Para Vilamoura tratou-se da sétima vez que se apoderou
deste troféu em 15 edições da prova (nos primeiros quatro anos jogou-se
apenas em sub-16), pelo que é o açambarcador histórico, enquanto para
Miramar foi o segundo ano seguido a vencer e são os seus únicos títulos,
depois de ter sido pela primeira vez 2º classificado em 2015. No caso
dos nortenhos é uma nova força que tem vindo a afirmar-se.
No escalão de sub-14 competiram 7 equipas e 30 jogadores,
com Miramar a fazer-se representar com as formações A e B. Merece
destaque a presença de 7 jogadoras, com destaque para o Oporto Golf Club
que contou com 3 meninas numa equipa de 4. É igualmente relevante que
tenha havido equipas de todo o país, incluindo as duas Regiões
Autónomas.
Vilamoura venceu com a vantagem teoricamente confortável
de 14 pancadas, ao totalizar 690, 51 acima do Par, após voltas de 219,
236 e 235. Os algarvios repetiram os sucessos de 2003, 2004, 2005, 2006,
2008 e 2015. No ano passado Vilamoura tinha perdido o título para
Miramar por escassas 2 pancadas.
A equipa treinada pelo histórico Joaquim Sequeira foi
composta pelos jogadores Luca Lopes, Jamie Mann, Tomas Mician e Miguel
Krowicki. O regulamento dita que são aproveitados os três melhores
resultados de cada dia e todos estes quatro jogadores contribuíram para
a vitória final.
Miramar, que no ano passado tinha feito a “dobradinha”,
vencendo os dois escalões etários, contentou-se desta feita com o 2º
lugar, com 704 (236+229+239), +65. Note-se que o 3º posto foi também
para a equipa B de Miramar com 730 (+91)!
Na faixa etária de sub-18 competiram 13 equipas e 54
jogadores, dos quais só 7 do género feminino. Miramar e Oporto
apresentaram dois conjuntos cada um. Também neste caso houve
representantes de todo o Portugal, sem faltarem as duas Regiões
Autónomas.
Miramar revalidou o título, curiosamente também com 14
pancadas de vantagem em relação à equipa da casa, o Oporto Golf Club.
O conjunto de Vila Nova de Gaia totalizou o bom resultado
de 649 pancadas, 10 acima do Par, juntando jornadas de 213, 218 e 218. A
formação de Espinho agregou 663 (219+224+220), +24. O 3º lugar foi para
Vilamoura com 677 (+38).
Os agora bicampeões de Miramar mantiveram a “espinha
dorsal” do ano anterior, com Pedro Lencart, João Maria Pontes e Pedro
Clare Neves a contribuírem todos os dias com os seus resultados. Há um
ano, José Maria Cunha ainda integrava a equipa mas agora já não é sub-18
e o treinador Sérgio Ribeiro optou por colocar Pedro Silva nos primeiro
e terceiro dias, enquanto na segunda jornada apostou em Daniel da Costa
Rodrigues. São dois jogadores ainda muito jovens, que em 2016 foram
campeões nacionais de clubes de sub-14 e este ano já apareceram a rodar
na equipa de sub-18! Aliás, há um ano, Daniel fora o melhor sub-14 da
prova.
Em termos individuais, houve alguns aspetos importantes a
salientar e embora as classificações de “singulares” sejam pouco
importantes numa classificação que se deve valorizar por equipas, deve,
por outro lado, nomear-se que o melhor em sub-14 foi Diogo Mealha, de
Miramar, com 229 (79+72+78), +16, enquanto nos sub-18, pelo segundo ano
seguido, quem mais se destacou foi Pedro Lencart (ainda de 16 anos), com
o bom resultado de 206 (70+69+67), -7. Tal como no ano passado, o
campeão nacional amador foi o único a jogar todos os dias abaixo do Par
– 206 (-13) em 2016.
