Tomás Bessa, que tinha ganho também em 2014, ao lado de
Pedro Lencart, somou um terceiro título seguido, o segundo ao lado de
Renato Ferreira, numa 28ª edição da prova extremamente equilibrada, só
decidida no último buraco.
Renato Ferreira e Tomás Bessa recuperaram de uma
desvantagem de 3 ‘shots’ no último dia e totalizaram 150 pancadas, 6
acima do Par, com voltas de 76 e 74.
Bateram por 1 única pancada João Maria Pontes e Alexandre
Abreu (73+78) e por 5 ‘shots’ as formações de Vítor Silva/João Costa
(77+78) e de Daniel Costa Rodrigues/Pedro Silva (77+78).
Merece destaque a presença de três equipas do Club de
Golf de Miramar nas quatro primeiras posições.
David Gray e Finn Kastrup, por seu lado, também averbaram
(como Bessa) um terceiro título na competição, o segundo seguido, o
terceiro em quatro anos (2013, 2015 e 2016), tendo sido desclassificados
em 2014, quando lideravam. Um currículo impressionante, tendo em conta
que esta prova só se realiza há quatro anos.
O britânico e o dinamarquês, ambos do Club de Golf do
Estoril, anularam uma desvantagem de 5 ‘shots’ na segunda volta e
totalizaram 161 pancadas, 17 acima do Par, com cartões de 85 e 76,
superando por 2 pancadas os campeões nacionais de 2014, José e Manuel
Cândido de Oliveira (80+83), do Clube de Golfe do Benfica.
A Federação Portuguesa de Golfe organizou os Campeonatos
Nacionais de Pares com duas voltas de foursomes ao campo n.º2 de
Ribagolfe, do Grupo Orizonte, em Benavente, que se apresentou em muito
bom estado. No último dia o vento desapareceu e o calor apertou
Este foi o segundo ano consecutivo em que não houve
competição feminina e diretor de torneio e diretor-técnico nacional da
FPG, João Coutinho, explicou que foi por pouco: «Havia dois pares
inscritos no Absoluto e outro nos Seniores. O regulamento obriga a um
mínimo de três equipas e contactámos o par sénior, mas não se mostrou
disponível para jogar o Absoluto, pelo que não pudemos realizar ambas as
provas femininas. O principal obstáculo à realização do torneio feminino
são os exames escolares nesta altura do ano, mas há muitas raparigas com
handicap para jogar este torneio que não têm exames e há aquelas antigas
campeãs que já não estudam, trabalham e que poderiam vir mas não vêm».
Antigos e futuros campeões em convívio
O 28º Campeonato Nacional de Pares Absoluto teve várias
curiosidades, a começar pela extrema competitividade. Como salientou
Nelson Ribeiro, treinador de Miramar, «no buraco 10 da segunda volta as
três equipas de Miramar iam empatadas».
Quando se chegou ao último buraco, as duas primeiras
estavam ainda empatadas e João Coutinho confessou que nessa altura a
organização «já tinha tudo preparado para um play-off».
Foi preciso 1 birdie no 18 (apenas o 2º do dia, depois do
conseguido no 16) para Renato Ferreira e Tomás Bessa revalidarem o
título, face ao Par de João Maria Pontes e Alexandre Abreu, que até
lideraram a prova aos 18 buracos.
No último dia, as três formações de Miramar jogaram
juntas no mesmo grupo e foi interessante verificar como, apesar da
competitividade, sentiu-se um forte espírito de equipa entre todos.
«Nós encaramos este torneio como uma boa preparação para
o Campeonato Nacional de Clubes (Solverde)», frisou Nelson Ribeiro.
Foi positivo ver como os jovens de sub-14 que ficaram no
4º lugar (Daniel Costa Rodrigues e Pedro Silva) não se intimidaram com
os bicampeões nacionais de 19 anos, mesmo ficando sistematicamente a
dezenas de metros de distância em todas as saídas, tal como foi
importante constatar a integração perfeita no grupo de João Maria Pontes
(ainda sub-16) e de Alexandre Abreu (de 23 anos) que só passaram a
representar o clube, respetivamente, a meio do ano passado e em
fevereiro último.
Entre as 16 equipas inscritas, hás duas que se destacaram
por motivos diferentes.
