Será a
terceira vez que Vilamoura tenta o “penta”. Em 1994, numa edição jogada
no Estela Golf Club, ganhou o Club de Golf de Miramar. Em 2004 ganharam
os madeirenses do Clube de Golfe do Santo da Serra a jogar em casa.
O Club
de Golf do Estoril também já teve a sua chance, em 1968, na quinta
edição do torneio, mas perdeu para Miramar.
Se
Vilamoura vencer no domingo, passa a ser o clube mais vezes campeão
nacional - está neste momento empatado com o Estoril, ambos com 16
títulos.
Em
comum a todos estes “dream teams” de
Vilamoura está o histórico treinador Joaquim Sequeira, que até já levou
o clube ao título de campeão da Europa em 2013, no Aroeira-1. Terá
agora, finalmente, equipa para alcançar o “penta”?
«É
discutível», responde o treinador e atual campeão nacional de seniores.
«No ano passado não tinha e ganhei. Portanto, as minhas previsões são
iguais às do ano passado: deixar andar. Depende do que os outros clubes
facilitarem ou não. Se eles me facilitarem a vida, como me facilitaram o
ano passado, é lógico que posso ganhar».
Nos
últimos quatro títulos de Vilamoura, houve três jogadores que estiveram
sempre presentes: Romeu Gonçalves, Vítor Lopes e Nathan Brader. Estes
voltam agora a “picar o ponto”, juntamente com Tomás Melo Gouveia (irmão
mais novo de Ricardo, o n.º1 do golfe português) e os estreantes Ricardo
Freire Costa e André Sancho. Gonçalo Teodoro, de 14 anos, fazia parte da
equipa em 2015, no Morgado do Reguengo, mas lesionou-se no último fim de
semana e será o sétimo jogador, o suplente. Jorge Batista, como
habitualmente, é o capitão.
Entre
as 16 equipas, há algumas com nomes fortes, mas Joaquim Sequeira
considera que vai ser «a mesma história de sempre»: «A “Guerra” direta
será com Oporto e Miramar. Considero o Oporto a equipa mais forte – mas
Miramar pode intrometer-se. Quanto ao Estoril, o Tomás Silva sozinho não
ganha.”
Eduardo Maganinho, o treinador do Oporto, clube que ganhou pela última
vez em 2010 e que foi vice-campeão em 2013 e 2015, revela as suas
ambições: «São as mesmas de sempre – sempre que entramos, somos
candidatos a vencer a prova, é com esse esprito que vimos cá jogar. Este
ano há quatro equipas muito equilibradas, mais fortes do que as outras,
mas não queria estar a referir quais».
O
histórico treinador do Oporto considera ainda que a presente equipa é «ligeiramente
mais forte do que a do ano passado», com os seus dois “wild
cards”, Manuel Violas Jr. e Thomas Perkins, mais os cinco que se
apuraram através do ranking criado para o efeito pelo próprio clube: o
seu filho João Pedro Maganinho, Vasco Alves, Tiago Rodrigues, Afonso
Girão e Henrique Barros, este o suplente.
Nelson
Ribeiro, treinador de G Miramar, que não vence desde 1994 mas foi vice-campeão
em 2014 com uma nova geração de jovens, na qual se destacam o novo
campeão nacional absolute amador Pedro Lencart, o campeão nacional de
sub-16 João Maria Pontes e o internacional Tomás Bessa, é mais cauteloso,
diz que o objetivo é chegar novamente à final. «Depois logo se vê quem
teremos pela frente», refere.
Destaque para o regresso do Clube de Golfe de Troia, campeão em 2011 na
Estela, que conta com quatro antigos campeões nacionais amadores – Nuno
Brito e Cunha, Ricardo Oliveira, Sean Côrte-Real e Ricardo Soares, além
de Nuno Costa Campo, Miguel Lourenço e Jorge Abreu.
Destaque ainda para o Lisbon Sports Club, que não ganha desde o
tricampeonato de de 1987-88-89, com quatro jogadores de grande craveira
– o internacional português Gonçalo Costa, o antigo campeão nacional
amador José Maria Cazal-Ribeiro, Tiago Tavares (um dos melhores
golfistas açorianos de sempre) e Luís Costa Macedo, o diretor do Centro
Nacional de Formação de Golfe do Jamor.
O
Santo da Serra traz dois jogadores que já representaram a seleção
nacional no Troféu Eisenhower (Campeonato do Mundo para amadores) – João
Umbelino e Nuno Henriques, que depois de uma carreira de jogador
profissional não muito bem sucedida voltou a ostentar o estatuto amador.
Mas tem também Carlos Laranja, jogador da seleção nacional de sub-18 e
atualmente o melhor madeirense.
A
prova realiza-se com uma volta de “stroke”
(por pancadas) play e no final da mesma entra-se no match
play (confrontos
diretos), com as oito primeiras equipas a ficarem no 1.º Flight (grupo)
que decide o título de equipa campeã nacional, e as restantes no 2.º
Além
das equipas mencionadas, participam ainda o Clube de Golfe de Belas, O
Clube de Campo da Aroeira, o Montado (a jogar em casa), Juvegolfe (também
a jogar em casa), Oeiras Golf, ACP Golfe e Quinta do Peru Golf & Country
Club com duas equipas (A e B).
Na
prova feminina (que atribui a Taça Nini Guedes Queiroz) há apenas três
equipas e Miramar vai tentar vencer pela terceira vez consecutiva, tendo
a concorrência da Quinta do Peru e do Lisbon.
Neste
caso, jogam-se duas voltas de “stroke
play”. A formação vencedora passa diretamente para a final de
domingo, as restantes duas defrontam-se no sábado para decidir quem vai
ao duelo decisivo.
Press-Release
Gab. Imprensa F.P.G.
31 de Agosto 2016
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