Mas nesse shot senti que a mão direita escorregou-me do
taco devido ao calor que se fez sentir hoje, mas consegui sair de lá com
um Par e acabar a volta sem qualquer bogey.
«Foi sem dúvida o shot mais difícil (o segundo do buraco
17). Conseguia ver a bandeira mas sabia que não tinha margem de erro
naquele shot, tinha de ser perfeito ou quase perfeito. Tive de voltar ao
outro fairway (do 10), ter calma, ver a distância depois de um bunker e
certificar-me de que tinha a distância correcta, porque qualquer erro
dali poderia ter custado caro.
«Não era um putt fácil (o primeiro no 17). Pensei que (o
rolar da bola) iria ser mais rápido, tinha uns 20 metros, a descer, mas
o putt importante foi o segundo, também a descer, de uns 3 metros – saiu
ao meio do buraco e quando bati na bola sabia que o tinha metido.
«No 18 dei um bom shot de saída, o segundo estava no meio
de um monte, não era fácil, dei um shot aceitável, depois dei um putt em
que pensava que a bola iria aguentar e não cairia para lado nenhum, mas
caiu para o lado direito e falhei. Depois meti um bom putt de 1 metro
para acabar.
«O putt do 15 (ficou a um dedo de entrar) foi um putt de
cerca de 15 metros (para birdie). Pensava que a bola iria ficar curta,
por isso quando a bola ia a meio disse para a bola andar, mas chegou ao
buraco e mesmo no fim caiu do nada para o lado direito e não entrou. Era
o putt que supostamente iria dar-me a liderança empatado com o Hanson.
«Nos primeiros nove buracos tive putts muito perto do
buraco. Nos primeiros seis ou sete buracos tive 6 putts de 3 metros para
dentro para birdie. Estava a colocar bem a bola perto do buraco e estava
a dar bons putts, só que não estava a ver bem as linhas. Mas sabia que
se continuasse a jogar assim os putts iriam acabar por cair e foi o que
aconteceu.
Sem dúvida que ajudou-me muito o trabalho que fiz na
semana passada no Dubai. Tive uma aula de SAM PuttLab, uma máquina que
tira várias referências no putt e descobri uma coisa na minha há postura
que estava a provocar-me um mau stroke (batida de bola). Estive a
trabalhar nisso na semana passada e isso deu hoje os seus frutos porque
“patei” bem, senti que o rolar de bola foi muito mais natural e meti
bons putts importantes para que o ritmo de jogo continuasse bom».
NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA DIRIGIDA PELO CHALLENGE TOUR
«Estou a visar o topo da classificação. O meu objectivo é
ganhar o evento. Hoje olhei várias vezes para o leaderboard para saber
onde estava e quis manter-me perto da liderança.
«Estou bastante entusiasmado. Vai ser uma batalha até ao
fim. O Sebastien (Gros) jogou bem hoje e é provável que tudo vá
resumir-se ao último putt do último buraco.
«Senti que a pancada que falhei no 17 deveu-se ao suar
das mãos. Se não prestamos atenção a esses detalhes pode ser traiçoeiro.
Mas é o mesmo para todos e eu até gosto destas condições de jogo,
sobretudo sem vento, mas prevejo que vá haver mais vento nos próximos
dias.
«Esta confiança começou no ano passado quando ganhei em
Roma e depois continuei a jogar bem durante o resto da época. Claro que
ajudou ter começado bem esta época. Foram essas exibições que criaram as
fundações dessa confiança e que levam á consistência que tenho vivido
este ano.
«É um grande palco para este torneio. Acho que foi uma
boa decisão do Challenge Tour ter vindo para aqui. Estamos todos
contentes de estar aqui para o último torneio.
«Aqui é preciso bater bem a bola do tee e meter alguns
putts, mas isso é o mesmo em todos os campos. Há alguns buracos que
exigem atenção nos greens e hoje achei que as posições das bandeiras
estavam bem complicadas para uma primeira volta. É preciso ter-se a
certeza de qual é o lado certo do buraco e também ter-se cuidado em não
ser-se demasiado agressivo porque pode-se pagar o preço por isso. Esses
detalhes podem levar a uma boa volta.
«Tenho estado nas selecções nacionais desde os meus 11
anos, pelo que a FPG ajudou-me imenso até tornar-me profissional. Nessa
altura houve uma quebra e eu tive de confiar no meu pai, que me ajudou
imenso no início.
«Mas as coisas estão a mudar em Portugal o que é bom. Há
um novo projecto chamado Team Portugal que ajuda a transição do golfe
amador para o profissional. Eu não tive a sorte de beneficiar dessa
ajuda mas, por outro lado, tive o meu pai comigo. No início isso foi
muito bom porque retirou-me muita da pressão de ter de fazer dinheiro
imediatamente.
«Desde que comecei a jogar golfe que sou uma pessoa
determinada. Trabalho bem duro em todos os aspectos. O ano passado e
este ano são o reflexo de todo o trabalho que tenho levado a cabo neste
desporto. É bom ver este ano o resultado de todo esse esforço».
Press-Release
F.P.G:
4 de Novembro 2015
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