigo meter um grande putt para birdie no 17 e no 18 falho um putt de
metro e meio para birdie. Termino o dia com 69 pancadas menos duas que o
par do campo e um total de 10 shots abaixo do par para ficar empatado
com mais cinco jogadores.
«Sou chamado para o play-off para disputar os últimos
dois lugares e as reservas. Depois de ter jogado dois buracos faço bogey
e fico a disputar com um espanhol o 7° e 11° reserva. No fim de tudo
fico com o 11° reserva.
«É triste mas a vida é assim mesmo. Há dias que nos são
favoráveis e outros que não. Regresso ainda hoje a casa de cabeça
erguida para continuar a lutar pelos meus objetivos, com a ajuda das
pessoas que me rodeiam.
«Quero agradecer ao Álvaro Neto pelo tempo e ajuda que me
disponibilizou durante a segunda fase da escola.
«Deixo também aqui uma palavra de agradecimento ao Nuno
Rocha e ao seu irmão pelo apoio in loco».
O jogador do Team Portugal estava a competir pela
primeira vez desde a lesão nas costas contraída no Açores PGA Open e é
impressionante que 10 pancadas abaixo do Par em quatro voltas não sejam
suficientes para aceder à Final da Escola. Revela bem o nível de jogo.
Recorde-se que há um ano Ricardo Melo Gouveia ganhou esta Segunda Fase
da Escola, também no Luminé, com 18 abaixo do Par!
A época de Tiago Cruz não terminou aqui. No PGA Portugal
Tour tem ainda pela frente o Masters do Guardian Bom Sucesso Golf (26 e
27 deste mês) e a Taça Manuel Agrellos no Montado (17 e 18 de dezembro).
E é provável que jogue vários eventos do Algarve Pro Golf Tour que se
inicia este sábado no Onyria Palmares Beach & Golf Resort.
O vencedor em Tarragona foi o inglês Daniel Gavins com 19
abaixo do Par, após voltas de 68, 67, 64 e 66. Em setembro de 2014 já
tinha ganho a Primeira Fase da Escola disputada em Friford Heath Blue,
com 18 abaixo do Par!
Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG 10 de Novembro 2015
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