53º Campeonato Nacional de Clubes Solverde

VILAMOURA PERSEGUE PENTACAMPEONATO

São 16 as equipas que a partir de hoje (quinta-feira) começam a competir na prova masculina do Campeonato Nacional de Clubes Solverde (que atribui a Taça Visconde de Pereira Machado), no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela. 

As atenções estão centradas no Clube de Golfe de Vilamoura, que procura o seu quinto triunfo consecutivo, algo de inédito nesta competição que remonta a 1964.  

Será a terceira vez que Vilamoura tenta o “penta”. Em 1994, numa edição jogada no Estela Golf Club, ganhou o Club de Golf de Miramar. Em 2004 ganharam os madeirenses do Clube de Golfe do Santo da Serra a jogar em casa. 

O Club de Golf do Estoril também já teve a sua chance, em 1968, na quinta edição do torneio, mas perdeu para Miramar. 

Se Vilamoura vencer no domingo, passa a ser o clube mais vezes campeão nacional - está neste momento empatado com o Estoril, ambos com 16 títulos. 

Em comum a todos estes “dream teams” de Vilamoura está o histórico treinador Joaquim Sequeira, que até já levou o clube ao título de campeão da Europa em 2013, no Aroeira-1. Terá agora, finalmente, equipa para alcançar o “penta”?  

«É discutível», responde o treinador e atual campeão nacional de seniores. «No ano passado não tinha e ganhei. Portanto, as minhas previsões são iguais às do ano passado: deixar andar. Depende do que os outros clubes facilitarem ou não. Se eles me facilitarem a vida, como me facilitaram o ano passado, é lógico que posso ganhar». 

Nos últimos quatro títulos de Vilamoura, houve três jogadores que estiveram sempre presentes: Romeu Gonçalves, Vítor Lopes e Nathan Brader. Estes voltam agora a “picar o ponto”, juntamente com Tomás Melo Gouveia (irmão mais novo de Ricardo, o n.º1 do golfe português) e os estreantes Ricardo Freire Costa e André Sancho. Gonçalo Teodoro, de 14 anos, fazia parte da equipa em 2015, no Morgado do Reguengo, mas lesionou-se no último fim de semana e será o sétimo jogador, o suplente. Jorge Batista, como habitualmente, é o capitão.  

Entre as 16 equipas, há algumas com nomes fortes, mas Joaquim Sequeira considera que vai ser «a mesma história de sempre»: «A “Guerra” direta será com Oporto e Miramar. Considero o Oporto a equipa mais forte – mas Miramar pode intrometer-se. Quanto ao Estoril, o Tomás Silva sozinho não ganha.” 

Eduardo Maganinho, o treinador do Oporto, clube que ganhou pela última vez em 2010 e que foi vice-campeão em 2013 e 2015, revela as suas ambições: «São as mesmas de sempre – sempre que entramos, somos candidatos a vencer a prova, é com esse esprito que vimos cá jogar. Este ano há quatro equipas muito equilibradas, mais fortes do que as outras, mas não queria estar a referir quais».  

O histórico treinador do Oporto considera ainda que a presente equipa é «ligeiramente mais forte do que a do ano passado», com os seus dois “wild cards”, Manuel Violas Jr. e Thomas Perkins, mais os cinco que se apuraram através do ranking criado para o efeito pelo próprio clube: o seu filho João Pedro Maganinho, Vasco Alves, Tiago Rodrigues, Afonso Girão e Henrique Barros, este o suplente.  

Nelson Ribeiro, treinador de G Miramar, que não vence desde 1994 mas foi vice-campeão em 2014 com uma nova geração de jovens, na qual se destacam o novo campeão nacional absolute amador Pedro Lencart, o campeão nacional de sub-16 João Maria Pontes e o internacional Tomás Bessa, é mais cauteloso, diz que o objetivo é chegar novamente à final. «Depois logo se vê quem teremos pela frente», refere. 

Destaque para o regresso do Clube de Golfe de Troia, campeão em 2011 na Estela, que conta com quatro antigos campeões nacionais amadores – Nuno Brito e Cunha, Ricardo Oliveira, Sean Côrte-Real e Ricardo Soares, além de Nuno Costa Campo, Miguel Lourenço e Jorge Abreu.  

Destaque ainda para o Lisbon Sports Club, que não ganha desde o tricampeonato de de 1987-88-89, com quatro jogadores de grande craveira – o internacional português Gonçalo Costa, o antigo campeão nacional amador José Maria Cazal-Ribeiro, Tiago Tavares (um dos melhores golfistas açorianos de sempre) e Luís Costa Macedo, o diretor do Centro Nacional de Formação de Golfe do Jamor. 

O Santo da Serra traz dois jogadores que já representaram a seleção nacional no Troféu Eisenhower (Campeonato do Mundo para amadores) – João Umbelino e Nuno Henriques, que depois de uma carreira de jogador profissional não muito bem sucedida voltou a ostentar o estatuto amador. Mas tem também Carlos Laranja, jogador da seleção nacional de sub-18 e atualmente o melhor madeirense.  

A prova realiza-se com uma volta de “stroke” (por pancadas) play e no final da mesma entra-se no match play (confrontos diretos), com as oito primeiras equipas a ficarem no 1.º Flight (grupo) que decide o título de equipa campeã nacional, e as restantes no 2.º 

Além das equipas mencionadas, participam ainda o Clube de Golfe de Belas, O Clube de Campo da Aroeira, o Montado (a jogar em casa), Juvegolfe (também a jogar em casa), Oeiras Golf, ACP Golfe e Quinta do Peru Golf & Country Club com duas equipas (A e B).  

Na prova feminina (que atribui a Taça Nini Guedes Queiroz) há apenas três equipas e Miramar vai tentar vencer pela terceira vez consecutiva, tendo a concorrência da Quinta do Peru e do Lisbon. 

Neste caso, jogam-se duas voltas de “stroke play”. A formação vencedora passa diretamente para a final de domingo, as restantes duas defrontam-se no sábado para decidir quem vai ao duelo decisivo.

Press-Release
Gab. Imprensa F.P.G.
31 de Agosto 2016

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Revised: 29-11-2016 .