«O balanço é muito positivo, porque joguei
muito bom golfe, nunca me senti tão confiante e tão segura do meu jogo»,
disse Leonor Bessa, que alinhou voltas de 73, 74 e 74, superando o
anterior recorde nacional nesta prova, que pertencia a Susana Ribeiro,
com um 15º lugar em 2014. Leonor Bessa, de 18 anos, não pode jogar no
ano passado por lesão e em 2015 tinha sido 28ª com 15 pancadas acima do
Par.
Também Sara Gouveia, a recente vice-campeã
nacional amadora, alcançou um máximo pessoal, ao concluir o torneio no
23º lugar, empatada com a espanhola Maria Serrano Torres, com 233
pancadas, 17 acima do Par.
«Foi muito
positivo, visto que foi apenas a segunda vez que estive a jogar pela
seleção nacional no estrangeiro, o que é sempre diferente. Em
geral, senti-me bem a jogar», declarou a jogadora de 17 anos, que
assinou cartões de 78, 78 e 77 e que, em 2016 tinha falhado o cut no 65º
posto (+23).
A sexta edição do Campeonato Internacional
de España Stroke Play Femenino contou para o ranking mundial amador e
foi disputada por 58 jogadoras.
Só duas conseguiram ficar abaixo do Par,
ambas espanholas: a campeã Elena Arias Quiros com 213 (69+76+68), -3, e
a vice-campeã Blanca Garcia-Poggio, com 214 (71+73+70), -2. Houve apenas
9 voltas abaixo do Par, o que mostra bem da qualidade dos resultados das
portuguesas, sobretudo de Leonor Bessa.
O selecionador nacional, Nélson Ribeiro,
ficou, naturalmente, satisfeito com as classificações das suas
jogadoras:
«O desempenho foi positivo, até porque
chegaram a Espanha com a recordação de que quatro jogadoras portuguesas
tinham falhado o cut no ano passado. A Sara esteve muito bem, dado que
foi apenas a terceira vez que participou num torneio internacional (duas
vezes em Espanha e uma em Portugal). Conseguiu manter o resultado
durante os três dias e passou o cut com uma margem de 10 pancadas.
Demonstrou uma evolução tremenda. A Leonor, mais experiente a nível
internacional, conhecia bem as jogadoras que estavam presentes em campo,
conseguiu também manter o resultado durante os três dias».
Os três protagonistas lusos acreditam,
porém, que há aspetos a melhorar. «Fiz 4 duplos-bogeys que fizeram-me
perder 8 pancadas. Saio descontente porque sei que tive nível esta
semana para ficar em primeiro lugar, mas venho com vontade de treinar e
trabalhar para o próximo», disse Leonor Bessa. «Sinto e sei que estive
bastante aquém em termos de resultados do que poderia ter feito»,
acrescentou Sara Gouveia.
«Numa
visão mais técnica, o desempenho das nossas jogadoras, comparativamente
às líderes, mostra não estivemos bem em situações como um chip à volta
do green; shot do rough com greens rápidos; e a distância do tee, pois
as líderes batem muito mais longe», concluiu Nelson Ribeiro.
Press-Release
F.P.G.
8 de Maio de 2017
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