Ana Paula Saúde conquistou o seu quarto
título na prova, repetindo os sucessos de 2012 (no Aroeira-1), 2013
(Troia) e 2015 (Ribagolfe-2), enquanto José Maria Cazal Ribeiro averbou
o seu primeiro sucesso na principal competição portuguesa para maiores
de 30 anos, que foi ainda mais saborosa por, há um ano, no Quinta
do Peru Golf & Country Club, ter sofrido uma derrota difícil de engolir
num play-off.
Os dois torneios, apesar de diferentes –
com o masculino a registar o bom número de 95 participantes e o feminino
a ficar-se pelas 5 concorrentes – tiveram em comum o facto de terem sido
extremamente competitivos, decidindo-se por margens mínimas.
Na prova feminina, Ana Paula Saúde, do
Club de Golf do Estoril, cometeu a proeza de deter ao mesmo tempo os
títulos de campeã nacional de seniores (alcançado em 2016) e de
mid-amateurs (2017), algo que não sucedia deste Graça Medina em 2010,
mas só bateu por 1 única pancada Mafalda Magalhães (Oeiras), a campeã de
2014.
Ana Paula Saúde somou 177 pancadas, 33
acima do Par, entregando cartões de 88 e 89, enquanto Mafalda Magalhães
totalizou 178 (90+88), +34. Entre as cinco jogadoras, ao longo de dois
dias de prova, só houve 3 birdies, todos carimbados na segunda volta: 1
de Ana Basílio dos Santos e 2 de Ana Paula Saúde. Isso fez toda a
diferença.
Se no torneio feminino houve apenas 1
pancada a decidir a campeã, no masculino nem isso, uma vez que José
Maria Cazal Ribeiro e Luís Costa Macedo – que se consideram os dois
melhores amigos e representam ambos o Lisbon Sports Club – chegaram ao
final dos 36 buracos regulamentares empatados com 151 pancadas, 7 acima
do Par! Cazal Ribeiro
protagonizou voltas de 76 e 74, Costa Macedo entregou cartões de 77 e
74, sendo este 74 (+2) o melhor resultado de todo o torneio.
Pelo segundo ano consecutivo foi
necessário recorrer a um play-off e se há um ano, na Quinta do Peru,
Cazal Ribeiro jogou mal a “morte súbita” (1 duplo-bogey) e ganhou Romeu
Gonçalves (4º classificado este ano com +12), desta feita o diretor
comercial da Orizonte Golf desforrou-se e arrumou logo a questão com 1
birdie no buraco 18.
Como bem sublinhou o site especializado
“Golftattoo”, tratou-se da primeira vitória individual em campeonatos
nacionais de Cazal Ribeiro «desde que foi campeão nacional amador
absoluto em 2000, no mesmo ano em que também venceu o outro Major amador
do calendário português, a Taça da FPG/BPI». Pelo meio ficou uma breve
carreira profissional em que chegou a ser nº3 da Ordem de Mérito da PGA
de Portugal, o regresso ao golfe amador, o abraçar de uma nova vida como
diretor do Ribagolfe, ajudando a organizar grandes eventos como a
Primeira Fase da Escola de Qualificação do European Tour e agora como
diretor comercial.
«A satisfação de ganhar este torneio é
comparável a essas vitórias de outros tempos, embora hoje em dia tenha
objetivos de carreira muito diferentes. Mas este era um torneio que eu
queria mesmo ganhar», disse José Maria Cazal Ribeiro, de 40 anos, ao
Gabinete de Imprensa da FPG (declarações mais completas no Facebook da
FPG).
«Esta vitória foi engraçada por eu ser
também a campeã de seniores, mas não joguei bem. Com o meu handicap
deveria ter feito 11 acima do Par, como, aliás, aconteceu na volta de
treino. Ganhei menos por mérito próprio e mais por ausência das
jogadoras daquela geração que agora têm mais de 30 anos e que,
lamentavelmente, não aparece», declarou Ana Paula Saúde, que considerou
o sucesso de 2016 nos seniores mais desafiante «porque estava muito
vento em Miramar e foi difícil dominá-lo».
Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG 3 Abril de 2017 |