João Carlota totalizou 135 pancadas, 9 abaixo do Par,
após voltas de 66 e 69, ficando a 3 de um trio de britânicos que decidiu
entre si o título num animado play-off.
E foram precisos quatro buracos de morte súbita para que
o inglês Will Enefer (66+66) conseguisse derrotar o seu compatriota
David Dixon (65+67) e o irlandês Cormac Sharvin (65+67).
A história poderia ter sido bem diferente, dado que Tiago
Cruz (65+71) liderava o torneio aos 18 buracos, perseguia um inédito 4º
título no APGT de 2016/2017 e se o tivesse conseguido teria regressado
ao posto de nº1 do Ranking, mas o vice-campeão nacional acabou por
partilhar o 6º lugar com Hugo Santos (67+69), com 136 (-8).
Tomás Silva continua a ser o jogador com mais top-10 esta
época no APGT e conseguiu-o de novo, com 138 (70+68), -6, em 10º,
empatado com mais dois competidores.
Houve mais dois portugueses abaixo do Par: Ricardo Santos
foi 16º empatado (-3), falhando por pouco o top-15 com direito a prémio
monetário, e o amador Vítor Lopes em 20º empatado (-2).
António Sobrinho, João Ramos e Miguel Gaspar empataram em
30º (+1), o amador Tomás Bessa foi 38º empatado (+2), Gonçalo Pinto 41º
empatado (+3), entre um total de 66 participantes.
Voltando a João Carlota, o melhor português deste
torneio, tratou-se do seu oitavo top-10 da temporada no APGT, a segunda
vez que foi 4º classificado e até já tinha sido 3º numa ocasião. No
entanto, há seis torneios que não conseguia ficar entre os dez primeiros
e o algarvio sente que o bom jogo está a regressar:
«Houve alturas (da temporada) em que estava com
alterações no swing, mas cada vez estou mais consistente nessa área e
agora é preciso limar outras áreas do jogo», disse ao Gabinete de
Imprensa da FPG.
O bom trabalho com o treinador Nelson Cavalheiro parece
estar a resultar: «Estou mais consistente do tee ao green, mas o clique
será dado no jogo curto, no pitch e no putt. Quando as coisas pendem
para o meu lado é isso faz a diferença e sinto (nessas alturas) ter jogo
para estar entre os melhores. Ultimamente tenho-me focado no jogo curto,
nos ‘shots’ de 120 metros (e menos) para green, e também no putt»,
acrescentou o antigo nº1 amador português.
João Carlota admite que o ressurgimento do Open de
Portugal @ Morgado Golf Resort foi um fator de motivação extra: «O Open
de Portugal foi sempre aquele torneio… e voltarmos a ter um torneio
dessa envergadura é bom para Portugal. Vai facilitar-nos e vai abrir as
portas aos jogadores portugueses para terem mais competição no Challenge
Tour. Nos próximos três anos, graças ao Open, teremos cada vez mais
jogadores a competir ao mais alto nível».
A presença de tantos portugueses em lugares cimeiros dos
torneios do APGT é um sinal de evolução, porque o circuito está a
fortalecer-se.
«Houve uma formação na Quinta de Cima em que tínhamos
mais de seis milhões de euros de prémios de carreira no tee, com o David
Dixon e o Jarmo Sandelin», congratulou-se José Correia, presidente da
PGA de Portugal, uma das entidades promotoras do APGT, a par do Jamega
Pro Golf Tour britânico.
Note-se que o sueco Jarmo Sandelin, múltiplo campeão de
torneios do European Tour – incluindo o Madeira Islands Open – «recebeu
convites para participar este ano em todos os Senior Majors», como
informou José Correia.
O APGT regressa nos dias 12 e 13, com o 1º Castro Marim
Classic, também de 10 mil euros em prémios monetários.
Press-Release
F.P.G.
13 de Março de 2017
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