Em sub-14, Vilamoura colocou todos os seus quatro
jogadores no top-10. Miramar também teve cinco no top-10, mas só três
faziam parte da equipa principal. Poderia pensar-se que uma melhor
distribuição dos jogadores poderia ter permitido a Miramar conseguir uma
equipa mais forte, mas o treinador Sérgio Ribeiro explica que «a
qualificação foi feita mediante a participação em torneios de preparação
e no final os melhores foram para a equipa A e os outros para a B», uma
meritocracia iniciada pelo seu irmão mais novo, Nelson Ribeiro, que
treinava estas equipas antes de assumir este ano o cargo de selecionador
nacional.
Em sub-18 houve uma distribuição de poder muito maior,
com cinco clubes representados no top-10 da classificação individual e
com os três primeiros a irem para clubes distintos: Pedro Lencart
(Miramar), Vasco Alves (Oporto) e Gonçalo Teodoro (Oporto), com uma nota
especial para Vasco Alves que festejou o seu aniversário no primeiro dia
de prova e arrancou dois resultados abaixo do Par em três dias!
Contudo, mesmo entre este equilíbrio, Miramar destacou-se
com cinco jogadores no top-10, uma vez mais com três da formação A e
dois da B.
O nível qualitativo do torneio de sub-18 mede-se também
por a maior parte das equipas ter optado por jovens de 16 ou mais jovens
e, mesmo assim, ter havido dez voltas abaixo do Par, sendo que seis
dessas voltas pertenceram a jogadores de Miramar: Pedro Lencart (3),
João Maria Pontes (1), António Teixeira (1) e Miguel Clare Neves (1).
Vilamoura foi bem representado por Gonçalo Teodoro (2 voltas abaixo do
Par) e o Oporto teve igualmente o seu esteio máximo em Vasco Alves (2).
Joaquim Sequeira (treinador de Vilamoura): «No ano
passado tivemos um percalço e não pude contar com dois dos meus melhores
jogadores. Este ano voltei a não contar com o Francisco Matos Coelho
(campeão nacional de sub-14) mas felizmente ele não foi necessário. A
vitória dos sub-14 foi um objetivo cumprido, pois fomos ao Oporto para
ganhar. No primeiro dia os meus jogadores foram espetaculares e ganharam
logo uma grande vantagem que ninguém esperava. Mas no último dia
começámos mal, eles acusaram um pouco a pressão e ao fim de nove buracos
tínhamos perdido 5 das 10 pancadas que tínhamos de vantagem. Mas apertei
com eles e foram capazes de dar a volta. A minha equipa de sub-18 esteve
desfalcada do campeão nacional do escalão, o George Ounstead, e joguei
com um miúdo de 16 anos e três de 15, mas é uma equipa que daqui a dois
anos pode lutar pelo título».
Sérgio Ribeiro (treinador de Miramar): «Temos muitos
miúdos a jogar e não queríamos deixar os melhores de fora. Por isso
fizemos torneios de apuramento para este campeonato. Claro que todos os
clubes dão o seu melhor nesta prova mas reconheço que Miramar é agora
uma referência e esperamos que continue a sê-lo por muitos mais anos.
Fiquei com pena de não termos conseguido fazer a “dobradinha” como no
ano passado e no último dia ainda acreditei que poderíamos também ganhar
nos sub-14. Mas chamo a atenção que fomos 2º e 3º e temos jogadores
muito jovens, pelo que temos mais uns aninhos para vencer neste escalão.
Já a equipa de sub-18 é formada por jogadores que estão a preparar-se
para jogarem golfe a sério. Não têm um dia de folga há mais de um mês,
tenho puxado muito por eles e antes do torneio começar tinha-lhes dito
que queríamos ser campeões por mérito próprio e não pelos erros dos
outros. Eu sou muito competitivo, o Nelson trabalhou muito bem estes
jogadores do ponto de vista técnico e psicológico e eu estou dar-lhes
noções mais profundas de estratégia. Quero-os também com muita motivação
e garra e acho que eles vão dar muito que falar para a semana no
Campeonato Nacional Absoluto (Amador) Peugeot».
Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG 31 de Março 2017
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