O inglês Joshua McMahon, de 21 anos, que liderou a prova nos dois dias
anteriores, nunca se tinha visto no comando de um torneio da EGA a 18
buracos do final, admitiu ter ficado algo «excitado, mas não nervoso», e
acabou por fazer a sua pior volta do torneio, em 75 pancadas, para
descer para o 2º lugar, com um agregado de 283 (-5).
O italiano Luca Cianchetti mostrou porque razão é o atual campeão
europeu (amador), fechou com chave de ouro com uma volta final de 68 (na
qual somou 7 birdies e 1 eagle) e saltou para o 3º lugar com 284 (-4).
Cianchetti não voltará a este torneio pois pretende tornar-se
profissional este verão, depois de jogar o British Open.
O melhor português foi, pelo segundo ano seguido, Vítor Lopes, mas com
progressos tanto ao nível da classificação como de resultado, apesar da
lesão no ombro esquerdo. Se em 2016 o jogador da seleção nacional, de 20
anos, partilhou o 24º lugar com Tomás Silva, com 2 pancadas acima do
Par, desta feita fechou a sua quinta participação na prova no grupo dos
21º classificados, com 1 acima do Par, um agregado de 289 (71+71+73+74).
Outro aspeto positivo da sua prestação foi, pela primeira vez, ter feito
duas voltas seguidas abaixo do Par no CIAMP.
Gonçalo Costa (71+73+74+74), de 21 anos, e Vasco Alves (72+73+72+75), de
16 anos, que pela primeira vez tinham passado o cut, empataram no 31º
lugar com 292 (+4).
Três portugueses a passarem o cut foi bastante positivo, sobretudo se
pensarmos que só seguiu em frente o top-40 entre 120 participantes de
nível elevado. E vale a pena recordar que, em 2016, fixou-se um recorde
nacional de quatro presenças lusas na última volta (há entrevistas dos
três portugueses completas disponíveis na FPG-TV).
Num dia de chuva, frio e ainda mais vento, Sami Valimaki foi o mais
forte, apesar de ter começado mal, com 1 duplo-bogey mas, depois disso,
concretizou 7 birdies para 1 único bogey. Valeu a pena ter vindo à
Andaluzia na última semana de janeiro, para jogar um torneio do Gecko
Tour, um circuito satélite de profissionais, vencendo em Málaga um
torneio de 15 mil euros em prémios, num play-off de cinco buracos!
«Fui a Espanha para preparar o Internacional de Portugal, gostei de
vencer lá, mas este torneio é muito mais importante», disse ao Gabinete
de Imprensa da FPG (entrevista completa e discurso na cerimónia de
prémios disponíveis na FPG-TV).
Sami Valimaki, que dedicou o título à sua mãe, venceu o Campeonato
Internacional Juvenil da Finlândia em 2013 e 2014, o Internacional
Juvenil da Bélgica em 2015, foi 10º no Internacional Juvenil de França
em 2016 e no ano passado também arrancou mais dois top-10 em torneios do
calendário da EGA.
Mesmo assim, era apenas o 400º classificado no ranking mundial amador e
a sua vitória foi uma surpresa numa rica lista de inscritos que contou
com sete membros do top-100 mundial, o campeão da Europa e uma estrela
do circuito universitário norte-americano (o galês David Boote, que
terminou empatado em 4º com 3 abaixo do Par).
«Foi um dos melhores ‘fields’ de sempre e isso significa que o CIAMP é
um torneio de cada vez maior relevo no panorama do golfe internacional
amador. É sinal de que os jogadores e as federações que os mandam gostam
desta competição, acreditam na organização da FPG e também nas condições
que este Montado Hotel & Golf Resort apresenta, nomeadamente o hotel, o
campo e as boas infraestruturas de treino. Estão reunidas aqui todas as
condições para que se façam permanentemente competições de grande
sucesso».
Miguel Franco de Sousa foi jogador e capitaneou as seleções nacionais da
FPG. Está, por isso, em boas condições de avaliar a participação
portuguesa, com três de 16 a passarem o cut: «Convenhamos que não foi
uma prestação magnífica da equipa portuguesa. É de saudar a quantidade
alargada de jovens portugueses a participarem nesta competição, é
importante que tenham contacto com esta experiência competitiva. É uma
classificação honrosa do Vítor Lopes. Os resultados, tanto do Gonçalo
Costa como do Vasco Alves, são bons resultados e positivos, mas
certamente não acredito que todos estes jogadores tenham potencial para
repetirmos as vitórias que tivemos em 2008 com o Pedro Figueiredo na
Estela e em 2013 precisamente aqui no Montado. (…) Acredito que temos
jogadores com grande qualidade, os clubes de golfe nacionais têm feito
cada vez mais um bom trabalho no âmbito do desenvolvimento do processo
desportivo dos nossos atletas, os resultados estão à vista e já não
temos resultados como quando só víamos os portugueses no final da tabela
classificativa. Agora, todos os anos temos portugueses que podem
competir pelos lugares cimeiros».
Os resultados mais importantes do CIAMP aos 72 buracos foram os
seguintes:
Top-3
1º Sami Valimaki (Finlândia), 281
(72+70+71+68), -7
2º Joshua McMahon (Inglaterra), 283 (69+67+72+75), -5
3º Luca Cianchetti (Itália), 284 (72+70+74+68), -4
Portugueses que passaram o cut
21º (empatado, era 16º) Vítor Lopes (Portugal / seleção nacional), 289
(71+71+73+74), +1
31º (empatado, era 23º) Vasco Alves (Portugal / Oporto Golf Club) 292
(72+73+72+75), +4
31º (empatado, era 27º) Gonçalo Costa (Portugal / seleção nacional), 292
(71+73+74+74), +4
A Taça das Nações, que terminou ontem (sexta-feira), foi ganha pela
Itália com 422 (-10), contando os resultados de Giacomo Fortini, Luca
Cianchetti e Francesco Donaggio. Foi uma vitória arrancada a ferros,
pois Inglaterra ficou a 1 pancada, atuando com Joshua McMahon, Jake
Burnage e George Bloor. Portugal foi 15º (+7) com Vítor Lopes, Pedro
Lencart e Tomás Melo Gouveia, enquanto a equipa 2 de Portugal foi 18ª
(+12) com Gonçalo Costa, Carlos laranja e Tomás Bessa. Houve um total de
24 formações.
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classificação
Campeão da
Europa e sete Top-100 jogam no Montado
Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG 11 de Fevereiro 2017
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