João Magalhães e João Pinto Basto atuaram com os pólos e
os sacos da Point University. Estando de férias escolares, os jogadores
do Oporto Golf Club regressaram dos Estados Unidos onde estudam e
competem. Inscreveram-se e valorizaram o torneio.
Apesar de João Magalhães convalescer de uma fratura num
dedo (que às vezes ainda massajou no campo), foram 7º classificados
(80+84), empatados com as mesmas 164 (+20) do par que terminou em 6º,
José Sousa e Melo e o Visconde de Pereira Machado (Nuno Brito e Cunha).
Com voltas de 84 e 80, mostraram que teriam sido os
principais candidatos ao título sénior se o quisessem, mas preferiram
sair das marcas brancas e desafiarem a elite do golfe amador nacional,
terminando acima do meio da tabela. Os presidentes dos clubes de golfe
do Estoril e de Valderrama foram um exemplo para todos.
«Foi uma opção deles, fizeram questão de jogar o Absoluto
– frisou João Coutinho – e o regulamento permite, tendo jogado bem. São
uma boa parceria, poderiam perfeitamente estar a jogar com os netos e
tenho a certeza que apreciaram terem jogado com miúdos tão jovens».
Não é por acaso que são alguns dos melhores golfistas
amadores portugueses de todos os tempos, verdadeiros ídolos de diversas
gerações e José Sousa e Melo até detém o estatuto de ter sido o primeiro
campeão deste torneio, em 1970, ao lado de Duarte Espírito Santo Silva.
«Entre os dois somamos 137 anos e jogámos juntos, pelo
Mundo fora, durante uns 50 anos. De vez em quando gostamos de
encontrar-nos para competir. O jogo não foi brilhante, só nos segundos
nove buracos do segundo dia é que jogamos razoavelmente, mas foi
divertido na mesma», disse ao Gabinete de Imprensa da FPG o Visconde de
Pereira Machado, que reside mais tempo em Espanha e no Reino Unido do
que em Portugal.
Declarações das duplas campeãs
Renato Ferreira: «No ano passado íamos empatados para o
último dia e este ano íamos a 3 dos primeiros. Este ano jogámos pior no
primeiro dia mas também tivemos bons adversários, os nossos colegas de
clube com quem treinamos quase todos os dias. Estes são os únicos
Campeonatos Nacionais que tenho (os de pares), são os títulos mais
prestigiados que tenho no meu palmarés desportivo».
Tomás Bessa: «Queria revalidar o título com o Renato, era
o nosso principal objetivo para este torneio. Já no ano passado a nossa
dupla tinha corrido bem e hoje o segredo foi termos estado presentes nos
momentos do jogo, soubemos gerir as emoções e acho que foi por aí que
ganhámos. As coisas estão a correr-me bem, também tenho treinado mais e
melhor e sabia que era uma questão de tempo até ver os frutos. Os
últimos torneios têm-me corrido bem, quer no Circuito FPG, quer esta
vitória».
David Gray: «Não poderíamos ter terminado melhor o
torneio (chip & putt no último buraco). O meu parceiro foi incrível
naquele chip, ele é que fez tudo, eu só tive de meter a bola no buraco.
Penso que o nosso segredo deve-se a não sermos demasiado conservadores.
A maioria das equipas preocupa-se demasiado com o que pode acontecer se
fizerem isto ou aquilo e aí começam os problemas. Este foi o nosso
título mais difícil. É sempre mais complicado vir de trás.
Finn Kastrup: «76 para terminar é um resultado
fantástico. Acho que hoje só tivemos problemas no 17, mais nada. Nós
jogamos juntos todas as semanas, várias vezes por semana, mas acho que o
que faz de nós bons jogadores de foursomes é não termos medo de cometer
erros. Quando se quer ganhar é preciso correr alguns riscos, às vezes…
principalmente quando se está com 5 pancadas de atraso… como nós íamos.
Resultados completos em fpg.pt
O 28º Campeonato Nacional de Pares Masculinos Absoluto
contou com 16 equipas, mais 3 do que em 2015, e os resultados completos
encontram-se em:
http://scoring-pt.datagolf.pt/scripts/classif_result.asp…
A 4ª edição do Campeonato Nacional de Pares Seniores
contou com 7 equipas, menos 2 do que em 2015, e os resultados completos
encontram-se em:
http://scoring-pt.datagolf.pt/scripts/classif_result.asp…
Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG 20 de Junho 2016
Voltar |