Após 4º lugar no Open Madaef

PEDRO FIGUEIRESO NOVO Nº 3 NACIONAL NO RANKING MUNDIAL

 

Pedro Figueiredo assumiu hoje (segunda-feira), pela primeira vez na sua carreira, o estatuto de nº3 português, uma consequência dos seus recentes bons resultados no Pro Golf Tour, uma das terceiras divisões do golfe profissional europeu.

No novo ranking mundial, hoje publicado, o português de 25 anos surge no 875º posto (na semana passada era o 985º), depois dos 1,2 pontos somados no Open Madaef, em Marrocos, que terminou no fim de semana passado.

   

O jogador do Sport Lisboa e Benfica atinge uma média de 0,13 pontos no ranking mundial, tendo à sua frente Filipe Lima no 360º lugar com uma média de 0,5 pontos, e Ricardo Melo Gouveia, o nº1 português e 181º mundial, com uma média de 0,96 pontos.

Pedro Figueiredo superou no ranking mundial Ricardo Santos, que é agora o 932º classificado, tendo até subido 2 posições em relação à última tabela. Mais para a frente na presente temporada, haverá um interessante duelo entre ambos, quando estiverem a competir no Challenge Tour, a segunda divisão europeia, que só arranca com o Open do Quénia no próximo dia 23 de março.

Note-se que Santos ainda não somou pontos este ano porque tem competido no Algarve Pro Golf Tour, um circuito cada vez mais competitivo, mas que não conta para o ranking mundial. Pelo contrário, “Figgy” já contabilizou 5,2 pontos em 2017, nos três torneios do Pro Golf Tour em que terminou no top-5.

O Open Madaef foi, aliás, o seu segundo top-5 consecutivo e em cinco torneios disputados no Pro Golf Tour de 2017 só dois jogadores alcançaram quatro top-10: o suíço Marco Iten, que se tornou no novo nº1 da Ordem de Mérito de 2017 (com €10.208,83), depois de obter o primeiro título profissional da sua carreira no Open Madaef; e Pedro Figueiredo.

A diferença é que o português residente no Algarve ainda não venceu nenhum torneio, mas foi por duas vezes 2º classificado, razão pela qual manteve esta semana o 2º posto no ranking deste circuito germânico (com €8.154,17).

Esse estatuto de nº2 do Pro Golf Tour esteve seriamente em risco no Open Madaef, de 30 mil euros em prémios monetários, disputado no Pullman El Jadida Royal Golf & Spa.

Pedro Figueiredo chegou a este quinto torneio sem ter ainda feito qualquer volta acima do Par, mas durante os três dias de prova sobreviveu a um duro teste mental, pois só jogou acima do Par.

Aliás, como referiu o press officer do Pro Golf Tour, «o campo foi o vencedor do duelo com os profissionais, pois só quatro (entre 77 participantes) lograram pelo menos uma volta abaixo do Par».

Basta ver que no topo da classificação, Marco Iten e o alemão Maximilian Laier empataram aos 54 buracos, com 220 pancadas… 4 acima do Par! Nenhum jogador bateu o Par do campo no resultado agregado.

Iten venceu no play-off e não escondeu as dificuldades encontradas: «Estes três dias “roubaram-me” imensa energia, sobretudo no aspeto mental. Neste campo é necessário mantermos a calma e a concentração. Só há dois ou três buracos em que temos a certeza de fazer birdie ou Par. De resto, somos punidos com bogey ao mínimo erro».

Para mais, o vento fez-se sentir forte, o que dificultou ainda mais as coisas. Ao Gabinete de Imprensa da FPG, Pedro Figueiredo contou que «o campo adequava-se bem» ao seu «jogo, com fairways estreitos e greens pequenos».

Foi a confiança acumulada nos torneios anteriores e a certeza de poder jogar bem neste campo que fizeram com que nunca entrasse em pânico, mesmo depois de começar o torneio apenas no grupo dos 18º classificados, com 76 pancadas, 4 acima do Par, num dia em que converteu 2 birdies mas sofreu 1 duplo-bogey e 4 bogeys.

No dia seguinte as coisas melhoraram, com 73 (+1), após 3 birdies e 4 bogeys, mas o seu 2º lugar na Ordem de Mérito continuava em risco, pois na classificação do Open Madaef ainda estava fora do top-10, no grupo dos 12º classificados.

«Nos dois primeiros dias não bati especialmente bem na bola, mas aguentei-me bem», admitiu o profissional do Quinta do Peru Golf & Country Club. Esta tem sido a sua principal característica este ano – não comprometer demasiado quando não se sente no seu melhor.

Foi no terceiro dia que protagonizou uma boa recuperação, do 12º para o 4º lugar, depois de outra volta de 73 (+1), com 4 birdies (todos os dias fez mais birdies do que na volta anterior) e 5 bogeys. Foi o segundo melhor resultado da última volta, só superado pelas 70 pancadas (-2) do alemão Niklas Adank.

«Foi o dia que bati melhor e consegui fazer um bom resultado», disse-nos, depois de saber que alcançara um 4º lugar, a apenas 2 pancadas do play-off que decidiu o título: «Foi um torneio bastante positivo».

Para o jogador da Navigator é fundamental colecionar top-5 em torneios do Pro Golf Tour, quer porque só o top-5 é premiado com pontos para o ranking mundial, quer porque assim vai-se mantendo no top-5 da Ordem de Mérito e são esses que no final da época irão receber o cartão para o Challenge Tour de 2018.

O sexto torneio do Pro Golf Tour começa já esta semana, no próximo dia 8 (quarta-feira). Trata-se do Open Royal Golf Anfa Mohammedia, com 30 mil euros em prémios monetários, que, tal como o Open Madaef, também conta para o Atlas Pro Tour, disputando-se nos arredores de Casablanca, no Mohammedia Royal Golf Club.

Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG
6 de Março de 2017

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Revised: 12-03-2017 .