NBO Golf Classic Grand Final

DECLARAÇÕES DE RICARDO MELO GOUVEIA APÓS 1ª VOLTA

 

«Estou muito contente com a volta de hoje. O Pro-Am de ontem não me tinha corrido de feição, não estava muito confiante a bater na bola, mas hoje consegui recuperar a confiança com bons shots e alguns bons putts.

«O dia de hoje esteve quase sem vento, o que não é natural aqui e sabia que os resultados iriam ser baixos por causa disso. Por isso, para conseguir estar lá em cima (da classificação), teria de fazer uma boa volta e foi isso que fiz, foi bom.

A saída no 17 foi o único shot que realmente falhei durante o dia todo, joguei muito sólido, bati bem na bola.

 

Mas nesse shot senti que a mão direita escorregou-me do taco devido ao calor que se fez sentir hoje, mas consegui sair de lá com um Par e acabar a volta sem qualquer bogey.

«Foi sem dúvida o shot mais difícil (o segundo do buraco 17). Conseguia ver a bandeira mas sabia que não tinha margem de erro naquele shot, tinha de ser perfeito ou quase perfeito. Tive de voltar ao outro fairway (do 10), ter calma, ver a distância depois de um bunker e certificar-me de que tinha a distância correcta, porque qualquer erro dali poderia ter custado caro.

«Não era um putt fácil (o primeiro no 17). Pensei que (o rolar da bola) iria ser mais rápido, tinha uns 20 metros, a descer, mas o putt importante foi o segundo, também a descer, de uns 3 metros – saiu ao meio do buraco e quando bati na bola sabia que o tinha metido.

«No 18 dei um bom shot de saída, o segundo estava no meio de um monte, não era fácil, dei um shot aceitável, depois dei um putt em que pensava que a bola iria aguentar e não cairia para lado nenhum, mas caiu para o lado direito e falhei. Depois meti um bom putt de 1 metro para acabar.

«O putt do 15 (ficou a um dedo de entrar) foi um putt de cerca de 15 metros (para birdie). Pensava que a bola iria ficar curta, por isso quando a bola ia a meio disse para a bola andar, mas chegou ao buraco e mesmo no fim caiu do nada para o lado direito e não entrou. Era o putt que supostamente iria dar-me a liderança empatado com o Hanson.

«Nos primeiros nove buracos tive putts muito perto do buraco. Nos primeiros seis ou sete buracos tive 6 putts de 3 metros para dentro para birdie. Estava a colocar bem a bola perto do buraco e estava a dar bons putts, só que não estava a ver bem as linhas. Mas sabia que se continuasse a jogar assim os putts iriam acabar por cair e foi o que aconteceu.

Sem dúvida que ajudou-me muito o trabalho que fiz na semana passada no Dubai. Tive uma aula de SAM PuttLab, uma máquina que tira várias referências no putt e descobri uma coisa na minha há postura que estava a provocar-me um mau stroke (batida de bola). Estive a trabalhar nisso na semana passada e isso deu hoje os seus frutos porque “patei” bem, senti que o rolar de bola foi muito mais natural e meti bons putts importantes para que o ritmo de jogo continuasse bom».

 

NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DIRIGIDA PELO CHALLENGE TOUR

«Estou a visar o topo da classificação. O meu objectivo é ganhar o evento. Hoje olhei várias vezes para o leaderboard para saber onde estava e quis manter-me perto da liderança.

«Estou bastante entusiasmado. Vai ser uma batalha até ao fim. O Sebastien (Gros) jogou bem hoje e é provável que tudo vá resumir-se ao último putt do último buraco.

«Senti que a pancada que falhei no 17 deveu-se ao suar das mãos. Se não prestamos atenção a esses detalhes pode ser traiçoeiro. Mas é o mesmo para todos e eu até gosto destas condições de jogo, sobretudo sem vento, mas prevejo que vá haver mais vento nos próximos dias.

«Esta confiança começou no ano passado quando ganhei em Roma e depois continuei a jogar bem durante o resto da época. Claro que ajudou ter começado bem esta época. Foram essas exibições que criaram as fundações dessa confiança e que levam á consistência que tenho vivido este ano.

«É um grande palco para este torneio. Acho que foi uma boa decisão do Challenge Tour ter vindo para aqui. Estamos todos contentes de estar aqui para o último torneio.

«Aqui é preciso bater bem a bola do tee e meter alguns putts, mas isso é o mesmo em todos os campos. Há alguns buracos que exigem atenção nos greens e hoje achei que as posições das bandeiras estavam bem complicadas para uma primeira volta. É preciso ter-se a certeza de qual é o lado certo do buraco e também ter-se cuidado em não ser-se demasiado agressivo porque pode-se pagar o preço por isso. Esses detalhes podem levar a uma boa volta.

«Tenho estado nas selecções nacionais desde os meus 11 anos, pelo que a FPG ajudou-me imenso até tornar-me profissional. Nessa altura houve uma quebra e eu tive de confiar no meu pai, que me ajudou imenso no início.

«Mas as coisas estão a mudar em Portugal o que é bom. Há um novo projecto chamado Team Portugal que ajuda a transição do golfe amador para o profissional. Eu não tive a sorte de beneficiar dessa ajuda mas, por outro lado, tive o meu pai comigo. No início isso foi muito bom porque retirou-me muita da pressão de ter de fazer dinheiro imediatamente.

«Desde que comecei a jogar golfe que sou uma pessoa determinada. Trabalho bem duro em todos os aspectos. O ano passado e este ano são o reflexo de todo o trabalho que tenho levado a cabo neste desporto. É bom ver este ano o resultado de todo esse esforço».

Press-Release
F.P.G:
4 de Novembro 2015

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Revised: 04-11-2015 .