Em 2015 a competição superou todas as
expectativas de crescimento, não só nos torneios de qualificação mas
também na Final, ao duplicar o número de participantes e de clubes
envolvidos, para além de, pela primeira vez, haver um clube espanhol na
Final.
É neste contexto que o triunfo de
Francisco Martins da Silva merece ser valorizado, numa competição que,
como salientou o promotor José Carmona Santos, «é disputada em stroke
play, com as bandeiras a serem colocadas em locais mais difíceis no
segundo dia».
O jogador do Clube de Golfe Médico (que
também é sócio do Paço do Lumiar), de handicap 19,7 EGA, assumiu logo o
comando da prova aos 18 buracos, com uma volta de 61 pancadas (o torneio
foi disputado em medal net), dispondo de uma vantagem de 9 sobre o 2º
classificado, António Mendes, do Montado.
«No primeiro dia receava que houvesse
muito equilíbrio, mas quando vi que ia para a segunda volta com uma boa
vantagem, procurei fazer mais pares, não arriscar tanto e segurar o
resultado», disse o jovem de 14 anos.
Numa segunda volta «com colocação de
bandeiras muito mais difíceis», ficou «bastante satisfeito» com o
resultado de 71 que lhe deu um agregado de 132, superando António Mendes
(70+76) por 14 ‘shots’!
«Gostei muito do convívio com os outros
golfistas, do campo que tem vistas muito bonitas e de visitar a ilha de
São Miguel», declarou Francisco, obviamente «muito contente pelo segundo
título». Os dois torneios que ganhou estão ligados ao Troféu Açores by
SATA e não admira que assegure que para o ano quer «voltar a jogar as
qualificações para estar de novo na Final».
Francisco Martins da Silva é um jovem
estudante do 9º ano de escolaridade que, «com dificuldade», consegue
«conciliar os estudos com o treino de golfe, duas vezes por semana, no
Paço do Lumiar, com os treinadores profissionais Vítor Silva e Emanuel
Heitor». O pai, José Carlos, médico, viveu com orgulho a vitória do
filho porque «ele treina muito e foi uma compensação, uma motivação».
Quando Francisco participou no torneio de
Praia d’El Rey da Ordem de Mérito do Clube de Golfe Médico «não esperava
o prémio de apuramento para os Açores». «Jogo golfe desde os 8 ou 9 anos
e foi a minha primeira vitória em torneios – disse –, somei 41 pontos
stableford net e não estava nada à espera».
Em casa, não foi difícil decidir se iria
ou não aproveitar o aliciante prémio de jogar o 2º Troféu Açores
by SATA: «Conversei com a família e já que
estava apurado, não queríamos deixar de ir».
O regulamento prevê que o campeão da fase
de qualificação possa convidar o segundo jogador com o qual deseja jogar
o Troféu Ibérico de Clubes, uma referência ao antigo regulamento da Taça
do Mundo de profissionais, tão do agrado de António Carmona Santos, o
fundador deste torneio.
Uma vez mais, a decisão de eleger um
segundo jogador foi fácil: «O meu pai, porque é o sócio do Clube de
Golfe Médico mais próximo de mim, porque foi ele quem me introduziu no
golfe, porque é ele quem perde tanto tempo a levar-me aos treinos e aos
torneios».
A Final do Troféu Açores só pode ser
jogada pelos vencedores das fases de qualificação disputadas ao longo do
ano, pelo que Francisco Martins da Silva foi o melhor entre os 20
finalistas, mas, na realidade, estiveram 40 jogadores em campo, uma vez
que o Troféu Ibérico de Clubes – a prova paralela que atribui a Taça
André Jordan – é jogado por equipas de dois jogadores por clube.
Depois de dois anos seguidos de domínio do
Clube de Golfe de Viseu, foi a vez de sagrar-se campeão ibérico de
clubes a Delegação Norte da Associação Nacional de Seniores de Golfe (ANSG),
representada por Alfeu Casimiro Rodrigues e António Marques Pires.
