Previa-se que mais tarde ou mais cedo fosse superar essa
marca e o 2º lugar alcançado Domingo no Rolex Trophy, em Genebra,
permitiu-lhe subir do 138º que ocupava para o 119º posto, estando muito
perto de tornar-se no primeiro português a entrar no simbólico top-100
mundial.
«É uma sensação ótima, mas, como já disse antes, nunca
foi um objetivo meu ser o melhor classificado de sempre em Portugal. O
meu objetivo foi sempre ser n.º1 do ranking mundial», disse “Melinho” ao
site oficial do Challenge Tour, acrescentando que, a médio prazo, será
mais importante «entrar no top-50 o mais rapidamente possível, para
poder jogar nos melhores torneios do Mundo».
Os 50 primeiros do ranking mundial acedem diretamente aos
quatro Majors e aos quatro torneios do World Golf Championships, para
além de poderem escolher em que circuito competem, optando, normalmente,
pelo PGA Tour, na América do Norte.
No Challenge Tour, a segunda divisão do golfe europeu,
onde joga desde que passou a profissional há um ano, é praticamente
impossível conseguir amealhar pontos para se entrar no top-50, mas o
jogador do Portugal Golf Team já tem assegurada a subida ao European
Tour, a primeira divisão europeia, em 2016, fruto dos seus excelentes
resultados este ano: sagrou-se campeão na Alemanha, foi 2º classificado
na Suíça, na Eslováquia e em Espanha, 3º na Irlanda do Norte e ainda
obteve mais quatro top-10.
São estes resultados que lhe permitem liderar a Corrida
para Omã e que o levaram a indicar «um novo objetivo até ao final da
época, o de ser n.º1 de 2015 do Challenge Tour, algo nunca alcançado por
um português».
Com efeito, Filipe Lima foi o n.º2 no Ranking do
Challenge Tour em 2009, enquanto o melhor de Ricardo Santos foi fechar a
temporada de 2011 como 4º classificado nesta tabela que agora tem o nome
oficial de “Race to Oman”.
«O Ricardo Santos foi, obviamente, uma boa inspiração
para mim, porque cresci a jogar no mesmo clube do que ele – Clube de
Golfe de Vilamoura – e foi ótimo assistir às suas vitórias», admitiu
Ricardo Melo Gouveia, referindo-se ao homónimo de 32 anos, que em 2012
venceu um torneio do European Tour (Madeira Islands Open BPI) e no
início da época de 2013 se tornou no único português a entrar no top-10
da Corrida para o Dubai, o ranking do European Tour.Mas Ricardo Melo
Gouveia diz que quando ainda era amador – e ele venceu o Campeonato
Nacional Amador em 2009 – idolatrava o amigo Pedro Figueiredo, da mesma
idade: «Pedro Figueiredo foi, na realidade, a minha inspiração quando
crescia, porque ele teve os melhores resultados de sempre de um
português a nível amador».
Agora é o profissional do Guardian Bom Sucesso Golf quem
espera tornar-se «na inspiração de outros», até porque «a nacionalidade
não tem qualquer importância nisto»: «Nunca pensei que por ser português
não teria as mesmas hipóteses dos outros para tornar-me num jogador do
topo. Somos todos seres humanos e há que trabalhar para atingirmos os
nossos objetivos pessoais. O meu é ser um dia n.º1 mundial».
Uma consequência da sua subida no ranking mundial é a
consolidação no top-60 do ranking olímpico, que acede diretamente aos
Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Ora com o 2º lugar em Genebra
e a subida ao 119º posto mundial, Ricardo Melo Gouveia melhorou a sua
cotação no ranking olímpico de 41º para 38º esta semana.
«Tenho muito orgulho em ser português – afiançou – e
adoro este país. Irei fazer tudo o que puder para representá-lo bem,
seria uma grande honra representar Portugal nos Jogos Olímpicos e, neste
momento, estou dentro da qualificação».
Press-Release
FPG
25 de Agosto 2015
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