Em 2017, apenas pela segunda vez na história do golfe português, há dois
portugueses membros do European Tour – Ricardo Melo Gouveia que no ano passado,
no seu ano de estreia no circuito principal, garantiu brilhantemente a sua
permanência entre a elite; e Filipe Lima que em 2016 tornou-se no primeiro
jogador a subir quatro vezes ao European Tour via Challenge Tour, a segunda
divisão.
O 55º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort proporcionará a reunião dos dois
portugueses melhor classificados no ranking mundial e dos dois jogadores que em
2016 fizeram história, ao representarem Portugal nos Jogos Olímpicos do Rio de
Janeiro e na Taça do Mundo de profissionais na Austrália.
Filipe Lima tem 35 anos, sendo 10 anos mais velho do que o seu compatriota.
«Estou muito satisfeito (com o regresso do torneio) e é muito importante para
Portugal e para os jogadores portugueses que têm sentido dificuldades em
conseguirem convites para competirem no Challenge Tour ou no European Tour»,
disse Ricardo Melo Gouveia ao ‘press officer’ do Challenge Tour.
«É claro que irei jogar. Tento sempre retribuir ao meu país, à FPG e à PGA de
Portugal, que tanto me ajudaram quando eu estava a crescer e queria aceder ao
profissionalismo.
Por outro lado, adoro jogar em frente ao “meu” público de casa», acrescentou o
nº1 português, o único golfista nacional a ter entrado no top-100 mundial, que
viveu muitos anos no Algarve antes de estudar e competir nos Estados Unidos,
para, posteriormente, emigrar para o Reino Unido.
Filipe Lima, natural de Versalhes mas filho de portugueses, sente o seu país
como se tivesse cá nascido, como se viu na final do Euro2016 de futebol, na qual
delirou com a vitória da seleção nacional. Também ele só vê aspetos positivos no
regresso do Open de Portugal @ Morgado Golf Resort ao European Tour.
«É fantástico voltarmos a ter mais um torneio, depois de termos perdido o
Madeira Islands Open BPI. É um torneio importantíssimo porque dá para os dois
circuitos, o Challenge e o European Tour.
Gosto muito deste tipo de torneios e quando são em Portugal ainda mais»,
declarou ao Gabinete de Imprensa da FPG. Filipe Lima até ganhou em 2004 um
torneio destas características de “dual ranking”, sendo um dos três únicos
portugueses que contam com um título do European Tour no palmarés, a par do
retirado Daniel Silva e de Ricardo Santos, ainda no ativo.
A melhor classificação de sempre de um profissional português no Open de
Portugal foi obtida exatamente por ele, com um muito bom 3º lugar em 2005, no
Oitavos Dunes, em Cascais, e Filipe Lima acredita que poderá destacar-se de
novo, mesmo sem conhecer o campo:
«Já ouvi falar muito do Morgado Golf Course mas nunca joguei lá. Terei de
prepará-lo como preparo um torneio normal… chegar lá e treinar na segunda ou na
terça-feira, para conhecer o campo dessa forma».
Ricardo Melo Gouveia e Filipe Lima não serão os únicos portugueses a competir no
55º Open de Portugal @ Morgado Golf Resort.
São os únicos que têm entrada direta garantida. Mas até é possível que Ricardo
Santos, membro do Challenge Tour, consiga também o acesso direto, embora só mais
perto do torneio possa haver certezas.
Por outro lado, o Algarve Pro Golf Tour tem um ranking chamado “Corrida para o
Open de Portugal” e o nº1 dessa tabela será contemplado com um convite para
jogar no Morgado Golf Course de 11 a 14 de maio.
Apesar do Algarve Pro Golf Tour ser frequentado por jogadores de vários
circuitos internacionais, incluindo o Challenge Tour, tanto Ricardo Santos como
Tiago Cruz estão muito bem posicionados para terminarem a época, em abril, como
nº1.
Finalmente, tanto a PGA de Portugal como a FPG têm vários convites para
portugueses, profissionais e amadores (de alta competição), poderem participar,
mas só mais perto do início do torneio irão divulgar os contemplados com esses
passaportes.
O Open de Portugal @ Morgado Golf Resort irá gerar um impacto turístico e
mediático, nacional e internacional, não negligenciável e será benéfico para a
economia nacional, mas encerra uma dimensão desportiva de que o golfe nacional
carecia.
O Challenge Tour oferece às organizações locais um número elevado de convites
para jogadores nacionais. A maioria das federações e PGA’s dos países anfitriões
de torneios trocam depois convites entre si a longo da época.
Os mais promissores profissionais portugueses, que normalmente não teriam
entrada nos torneios do Challenge Tour, poderão agora dispor de convites para
competir na segunda divisão europeia, ganhar experiência, rodagem e, quiçá,
ascender ao escalão principal em 2018.
Pedro Figueiredo (que tão boa conta tem dado de si no Pro Golf Tour alemão, onde
é o nº2 do ranking), João Carlota, Tomás Silva e Tiago Cruz são alguns dos
jogadores que poderão usufruir desses convites em 2017 e juntarem-se a Ricardo
Santos no Challenge Tour.
Press-Release
Gabinete de Imprensa da FPG
23 de Fevereiro de 2017