Esta dupla somou 310 pancadas (medal net),
com voltas de 143 e 167, levando a melhor sobre o Clube de Golfe de
Belas, que agregou 317 (150+167).
Foi uma grande recuperação de David Gaspar
e José Leandro, que aos 18 buracos estavam apenas no 4º lugar, mas que
na segunda ronda ultrapassaram o CampoReal e o Lisbon Sports Club,
respetivamente 2º e 3º no final do dia inaugural.
Na classificação final, o 3º posto foi
ocupado pela Delegação do Centro da ANSG, de Aníbal Graça e José Joaquim
Santos, com 318 (163+155).
A ANSG colocou, deste modo, duas equipas
entre as três primeiras, deixando particularmente alegre o presidente do
clube, António Rebelo: «Que grande notícia! Congratulamo-nos todos com a
vitória da nossa equipa da Delegação Norte. É um resultado muito bom».
Foi em 2005, para comemorar a vinda da
World Cup/Taça do Mundo de profissionais a Portugal, que se realizou a
primeira edição do Troféu Ibérico, vencendo o Alto Golf. Em 2013 o
Troféu Ibérico foi completamente dominado pelo Clube de Golfe de Viseu,
que revalidou o título em 2014. A ANSG-Delegação Norte é o novo detentor
da Taça André Jordan.
António Rebelo compreende a valia do
evento: «Apoiamos a iniciativa do Club de Golf Ibérico como pode ver-se
pela aposta de levarmos quatro equipas aos Açores. É uma competição bem
organizada que está a ter cada vez mais sucesso».
A mesma noção tem a diretora da Azores
Golf Islands e do Batalha Golf Course, Pilar de Melo Antunes, que tem
vivido a competição desde a primeira hora: «Foram dois dias de sol que
vieram de encomenda. O ambiente de competição foi ótimo, tivemos o dobro
dos jogadores do ano passado e todos estavam radiantes, mesmo tendo
competido em stroke play, que é mais difícil».
A aposta das entidades públicas e privadas
nesta competição dupla (Troféu Açores by SATA e Troféu Ibérico de
Clubes) tem vindo a ser devidamente compensada, na opinião de Pilar de
Melo Antunes: «É uma prova interessantíssima, sobretudo a nível
promocional, sem ter custos elevados, dadas fases qualificativas serem
torneios das ordens de mérito dos clubes ou dos campos, proporcionando
um bom retorno ao longo do ano. A Final é uma festa».
Um aspeto que não passou despercebido à
diretora da Azores Golf Islands foi «a presença, pela primeira vez, de
um clube espanhol (Norba Golf, de Cáceres)».
José Manuel Villanueva Ollero, o assessor
comercial do Norba Club de Golf, em Cáceres não tem dúvidas de que é uma
parceria para se manter: «Já falei com os jogadores que foram aos Açores
jogar a Final e foi uma experiência muito gratificante. Já no passado
tínhamos participado em provas do Circuito Ibérico e tínhamos ficado
encantados. É claro que para o ano o Norba Club de Golf está de novo
interessado em participar nesta iniciativa. Como eu costumo dizer, é
também uma questão de irmanar-nos, entre campos e entre países. O
desporto serve também para isso porque as pessoas adoram desporto».
José Manuel Villanueva Ollero explicou
ainda que o Troféu Açores acabou por ser bastante divulgado ao longo do
ano e anão apenas numa semana: «Este ano o que fizemos foi consagrar um
campeão de scrach do clube. Portanto, optámos por não ter apenas um
torneio qualificativo para a Final dos Açores. Foi um campeonato e o
prémio foi o patrocínio do passe para a Final nos Açores. Esse
campeonato consistiu em várias provas em diversos clubes, com uma
acumulação de pontos. Há, portanto, uma continuidade. Fizemos em campos
em Portugal e campos em Espanha e é verdade que tivemos muita
participação e posso até dizer que tivemos mais jogadores portugueses a
competir nas provas em Espanha do que espanhóis nos torneios em
Portugal. Nas etapas que fizemos em Espanha, os espanhóis ficaram
encantados».
