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Solverde Campeonato Nacional
PGA
RICARDO SANTOS DESFORRA-SE DE CRUZ
E SOMA SEGUNDO TÍTULO
Ricardo Santos conquistou hoje (sexta-feira) o seu segundo título de
campeão nacional, repetindo o sucesso de 2011 em Ribagolfe, e pode
orgulhar-se de ter saído sempre vencedor nas duas edições da prova
que melhores listas de inscritos apresentaram.
O algarvio de 34
anos derrotou no primeiro buraco de play-off o seu amigo e rival,
Tiago Cruz, da mesma idade, desforrando-se da “morte súbita” com que
tinha perdido o título, frente a este mesmo adversário, em 2014, em
Lagos.
O Solverde
Campeonato Nacional PGA foi sancionado pela Federação Portuguesa de
Golfe e foi organizado pela PGA de Portugal pelo segundo ano seguido
no Oporto Golf Club, em Espinho, distribuindo 12.800 euros em
prémios monetários. Amanhã (sábado), joga-se o Mateus Rosé Pro-Am, a
partir das 9h00, e ao início da tarde realizar-se-á a cerimónia de
entrega de prémios dos quatro torneios deste Solverde Campeonato
Nacional PGA.
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Hoje, para além de Ricardo Santos, foram hoje ainda coroados dois
outros campeões nacionais: Susana Ribeiro e Joaquim Sequeira
revalidaram os títulos feminino e de seniores, mas é imperativo
salientar que a melhor jogadora do torneio foi Leonor Bessa.
Simplesmente, por ser ainda amadora, não pode deter o estatuto de
campeã de profissionais.
Os três torneios em disputa foram renhidos até ao fim e só se
decidiram pelas margens mínimas.
Torneios feminino e de seniores
Equilíbrio de forças se não se contar com Leonor Bessa, que
claramente arrasou a concorrência. A bicampeã nacional de sub-18
somou 148 pancadas, 6 acima do Par, após voltas de 73 e 75, e deixou
Susana Ribeiro (79+79) a 10 pancadas de distância e Mónia Bernardo
(75+84) a 11.
No entanto, como o título e o estatuto de campeã nacional foi
decidido entre Susana Ribeiro e Mónia Bernardo, e houve apenas 1
pancada a separá-las. Este Campeonato Nacional feminino ficou
marcado pela intoxicação alimentar da agora bicampeã nacional na
madrugada de quarta-feira, que a limitou de sobremaneira.
Entre os seniores, foi também 1 pancada a dar o terceiro título a
Joaquim Sequeira, o treinador do Clube de Golfe de Vilamoura, que
totalizou 158 pancadas (80+78), 16 acima do Par, vergando o líder da
primeira volta, Elídio Costa (79+80). Sequeira foi campeão nacional
de seniores em 2013, 2015 e 2016.
Torneio masculino cheio de emoção
Mas se os títulos feminino e de seniores foram atribuídos por 1
escassa pancada, o do torneio masculino nem isso, uma vez que
Ricardo Santos e Tiago Cruz terminaram os 54 buracos regulamentares
empatados com 206 pancadas, 7 abaixo do Par, Santos com voltas de
70, 69 e 70, e Cruz com cartões de 64, 73 e 69.
A luta foi tanta que quando Cruz fez 1 birdie no buraco 16, depois
de um monumental putt de 9 metros, havia quatro jogadores empatados
no topo da classificação: Ricardo e Hugo Santos, Filipe Lima e Tiago
Cruz!
Para incendiar ainda mais as algumas centenas de espectadores que se
deslocaram ao Oporto Golf Club, Cruz fez birdie no 18 pelo terceiro
dia seguido e passou para 7 abaixo do Par.
Entretanto, Ricardo Santos tinha feito 1 birdie no 16 (Par-3),
depois de uma saída fenomenal, quase um hole-in-one.
Portanto, quando o último grupo chegou ao último buraco, Ricardo
Santos estava empatado com Tiago Cruz (este já terminara a prova),
enquanto Filipe Lima e Hugo Santos tinham um atraso de 2 e 3 shots,
respetivamente.
A ansiedade instalou-se quando os dois irmãos Santos colocaram as
suas segundas pancadas na regueira antes do green. Ricardo chegou
mesmo a desequilibrar-se e a cair dentro de água, mas o seu lendário
jogo curto veio ao de cima e ainda conseguiu safar o Par, para
empatar com Cruz em -7.
Hugo Santos também saiu lindamente da regueira, mas o birdie foi
insuficiente. Filipe Lima ainda teve um putt de 10 metros para eagle
e para ir play-off, mas fez 3 putts.
O português residente em França assinou cartões de 68, 68 e 72 e
teve de contentar-se com a partilha do 3º lugar com Hugo Santos
(66+69+73) e Tiago Rodrigues (71+67+70), este a estrear-se da melhor
maneira com o seu novo estatuto de golfista profissional.
Tal como em 2014, então no Onyria Palmares Becah & Golf Resort, no
Algarve, também hoje foi preciso Ricardo Santos e Tiago Cruz
decidirem o título no play-off. Em Lagos ganhou Cruz. Foi o primeiro
dos seus dois títulos seguidos de campeão nacional.
Este play-off foi marcado para o buraco 17 (Par-4), ambos tiveram
boas saídas e colocaram a bola no green em duas pancadas, mas Cruz
ficou mais longe, foi o primeiro a “patar” e não meteu.
Santos estava a uns 5 metros, percebeu-se o seu esforço de
concentração, por duas vezes fez a rotina de putt e converteu o
birdie da vitória. Irónico, tendo em conta que foi do putt de que se
queixou mais no final do primeiro dia.
A celebração e o sorriso não enganaram. Pode ser o golfista
português com o melhor currículo desportivo de sempre, a sua
prioridade é seguramente o regresso ao European Tour, mas há algo de
mítico em ser de novo campeão nacional.
Declarações dos protagonistas
Ricardo Santos: «Este título calhou num momento especial e
importante porque vêm aí os torneios do Challenge Tour mais
importantes da época. Da primeira vez que fui campeão nacional, em
2011,foi exatamente quando ganhei o cartão para o Circuito Europeu e
pode ser que seja um bom presságio. Espero que, depois de ganhar
este Campeonato Nacional, possa recuperar também o cartão para o
European Tour para o próximo ano 2017».
Leonor Bessa: «Hoje fiz 36 putts, o que não foi, de todo, bom, mas
fiquei no 1º lugar, era um objetivo e saio satisfeita. Acho que
todas as atletas (amadoras) que já estão num bom nível deveriam
aderir e jogar nestes torneios (profissionais) porque aprende-se
bastante».
Susana Ribeiro: «a Leonor venceu, mas o título fica para as
profissionais. Foi muito sofrido, não estou nas melhores condições
físicas, estive no hospital, quase não vim jogar. Felizmente vim».
Joaquim Sequeira: «Acho que qualquer um poderia ter ganho, fui eu,
de certa forma foi-me oferecido pelo Elídio, pois acho que eu não
merecia ganhar, até porque vim com uma lesão no quadril, mas acho
que joguei muito mal este Campeonato Nacional. Até bati bem, mas
“chipei” e “patei” muito mal. Talvez eu tenha sabido gerir melhor a
pressão do que eles».
Press-Release FPG 24 de Setembro 2016
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