As duas portuguesas que competiram no 21º
International Ladies European Amateur Championship tiveram prestações
negativas. Numa prova ganha pela segunda vez pela espanhola Carlota
Ciganda, e que decorreu no campo austríaco do GC Shcloss, em Schönborn,
Marta Vasconcelos (Oporto GC) e Ana Melo (CG Ilha Terceira) ficaram
longe de passar o cut.
Marta Vasconcelos, campeão nacional
absoluta, ficou-se pelo 90º lugar, com um total de 162 (83-79), 16 acima
do par-73. E Ana Melo, vice-campeã nacional e campeã nacional de sub-18,
foi 114ª, com 168 (86-82). A prova contou com 131 participantes iniciais
e o cut ficou em 156 ( 10), deixando em prova apenas 54 concorrentes
para os últimos dois de competição.
David Moura, treinador nacional adjunto
da FPG, liderou a comitiva em terras austríacos e não tem dúvidas de que
as duas jogadores são capazes de mais e melhor: “Não foi positivo,
porque não passaram o cut, mas também porque os resultados que fizeram
não reflectem o jogo delas. Ainda por cima, o campo era-lhes favorável,
não era comprido, apenas estratégico.”
David Moura considera que terá havido
algum nervosismo da parte das duas representantes lusas, nomeadamente
uma pressão inusitada com os seus resultados e com a passagem do cut. E
que, quando é esse o pensamento, e não o de sonhar mais alto, acaba-se
por falhar.
Em relação a Ana, David diz que teve uma
boa atitude mas errou na estratégia, e lembra que foi prejudicada com um
11 num dos 36 buracos que jogou. Em relação a Marta, notou-a “pouco
alegre” na primeira volta, com “dificuldade em aceitar os erros”, mas
salienta que “melhorou muito no segundo dia”.
A eliminação prematura das duas jogadoras
permitiu-lhe uma sessão de treino intensivo no driving range do palco da
prova, enquanto se disputava a terceira jornada. No dia seguinte,
acompanharam a última ronda. “Aproveitámos para ver o jogo das outras
jogadoras, falámos sobre estratégia no campo e sobre o que a Marta e a
Ana falharam naquelas duas voltas”, explicou David Moura.
No fim das quatro voltas regulamentares,
as espanholas Carlota Ciganda (70-73-71-75) e Maria Hernandez
(70-73-70-76) estavam empatadas com o agregado de 289 pancadas, três
abaixo do par, mas a primeira acabaria por ganhar no desempate repetindo
assim o êxito de 2004, então com 15 anos. A medalha de bronze foi para a
holandesa Christel Boeljan com 290 (69-73-73). |