Para 2016, a organização já está a pensar
em continuar a internacionalização do evento, alargando-o a mercados
importantíssimos para a Região Autónoma, designadamente na América do
Norte, onde há vastas comunidades portuguesas oriundas dos Açores.
«Já estamos a trabalhar para no próximo
ano termos clubes do Canadá e dos Estados Unidos. E se digo estamos é
porque há uma sintonia com o promotor Stream Plan. Este ano tivemos uma
novidade, do José Carmona Santos ter assumido a passagem do testemunho
na organização do evento. Tem sido um prazer trabalhar com ele e só
posso dizer que não desapontou – saiu ao pai», frisou Pilar de Melo
Antunes, numa simpática referência ao fundador do torneio, António
Carmona Santos, que se mantém como consultor.
O novo promotor saiu de São Miguel com a
noção do dever cumprido. «Com a Final, a 2ª edição do Troféu Açores by
SATA cumpre uma boa parte dos objetivos a que se propõe: Consolidar o
número de provas em Portugal e Espanha, comunicar mais com os clubes e
sócios participantes, lançar as bases de um troféu internacional,
comunicar os Açores enquanto destino de eleição e divulgar os destinos
servidos pela SATA.
«Fomos a 22 provas preliminares promovendo
o troféu e os produtos regionais, onde tivemos cerca de 1400
participantes. Na Final estiveram jogadores de 95% dos clubes
participantes. A evolução do Troféu foi um sucesso e contamos ter uma
edição 2016 mais internacional, mais participada e mais disputada.
Gostava, por fim, de felicitar a ATA e a SATA pelo apoio e entusiasmo
que veem demonstrando pelo evento, felicitando os vencedores individual
e de Clubes com a atribuição da Taça André Jordan».
A Stream Plan e o Governo Regional dos
Açores estão em perfeita sintonia na necessidade de promover a Região
Autónoma como um destino turístico de golfe, nacional e
internacionalmente, como se depreende da apreciação global de Vítor
Fraga, o secretário Regional de Turismo e Transportes: «É sempre, com
renovada satisfação, que olhamos para a realização, na Região, de
eventos como este que, associados à nossa identidade ambiental,
acrescentam valor ao destino Açores, pela oportunidade que nos dão para
divulgarmos internacionalmente o Arquipélago e promovermos aquilo que de
melhor temos para oferecer. Desta forma, torna-se possível conquistar
maior notoriedade que, por sua vez, permite potenciar a captação de
fluxos turísticos. Por isso, o Governo dos Açores tem estado e
continuará a estar disponível para apoiar os seus promotores, e neste
caso específico, o Clube de Golfe Ibérico e a Stream Plan, a quem
gostaria de agradecer o trabalho desenvolvido ao longo destes anos, em
prol do golfe açoriano e o seu empenho em levar mais longe o nome dos
Açores».
O evento tem o alto patrocínio da
Associação de Turismo dos Açores (ATA) e da SATA. O promotor é a Stream
Plan, empresa que encerra nos seus quadros e em parcerias diretas uma
vasta equipa com grande experiencia na organização de eventos
desportivos (Volta a Portugal em Bicicleta, Volvo Ocean Race, Rali
Dakar, Campeonatos do Mundo de Vela, Troféu de Portugal TP52, Lisbon
Grand Prix Offshore, WCT Figueira Pro, etc.).
Em golfe, alguns dos seus elementos foram
responsáveis ou colaboraram, para além das edições do Açores Ladies Open,
na realização de mais de 30 eventos de golfe do European Tour, incluindo
o Open de Portugal, Estoril Open de golfe, Madeira Islands Open e Brasil
Open, e ainda inúmeros eventos do European Challenge Tour, Ladies
European Tour e European Seniors Tour.
A organização do evento está ainda a cabo
da Azores Golf Islands / Ilhas de Valor. O 2º Troféu Açores by SATA 2015
contou ainda com os apoios da Vinhos de Portugal, Panazorica, Fonte Viva
e do Vip Executive Azores Hotel.”
Press-Release
Strem Plan
15 de Outubro 2015
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