Não fossem aqueles segundos nove buracos de ontem,
jogados em 5 acima do Par, para uma segunda volta de 76 (+4), e o
português de 25 anos teria lutado pelo título, uma vez que ficou a 6
pancadas do campeão, o alemão Nicolai von Dellingshausen, que liderou
desde a primeira volta e fechou com um agregado de 206 (64+73+69), -10,
para um prémio de cinco mil euros. Foi o primeiro título da curta
carreira profissional do jogador de Dusseldorf.
«Foi um torneio consistente. Foi pena a parte final de
ontem, na segunda volta. Tirando esses buracos, senti que joguei de
forma consistente, acertando muitos fairways e greens», disse Pedro
Figueiredo ao Gabinete de Imprensa da FPG. O seu cartão de hoje, de 68
(-4), só foi igualado por mais três jogadores.
Estranhos, realmente, aqueles nove buracos finais de
ontem, mas o profissional do Quinta do Peru Golf & Country Club sabe bem
o que aconteceu: «Nesses nove buracos estava a falhar a bola à direita.
Fiz 3 bogeys com um ferro-9 ao green, o que não é costume em mim, e
depois, no 18, a ir para o green à segunda, acabei por falhar o shot e
fiz duplo».
Pedro Figueiredo embolsou um prémio de 878 euros que,
convertidos em pontos, permitiram-lhe manter o posto de nº1 da Ordem de
Mérito do Pro Golf Tour, uma das terceiras divisões do golfe
profissional europeu.
Em contrapartida, o nº3 nacional não conseguiu o tão
desejado convite para o Troféu Hassan II. O Pro Golf Tour tinha
anunciado que no final dos seis torneios marroquinos o jogador que mais
pontos tivesse somado nessa série iria receber um “wild card” para o
torneio do European Tour, de 2,5 milhões de euros em prémios monetários,
que se disputa em Rabat, em abril, um mês antes do Open de Portugal @
Morgado Golf Resort.
Antes de arrancar a segunda edição do Open Tazegzout, o
jogador português da Navigator estava no 3º lugar desse “ranking
marroquino”, atrás do suíço Marco Iten e do holandês Robbie van West.
No final da primeira volta, as 68 pancadas de Pedro
Figueiredo tinham-no colocado na liderança da corrida para esse convite.
No final da segunda volta Marco Iten falhou o cut e ficou de fora da
contenda, mas van West estava empatado com “Figgy” em 24º, pelo que o
holandês levava vantagem na luta pelo convite. Já hoje, foi o português
a terminar na frente de van West.
Simplesmente, surgiu entretanto outro candidato, o
holandês Dylan Boshart, o vencedor do Open Océan na semana anterior,
também em Agadir. O holandês acabou por sagrar-se hoje vice-campeão do
Open Tazegzout, com 208 (68+71+69), -8, e isso foi suficiente para
ultrapassar “Figgy” e apoderar-se do tal passaporte para o troféu Hassan
II.
Encerrou, assim, esta série de eventos do Pro Golf Tour
disputados no Egito e em Marrocos. O circuito germânico tem agora uma
paragem de um mês e só irá regressar depois do Open de Portugal @
Morgado Golf Resort.
O próximo torneio do Pro Golf Tour é o Haugschlag NÖ
Open, de 26 a 28 de abril, na Áustria, de 30 mil euros em prémios
monetários.
Em três meses de competição no Pro Golf Tour, Pedro
Figueiredo recuperou a confiança e o seu bom golfe. Já vinha de dois
bons meses no Algarve Pro Golf Tour, onde conquistou dois títulos, e
embora não tenha erguido o troféu em nenhum torneio do circuito alemão,
foi 2º classificado em três ocasiões e ainda carimbou mais três top-10,
em oito torneios disputados.
“Figgy” foi o mais regular e é por isso que é o nº1 do
ranking, com mais de mil pontos do que o 1º, Marco Iten.
No final da época, o top-5 desta Ordem de Mérito ascende
ao Challenge Tour, a segunda divisão europeia.
Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG 31 de Março 2017
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